Apesar de ter começado o meu dia online, publicando samba e clássicos da MPB, é com a “Serenata” de Franz Schubert, executada pela Camerata de Florianópolis, que mais me identifico neste amanhecer encalorado de fevereiro.
Não me sinto triste e nem alegre, como se de repente, em minha mente, a neutralidade estivesse presente, deixando desfilar em sua passarela, emoções, sentimentos ou apenas, fatos ocorridos, sem maiores envolvimentos de sua parte, a não ser, vez por outra, quando algum absurdo seja tão evidente, que lhe seja impossível, não intervir...
Penso então, que talvez o que mais a inquiete, seja a displicência humana em sequer se ater as peculiaridades daqueles com os quais, convive, criando desnecessariamente, sentimentos e emoções danosos aos relacionamentos de todas as naturezas.
Olha-se o externo, sem que haja, qualquer maior atenção aos detalhes do conjunto da obra, no qual, a pessoa foi formada e muito menos, permite-se ir registrando as ações e reações da mesma, ao longo da convivência, ficando tudo muito artificial, assim como, eterno enquanto dure, tal qual, o poeta Vinícius de Morais, afirmou numa de suas preciosas obras, estas, feitas bem ao gosto das necessidades das pessoas da época que gritavam por mudanças em todos os aspectos, assim como, uma explicita justificativa para a sua inconstância amorosa.
Estes rasteiríssimos comportamentos que expressão a nossa inércia afetiva que empregamos em todos os aspectos sociais e amorosos, com certeza, representa a totalidade das infinitas decepções que nos rodeia, afinal, por ardilosa preguiça, enxergamos no outro, apenas o que nos convém em relação as nossas momentâneas necessidades, projetando no outro, a nossa própria característica, o que mais cedo ou mais tarde, não mais corresponderá a contento, afinal, cada qual, é único e incopiável e não, tão somente, espelho no qual, nos refletimos, até porquê, também o outro assim procede, numa simbiose absurdamente, enlouquecedora.
Bom dia dona Regina, acorda menina, filosofia comportamental as cinco da matina é “coisa pra maluco”!!!
Regina Carvalho-02.02.2024 - Itaparica
A lei do espelho: o que vê nos outros é na verdade seu reflexo
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