terça-feira, 6 de fevereiro de 2024

“MAMÃE EU QUERO”...

Nesta manhã encalorada de fevereiro, as vésperas do carnaval, com a minha Itaparica repleta de turistas e veranistas para a felicidade dos barraqueiros, hospedeiros e vendedores ambulantes, penso, que realmente, baiano é a espécie humana mais dançante e resistente da face da terra, com raras exceções.

Eu, oriunda do Rio de Janeiro, fruto de um povo que gosta de um furdunço, sou uma daquelas figuras que jamais se enquadraram neste aspecto, onde a descontração move corpo e mente, num só compasso de alegria.

Será que sou menos alegre e feliz?

Provavelmente, esquisita?

Talvez...

Se a Bahia me deu, régua e compasso para eu traçar meus caminhos até a paz, porque, não me conduziu também ao caminho de tantos risos, tantas alegrias?

Não sei...

Não sou a jardineira triste e nem um dos mil palhaços no salão, também não estou com a buda exposta na janela e tão pouco, peço; me dá um dinheiro aí, assim como não se abre alas para eu passar, tão pouco confundo cachaça com água, mas com certeza, neste período festivo, só sei gritar; mamãe eu quero, uma casa no campo, onde eu possa escrever sobre o tamanho da paz...

Bom dia! Esperando meus amigos para que eu possa plantar meus discos e livros e nada mais...

Regina Carvalho-06.02.2024 Itaparica



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