São 19:30h desta terça-feira santa e estou ouvindo Schubert – Serenade e com certeza, não escreveria absolutamente mais nenhum texto se, não tivesse nesta tarde sido surpreendida com a notícia do desabamento do teto de uma sala de aula em um colégio público municipal, onde sete crianças sofreram escoriações e foram levadas para o HGI local, enquanto, uma funcionária foi transportada para Salvador, afim de fazer uma tomografia computadorizada.
Vi e ouvi alguns vídeos e áudios de comunicadores que tinham como intuito, acalmarem a população, comunicando que felizmente não houve óbitos, assim como, nomear o número preciso de crianças atingidas, afim de dissiparem possíveis notícias alarmantes e falsas.
Até aí, tudo bem, todavia, é preciso não desmerecer que tal “acidente” poderia ter promovido uma imperdoável tragédia, onde crianças inocentes, poderiam ter perdido suas vidas e até, suas saúdes físicas, única e exclusivamente por causa do pouco caso administrativo, tanto do corpo de bombeiros, tanto da secretária de obras, quanto da secretaria de educação, sendo o responsável primeiro, o senhor gestor da cidade, no caso o Prefeito, não eximindo em hipótese alguma, os 11(onze) vereadores que depois do acontecido, pousaram como bons samaritanos nos corredores do hospital, mas que em momento algum dos últimos anos, desempenharam suas obrigações de fiscalizadores da integridade dos bens públicos e do povo.
Devemos dar graças a Providência Divina, no entanto, creio ser chegada a hora das providencias terrenas, fazendo o MP Municipal acordar do sono profundo em que se mantém, pelo menos, nos vinte e três anos que o observo, assim, como o MP estadual e a polícia Federal, afim de atuarem investigando as denúncias que lhes foram encaminhadas seguidamente e que envolta de MISTÉRIOS, foram engavetadas ou no mínimo empilhas a outras, como não prioridades.
Santo de casa não faz milagres, por esta razão, sinceramente, não consigo enxergar uma luz no fim do túnel, a não ser que o povo coloque um basta, indo para as redes de comunicação da capital e até mesmo nacional, fazendo circular documentos públicos que demonstram total abuso com o erário público, abandono de ruas e becos onde os olhares de fora, não podem alcançar, lixos a céu aberto, cujo pífio recolhimento é pago a peso de ouro, assim também, como as obras meia boca, realizadas a preços abusivos se mostram colorindo as passarelas turísticas.
Há quem diga que Itaparica, nunca esteve tão bem tratada, mas há também quem diga, que o improprio se colore para disfarçar sua real ação devastadora.
O susto traumático sentido por cada criança envolvida neste desabamento e que, certamente, em algum momento se manifestará na forma de um desvio comportamental e psíquico, quem afinal, será responsabilizado?
Até quando, meu Deus, nossa linda e minúscula Itaparica permanecerá, ora refém da incompetência, ora da especulação sem medidas?
Regina Carvalho- 15.4.2025 Itaparica
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