sábado, 24 de fevereiro de 2024

Rio de Janeiro nos anos sessenta

Ontem, uma amiga postou esta foto, lembrando dos finais das festa de formatura no Rio de Janeiro nos anos sessenta e imediatamente, lembrei-me dos bailes no Sírio Libanês e no Hotel Gloria, feliz por ter vivenciado um período bonito de minha juventude e de minha cidade.

No entanto, preocupei-me com os comentários ora preconceituosos, ora negacionistas e outros poucos, que fixaram suas atenções , tão somente num fato inegável de uma época.

Penso então, que em ambos os comentários negativos, reside um profundo complexo de inferioridade, fruto da inveja não contida, assim, como de um profundo desconhecimento.

Que pena, afinal, não aprendem nada que não esteja combinando com a estreiteza de suas limitações de mente e de alma.


O Rio, assim como o Brasil como um todo, é repleto de belezas geográficas como de pessoas lindas que de chinelo ou de terno se adaptam lindamente aos seus espaços, deixando aos tolos a insignificância de suas hipocrisias, afinal, como no fundo não desejar poder andar livremente pela rua a qualquer hora do dia e da noite, sem medo de morrer por uma merda de um celular?

Qual a mulher que se respeita e que de verdade, não gostaria de poder dançar num belo salão sem que um vagabundo qualquer, belisque sua bunda ou a siga até o banheiro, para dela exigir um sexo oral sem mais nem menos, só porque tem dinheiro e fama?

Ladrões, assassinos, pilantras e o escambau, sempre existiram e infelizmente existirão, mas negar a evidência da existência da beleza e da elegância e principalmente da segurança que marcaram uma época inesquecível do país é no mínimo, uma demonstração de estupidez pessoal.

Escrevo de coração, até porque, sofro até hoje, a miséria do preconceito, portanto, não há achismo, tão somente conhecimento da causa.

Minha pele tem cor e ela não é mais e nem menos que a minha consciência de que, tirando as capas das peles, as joias e os perfumes, o Rio de Janeiro ou em qualquer outro local deste belíssimo país, respeito para ser respeitada, assim como estudo, leio e ouço os que sabem mais do que eu, neste ou naquele aspecto, para não falar ou escrever besteiras ou retóricas falaciosas.

Por trás de cada crítica sem fundamento que a sustente, reside um invejoso que na primeira oportunidade, mata, rouba e até é capaz de morrer pelo que sempre criticou.

Simples assim...

Regina Carvalho- 24.02 2024 Itaparica

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