Hoje a casa
esvaziou e só amanhã volta ao movimento, enquanto isso, tenho tempo para pensar
em mim e no quanto, tenho mudado ao longo da vida.
É comum que se
diga a outro alguém que sabemos o que ele está sentindo, mas na realidade, reconhecemos
que no máximo, podemos nos colocar teoricamente no lugar dele, e de leve, fazer
ilações a respeito, mas sentir verdadeiramente, impossível.
Por isso,
todos os julgamentos e críticas, são sempre muito perniciosas, e geralmente,
são levadas para o lado pessoal, o que é absolutamente normal, pois, quem está
vivenciando, seja lá o que for, será sempre uma pessoa, com sentimentos e
emoções.
Houve um
tempo em que as pessoas tinham um certo limite nas críticas e julgamentos, até
por uma questão de educação, mas de uns anos para cá, com o advento da era do “TUDO
PODE”, salve-se quem puder.
Nesse mar
revolto das invasivas, ferimos e somos feridos em atropelamentos mútuos, onde
ninguém verdadeiramente, ganha algo de positivo.
Pense nisso,
antes de dizer que sabe o que o outro está sentindo e muito menos, se arvore da
arrogância de achar que os sentimentos alheios são nuvens passageiras, pois,
algumas feridas podem até ser tratadas, mas as cicatrizes, estas permanecem
como lembretes ativos de que, em um certo dia, alguém nos feriu.
Numa era em
que as pessoas se empoderam em todos os níveis humanos, a incoerência se faz
presente, como nunca dantes observado, pois, não são capazes de admitir falhas
e enganos pessoais e até mesmo, uma revisão de opinião e, simples e
honestamente, mudarem suas visões sobre qualquer assunto.
Bem, assim
ocorreu comigo em inúmeras situações, onde minha presunção ou alienação, foram
mais fortes que a razão.
Que nesta
quinta-feira, depois do Natal, estejamos inundados ainda de fraternidade e numa
demonstração de carinho conosco, possamos admitir que erramos, nos equivocamos
ou apenas, não nos foi possível entender, este ou aquele assunto, esta ou
aquela pessoa.
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