sábado, 30 de novembro de 2019

NÃO PODEMOS ESQUECER.



E aí, o brilhante sol voltou a dominar os céus de nossa Itaparica, trazendo alento aos nossos corações sofridos, pelos transtornos do início desta semana.
Rogo a Deus que, como já aconteceu em tempos passados, não permita que o prazer que ora nos traz, nos faça esquecer das perdas e da sensação dorida do abandono que, literalmente, dominou nossas vidas, dando-nos discernimento e principalmente a bendita consciência de que merecemos ser tratados com mais respeito e consideração.
Existem momentos na vida em que um abraço, uma palavra ou um simples compartilhamento na dor, valem mais que tudo.
Não podemos esquecer que o município dispõe de uma inserção de recursos jamais vista e que é inadmissível, até mesmo para a mais ingênua das criaturas, não mensurar o que isto representa se aplicado ao bem-estar da cidade.
O tão somente atendimentos das áreas onde existem currais eleitorais expressivos, ilustres vereadores, amigos íntimos ou candidatos que trazem consigo uma gama de votos a ser considerados, se por um lado é bom para os munícipes destas localidades, por outro, frustra uma infinidade de outros, pois ficam claras as intenções de não se estar governando para todos.
Lagrimas enxutas, mente lúcida, coração calmo, decisões lógicas.
Pensem no quanto é possível amenizar-se os transtornos que a natureza produz com competência e seriedade nas providenciais prevenções, quando, se tem dinheiro e qualificação para tal.
“O me engana que eu gosto” é o mesmo que abraços e sorrisos do falso amigo, pois nele confiamos e dele não esperamos traição.
Já não somos mais uma cidade pobre, o que resta é, tão somente, um povo que continua pobre.
Isso é justo?
E quanto ao fato de nós munícipes que nos recusamos a ver as improbidades calados, sermos chamados de fofoqueiros, bocas das desgraças, invejosos e desejosos de mamar nas tetas da vaca  e, agora, navegantes, creio que nada mais são, que deboches, posturas mais que conhecidas e constantes dos ingratos, acostumados a cuspirem no prato que comem.
Todavia, também é sabido que todo peixe acaba morrendo pela boca.



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