domingo, 28 de fevereiro de 2021

Carminho e Alcione - Sangrando - Show de Verão da Mangueira - Tom Brasil...MARAVILHA!

Lucy Alves - Sabiá LINDO!!!!

ANTES QUE O PALCO SE APAGUE

Hoje acordei ouvindo rock'n roll, como se fosse uma garota dos anos sessenta e o mais estranho é que, naquele tempo, eu não curtia, talvez porque meu irmão, fazia de mim seu par constante de ensaios cansativos na sala lá de casa, afim de afiar-se para fazer bonito com as meninas nos salões do sírio-Libanês e da AABB, nas famosas domingueiras, onde a mocidade de Ipanema e Leblon se reunia.

QUE CULPA POSSO TER

QUE CULPA POSSO TER se minhas referências baianas me acompanham desde a mais tenra idade?

A garota de Ipanema, a moreninha faceira do posto 11, acostumou-se aos sabores adocicados, aos aromas deliciosos e as texturas incrivelmente envolventes de uma Bahia desconhecida, misteriosa, quase uma miragem na cabecinha de uma apenas menina.

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2021

Carminho - Sabiá (Clipe Oficial)Que coisa mais linda!

SE EU QUISER FALAR COM DEUS

Acabei de ouvir esta música que um querido amigo mandou para mim, sabedor que é da importância em ouvi-la para que não nos permitamos esquecer que, até mesmo para falar com Deus, precisamos estar despidos das falsas necessidades, dos lamentos, das culpas e da arrogância, parceiras cotidianas que fecham a bendita porta de acesso a liberdade em apenas ser um ser, precisando falar com Deus.


Elis Regina chora ao cantar "Casa no Campo"

E aí, ela não conseguiu aguentar o arrocho das dificuldades, mas eu sim e, então, Deus me ofereceu a casa no campo, que na realidade está coladinha ao mar, ambos amores de minha vida, onde finalmente, posso estar com as minhas borboletas, meu sabiá, meus amigos e a bendita paz.



 

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2021

E o galo não cocoricó...

O tempo lá vai passando, deixando como lastro, apenas lembranças e este óbvio da vivência, jamais foi capaz de conscientizar a criatura humana que insiste em se apegar ao ontem, fazendo dele, muitas vezes seu carrasco.


terça-feira, 23 de fevereiro de 2021

SILENCIO E ESPERA

São quatro e trinta da manhã e o silêncio esta absoluto, nem o galo a distância, nem o sabiá na amoreira e sequer como de costume neste horário, posso escutar os pássaros em bando se aproximando.


segunda-feira, 22 de fevereiro de 2021

O PODER DA MÚSICA NOS MEUS ESCRITOS

Das artes, acredito que a música é a única sem fronteiras, capaz de ir de encontro sem limites a todos os povos, a todas as demais artes, fazendo a mais completa interação já vista, sem que necessariamente, precise possuir uma letra que a acompanhe, se bem que a meu ver, todo compositor cantarole alguma forma de poema ao compô-la, dando sentido e emoção a cada nota, mas posso estar escrevendo a maior bobagem, no entanto, gosto de pensar que camuflado em cada musicista, haja um grande poeta, pois somente assim, consigo achar lógica nas belíssimas obras possíveis de serem encontradas.



GATINHA MANHOSA


 Dentre as minhas frustrações, que aliás, sempre me perseguiu desde os tempos da adolescência, foi o fato concreto e imutável da minha total incapacidade em ser como algumas de minhas amigas, uma dengosa gatinha manhosa.

Rapaz... Que ódio não poder desmaiar por causa do calor e ser amparada pelos lindos garotos do colégio militar, fosse nos jogos da primavera ou no ônibus, no retorno para casa sob o sol de quarenta graus.

Lá estava a Regininha sempre forte e resistente, incapaz de ser abalada, quando na realidade, tudo que eu mais desejava era ser fraquinha e dengosa, afim de que, um rapazola viesse me salvar.

Estou rindo sozinha com estas lembranças, nesta madrugada de muito calor, já podendo ouvir os pássaros a distância e o safado do sabiá se fazendo presente com o seu bom dia estrondoso, escondidinho na amoreira, dando-me a impressão que, ou ele chega muito cedo ou mora por aqui mesmo, pois é sempre o primeiro a me saudar, e eu, simplesmente, adoro.

E aí, imaginativa sem medidas, penso que de repente, se eu fosse como uma gatinha dengosa, os meus pássaros que me acompanham desde sempre, talvez não estivessem tão próximos, afinal, pela lei natural da vida, gatos comem pássaros.

Mas eu queria tanto ter sido como as gatinhas dengosas, aduladas, paparicadas e sendo consideradas frágeis e ao invés disso, tudo que eu ouvia, a começar pelo meu pai, era: “Menina valente, você vai ser uma grande mulher”.

Muitos anos depois, diante da repetição amorosa de meu pai, perguntei afrontosamente a ele:

Poxa pai, que grande mulher coisa nenhuma, qual a vantagem que eu levo nisso?

Sua resposta foi curta, mas tão pratica quanto ele:

Livre como os pássaros que você ama...

Pois é, mas ainda assim, como uma romântica incorrigível, penso neste instante, que ser uma gatinha manhosa, tem suas vantagens, afinal, existe sempre alguém querendo alisar, enquanto, uma grande mulher, só suscita admiração.

Eu queria desmaiar, suar frio e precisar ser amparada pelos lindos meninos do colégio militar que estavam presentes nos retornos da escola e nos sonhos de uma adolescente que se tornaria uma eterna gatinha enrustida, esperando ser alisada por algum rapazola, príncipe ou guerreiro, mesmo que não fosse do colégio militar.

Que coisa, viu!!!

O dia clareou e eu de tão absorta no passado, sequer me apercebi e, ao olhar através da janela para este azul celestial, creio que sou uma ingrata, afinal, mesmo não tendo sido uma gatinha dengosa, ainda assim, não sei porque razão, o universo me abraçou a cada amanhecer, atraindo para a minha vida o simplesmente exclusivo em forma de raras e preciosas mãos e almas que incansáveis, me alisam, mesmo que estejam a distância, como os sons de meus pássaros, tornando-nos, absolutamente próximos.

 

 

 

 

 

domingo, 21 de fevereiro de 2021

SABORES DE MINHA VIDA


 Nesta tarde, sentada na mesinha branca da varanda lateral, degusto uma das deliciosas e últimas carnudas e cheirosas mangas rosas de meu quintal.

Meu Deus, quase me é impossível descrever o prazer desta degustação de fim de tarde, ao som dos clássicos de Debussy e a visão de meu pezinho de acerola já sem nenhum fruto, mas que neste verão em muito contribuiu para que minhas referências de sabores se mantivessem vivas.

As pitangas neste ano me abandonaram e as frutas do conde, também, abrindo espaço para a mangueira, o limoeiro e é claro para as minhas encantadoras amoras que disputei arduamente com os pássaros abusados, mas de profundo bom gosto, isso não posso negar.

Degustando lentamente, uma a uma das fatias, reconhecendo a preciosidade de seu sabor, remeteu-me a outros momentos de minha vida, onde o belo se fez presente, pontuando instantes incríveis, não necessariamente em termos alimentares, mas de absoluta qualidade que de alguma forma, associo aos sabores alimentares, aos aromas inebriantes e as texturas inesquecíveis.

Nesta tarde, meio que doentinha, mas com a mente repleta de vitalidade, revigoro-me através das lembranças que me nutriram, formando em mim, um celeiro de paixão que me fortalece e me impulsiona à vida.

Volto à memória e me é impossível não lembrar das jabuticabas farturentas do mês de outubro em Ouro Preto, docinhas como mel a explodir na boca ou das jacas maduras de Guapimirim nos muitos verões que por lá passei ou dos cajus rasteiros do serrado de Brasília.

E ao lembrar das deliciosas frutas, como esquecer dos agitados esquilos do sítio de caeté que, simplesmente, deixavam loucos os cachorros e das maritacas que como um relógio pontualíssimo, chegavam em bando, numa estrondosa algazarra, para saborearem os abacates nos finais de tarde, fruta que apesar de apreciar a textura e o aroma, jamais tive afinidade com o seu sabor.

Hummm! Deliciosa é a manga que saboreio, pensando que assim como as pessoas, quando completas, saciam nem que seja, tão somente através das analogias que somos capazes de fazer com seus sabores, aromas e texturas, remetendo-nos a um enorme e inenarrável prazer e saciamento emocional.

Feliz de mim que sou capaz de com minha apenas imaginação e lembranças, ir e vir nas memórias, enriquecendo o aqui e agora.

EXALTAÇÃO


O fascínio dos facínoras é justo o brilho que deles se despende em tudo que apresentam, fazendo despertar permanente referência de sucesso, tudo que todos sonham em ter.

Vez por outra, o facínora deixa transparecer a neblina que envolve as suas intenções e o breu de sua real personalidade, mas logo, as justificativas daqueles que estão em seu entorno são criadas, afim de justificarem este seu lado tenebroso.

Penso em tudo que favorece e mantém viva a imagem do facínora e percebo que independentemente de já estarem mortos a milénios, ainda são exaltados, exatamente porque, passam para a categoria da imortalidade, mantendo suas imagens vivas, num misto sutil de herói e marginal, que fascina e continua a atrair adeptos.

Penso também que mesmo que eu vivesse mais um milhão de anos, ainda não conseguiria entender a mente humana e sua necessidade assustadora em ter como modelo vivencial, o sórdido e o maléfico, fazendo destas criaturas absolutamente danosas, espelhos de condutas sociais.

Fala-se tanto em Deus, santos e orixás, superlota-se templos, igrejas e terreiros e, no entanto, retrocede-se a cada instante, quando diante de si, um facínora é lembrado, como se não tivesse havido um Jesus, que com pisadas fortes e atitudes firmes, não tivesse desmascarado o perspicaz e o ardiloso, o insensato e o hipócrita, numa demonstração pragmática de uma saudável caminhada, mesmo sem pompas e brilho a ofuscarem os olhos.

Fácil lembrar dos nomes e das imagens de centenas de facínoras de todas as naturezas, presentes ao longo da história da humanidade, pois são registrados de tempos em tempos, através de livros, bustos, reportagens e filmes, mas impossível recordar-se ou mesmo ter-se ouvido falar, naquelas criaturas que dedicaram suas existências a tão somente, produzirem a vida e o brilho nos olhos alheios, como se comum fosse através das ciências e das tecnologias, das artes e dos feitos humanitários, fazer da vida, um todo em seus intentos maiores, pois a estes falta o brilho do “ouro dos tolos” que encanta e seduz a uma humanidade idiota que, insiste em justificar aplaudindo e copiando, o feio e o bruto em prol do “medíocre colorido” que todo facínora jamais esquece de distribuir, através de seus carismas pessoais.

“Perdoai-os senhor, pois não sabem o que fazem”...

Será?

Bendita quaresma que nos leva a meditar.

 

sábado, 20 de fevereiro de 2021

Vivaldi: Four Seasons/Quattro Stagioni - Janine Jansen - Internationaal ...Delícia!

SINAIS...

 

No dia de hoje, como nos demais de minha vida, sempre fui alvo de milagres divinos em que Deus se utilizou de pessoas, pássaros, borboletas e infinitos outros elementos para aliviarem qualquer maior tensão que eu pudesse estar sentindo.

Até mesmo através da internet, que dizem ser fria e impessoal, tenho tido incontáveis demonstrações de profundo carinho de pessoas que sequer conheço pessoalmente, vindo a comprovar que de verdade a convivência é tão somente uma troca de vibrações que podem ser amorosas ou não, dispensando para favorece-la, distâncias ou proximidades.

E é esta mesma vibração que aproxima qualquer outro tipo de relação e, por não haver uma atenção mais profunda em relação aos fatos e suas características nos encontros de qualquer natureza e apresentação, que acontecem inúmeras desavenças ou no mínimo, desgastes e perdas de tempo, até porque, os sinais existem como poderosos alertas.

Presunçosos que somos em relação a nossa capacidade de raciocínio, somos aliciados a dispensar os sentidos, utilizando-nos tão somente de nossa vontade que se ampara nas necessidades e desejos, ambos com visões distorcidas das realidades de cada criatura, uma vez que se encontram contaminados com os hábitos e costumes sociais e culturais, que descaracterizam as reais necessidades, apesar das mesmas permanecerem latentes, numa constante cobrança emocional.

As vibrações são os fios condutores das energias individuais e precisam interagir harmoniosamente no encontro com outra e este fato não se restringe apenas entre humanos, mas em relação a tudo que possui vida, apenas ficando evidente quando, se torna absolutamente explicito, criando uma espécie de repulsa, comum de ser observado pela violência como se apresenta, mas que ainda assim, não é devidamente entendido, sendo colocado no patamar de gostos e predileções.

Complicado?

Sim, se pensar em fazer analises contínuas em qualquer tipo de relacionamento, mas se, por outro lado for inserido na educação ou condução existencial das criaturas, quando estas estão no primeiro estágio de aprendizado vivencial, o processo de reconhecimento e identificação passa a ser tão naturalmente utilizável quanto, o ato compulsivo de respirar, sem que seja necessário, pensar-se a respeito.

E aí, torna-se simples, apesar de se estar num quadro complexo que é o contexto da natureza humana em relação ao tudo mais que a cerca.

As texturas, os aromas e os sabores, são os caminhos seguros de se chegar a um entendimento mais preciso.

Quando este entendimento chega na idade adulta, todo o processo se torna mais lento e impreciso, uma vez que a criatura já estabeleceu critérios e escolhas que mesmo que não a satisfaça, a mantém refém por indução de uma lógica oriunda da conveniência pessoal que na realidade é social, baseada em gostos e falsas necessidades.

Para um sábado de fevereiro encalorado que sequer despontou no horizonte, este texto poderia ser classificado como uma sacanagem da dona Regina, na exposição de seus mergulhos existenciais, na busca dos entendimentos empíricos da real liberdade em ser e existir.

O galo até desistiu de cantar, deve ter enfiado a cabeça por entre as palhas do galinheiro, mas os pássaros ariscos, já estão chegando com suas naturais algazarras, na busca de seus alimentos e afinidades de todas as naturezas.

Viva a vida e toda a capacidade vibratória em simplesmente se sentir existindo de forma plena e absoluta, atraindo para si, tão somente, as benditas afinidades que de tão legítimas, só tornam o ato contínuo de existir, uma preciosa relíquia.

Em outras palavras para os existencialistas, no qual me enquadro, a liberdade de escolha é determinante e esta, só ocorre com a devida competência se estiver com o embasamento do conhecimento de si mesmo, ficando para cada criatura humana a responsabilidade da condução de sua vida.

Então que incoerência é esta, se a senhora dona Regina, começa este texto e no tudo mais que já escreveu, gabaritando Deus a todas as bençãos recebidas em sua vida e ao mesmo tempo, discorre e conclui falando em existencialismo?

Digo a todos que imediatamente perceberam a incongruência, que nem mesmo os existencialistas, conseguem deixar de carregar em suas posturas emocionais, suas muletas de apoio, nem que seja, negando veementemente a existência de Deus, mas jamais confessam, pois seria academicamente um absurdo.

No meu caso, como não estou vinculada a qualquer lastro acadêmico, pois meus conhecimentos possuem como embasamento experiências pessoais e pesquisas in loco de convivências variadas, afirmo sem receios de críticas que utilizo-me de referências Divinas para nominar minha mente, já que me é ainda, após tantos entendimentos, assustador pensar que mergulhei tão fundo que, só eu posso enaltecer ou denegrir meus atos e pensamentos, porque descruzei os braços, saí da inércia e busquei sem cerimônias as minhas mais legítimas afinidades, sem esquecer que é bom demais pensar, já que sou vaidosa, egocêntrica e moleca, que tenho um bendito Deus em minha mente, favorecendo-me a cada instante e com o qual, posso ser absolutamente autêntica.

Tudo se resume na busca legítima de si e na aplicabilidade prática das realidades encontradas, assim como na disposição em deixar fluir além de si, atraindo inexoravelmente, tão somente as mais legítimas afinidades que se traduzem em encontros maravilhosos de pura harmonia, onde as vibrações se fundem.

Ou seja:

Recebo na mesma qualidade e proporção que ofereço.

Mas por favor, não confundam com “coisas,” pois estas, são materiais e o existencialismo trata das posturas emocionais, relacionando-as a mente, senhor Deus de cada ser vivo.

 

 

 

 

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2021

FIDELIDADE

 

São quatro horas da manhã e até o momento, o galo do vizinho à distância não cantou, nenhum pássaro chegou ao jardim, mas a minha borboleta marrom fielmente permanece a meu lado, bem aqui no cantinho da sala de onde escrevo e juntas, esperamos o dia clarear, pois com ele, ambas receberemos uma nova luz neste caminho evolutivo, através da sempre certeza da existência de Deus.

Neste instante em que acabo de acentuar a não chegada dos pássaros, eis que surge o meu magnífico sabiá dando sinal de sua presença, mesmo não se deixando enxergar.

Insistente, paro de escrever e olho atenta através da janela, tentando vê-lo, qual nada, o sapeca está bem escondidinho e, certamente deve ter os seus motivos, até porque, não emitiu mais nenhum ruido como uma provável pista.

Percebo que estou com um pouco de falta de ar o que é comum em mim, quando me deixo envolver pelas emoções que tomam proporções incríveis, justo, por serem como ondas volumosas de conscientização, maiores que eu ou de qualquer outra sensação que eu possa me ver envolvida, afinal, minhas mãos não são capazes de acompanhar a rapidez de minha mente, quando esta, decide transcrever a vida em toda a sua plenitude de graça e beleza, mesmo quando se apresenta como agora, silenciosa e escura, mas detentora de todas as vibrações benditas deste universo de meu Deus.

E então, constato que na realidade não escrevo, apenas dedilho orações a cada amanhecer, agradecendo pela vida singular que me foi oferecida em meio ao gigantismo do aparente, apenas comum.

Percebo mais uma vez que nada é comum nesta vida...

Tudo, absolutamente tudo de verdadeira relevância me foi oferecido nesta minha existência, com qual propósito?

Não sei explicar, apenas sinto e agradeço rezando e me integrando sem reservas.

Esta disposição e singularidade no pensar e no agir, abriu-me portas para o inusitado, o belo e o encantador, também me escancarou o imponderável, o feio e o assustador, como se os opostos tão distintamente presentes, me fossem explícitos parâmetros, desafios contínuos às minhas opções do sim e do não.

Como não amanhecer orando em agradecimento a um Deus que ao contrário do que pregam, posso ver e sentir através das texturas, dos aromas e dos sabores que vivencio a cada dia de minha longa vida, jamais permitindo-me banalizar a potencialidade contida num simples gesto ou intenção, seja de um apenas humano como eu ou de qualquer expressão de vida que diante de mim se anuncie?

Sim, sou fiel em minhas orações matinais, pois é a única forma mais completa de agradecer as infinitas atenções que recebo de mil formas e que me reforçam a certeza de que através de meus olhos, ouvidos e sentidos, sou parte integrante e vibratória desta maravilha que é a vida.

Já posso escutar a orquestra que lá de fora, se integra ao som do piano que ouço, numa sinfonia única que me é ofertada, tendo o abusado de meu sabiá, vez por outra se fazendo notar, apenas para que eu não esqueça de que sou a pessoa mais amada desta vida e que, através de minhas orações, atraio sempre o tudo de mais belo, de mais inusitado e encantador, como fiéis companheiros de jornada, livrando-me por todo o tempo dos antagonistas que possam se apresentar.

Bendito dia que amanhece, bendita vida que me abraça.


quarta-feira, 17 de fevereiro de 2021

BOA NOITE


Nesta tarde de fevereiro, que me parece mais encalorado do que já me foi possível observar por estas bandas deliciosas de minha Itaparica, lá estava sentada em meu balanço em busca da brisa refrescante que chega do mar e aí, como sempre o bendito universo conspira a meu favor e de um instante para o outro, a amena brisa vai se transformando em vento forte, fazendo dobrar os galhos da amoreira, derrubando algumas das restantes mangas e farfalhando as folhas dos coqueiros, chegando a derrubar uma que estrondosamente, escarrapachou-se ao chão.

POSTERGANDO...


É uma realidade emocional de grande parte das pessoas que postergam atitudes que precisam ter em relação a isto ou aquilo, principalmente se o caso em questão, não está incomodando mais do que o esperado e aí, em dado momento, vem abruptamente a “surpresa” da constatação da pouca ou nenhuma consideração que foi dispensada ao digamos “problema”.

Daí, estar-se por todo o tempo em contínuas surpresas, seja por uma dor física que se vai adiando a ida ao médico, seja aquela pessoa que te aporrinha em demasia, seja ao companheiro(a) com o qual, já não se tem amor, seja pelo tratamento frio e até grosseiro que se recebe em determinados locais, mas ainda assim, seja aquele chefe abusivo que se esteja tolerando há anos e por aí vai...

Situações que incomodam, mas que por um motivo ou outro, justifica-se postergar em função disto ou daquilo que parece ser mais importante e, aí, em dado momento a coisa extrapola e diante da criatura, o chão se abre, o mundo desaba e em questão de segundos, a “coisa”, toma proporções de terremoto emocional, transformando-se em uma “grande realidade”, quando é tão somente o resultado previsível do pouco caso que se ofereceu a questão.

Portanto, nesta quarta-feira de cinzas atípica, por causa da pandemia, que consigamos fazer uma reflexão em relação a tudo ou parte do que nos amola em nossos cotidianos, impulsionando-nos a simplesmente agir, segundo a lógica do bem viver, preservando-nos das futuras desagradáveis “surpresas” que até podem demorar, mas que com certeza, chegam.

domingo, 14 de fevereiro de 2021

UM NOVO AMANHECER

Bom dia, essa é a expressão que usamos como forma civilizadamente educada de nos dirigirmos aos demais, num gesto de interatividade e, no entanto, logo em seguida, somos capazes de empanar e até mesmo, exterminar com o dia de um outro alguém e esta dualidade que queiramos ou não admitir, reside em cada ser humano e de tempos em tempos, aflora com mais ou menos ênfase nas sociedades.

MEU SABIÁ


 

A tarde estava indo embora, mas trouxe o meu sabiá fazendo a maior algazarra.

Parece história, mas é real, meu bichinho cantava tão alto, pousado no galho da amoreira que me foi impossível não ir ao seu encontro.

Corri para a janela e conversei com ele, acreditando que entendia a minha imensa alegria, pois, enquanto eu falava, ele respondia, se esgoelando sem parar.

OH, meu Deus que felicidade!

Meu bendito sabiá, veio somente me dar boa noite, neste domingo de carnaval.

Sabe lá, o que é isso?

E que eufórico, boa noite!!!!

Delícia esta interação com a natureza que, repleta de amigos, não me deixa um só instante, sozinha.

E aí, como não ser uma escrevinhadora deste universo?

Como não viver em contínuo estado de poesia?

Como não enxergar “Deus” em toda esta maravilha?

A você que me lê, o meu sorriso carinhoso e o meu mais doce e poético, boa noite.

sábado, 13 de fevereiro de 2021

Caetano Veloso, Maria Gadú - Nosso Estranho Amor- SHOW!

Jobim and Gal Costa perform Dind Lindo, meu Deus!

O LÚDICO


O Carnaval atípico está começando oficialmente hoje e eu, jamais pensei em viver para ver o meu Brasil e minha Bahia silenciosos.

Que coisa, viu!!!

Todos os dias, uma surpresa, um aprendizado e aí, aflora em minha mente, algumas diferenças entre o ontem e o hoje e, então, sorrio, afinal, tudo parece absolutamente diferente, mas na realidade tudo é sempre igual na sua essência, tão somente, diferenciando-se na apresentação.

Penso nas canções, nos poemas e no amor, visitando um passado literário de lirismo mais ingênuo, mais delicado ao se expressar, fruto de um ritmo de vida menos corrido, menos competitivo, sem tantas influências globais, onde ainda era possível olhar-se nos olhos mais demoradamente e deles extrair a essência de um interior.

Mas a necessidade de se ter um amor e nele poder se entregar, buscando afago e aconchego, continua exatamente igual, mas são tantos atrativos e desvios, tantos sins e tantos nãos que, não há espaço para o risco romântico do talvez.

E sem o talvez, não há investimento amoroso, tudo passa a ser imediato e o amor, precisa de tempo e de espaço para se estabelecer, precisa do lúdico para colorir e incentivar o melhor de cada um, porque afinal, a paixão do tesão inicial é como chuva de verão, refresca e é linda, mas tem tempo de findar e para mantê-la sempre presente, só mesmo, muitas borboletas, beija-flores e sabiás, como inspiração.

O lúdico é a matéria prima de todo grande amor.

 

Se Todos Fossem Iguais A Você (Ao Vivo)---LINDO!

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2021

DELÍCIA VIVER...


Maravilha é acordar e se não bastasse, alguém ainda se lembrou e mandou uma música para alegrar o meu coração.

Então, como não começar um dia repleto de inspirações?

Como é bom saber receber as mais doces e sensíveis manifestações de carinho...

E aí, o sol brilha mais forte e até me parece que o brilho é só para mim.

As águas mornas deste mar que amo, me recebem como uma majestade.

E eu, sempre apaixonada, nele submerjo e em seguida emerjo, ostentando pura vida.

Que delícia é viver, meu Deus!

Obrigada.

PROTEÇÃO ÀS BORBOLETAS - Benito Di Paula


 

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2021

EM PAZ...

Para não fugir a uma velha regra de minha natureza energeticamente emocional que abala o físico, acentuando em cada filamento deste, as vibrações inerentes das absorções sensitivas.

Nesta manhã ainda de verão, acordo e me vejo com todo um filme sendo exibido diante de minha mente.


terça-feira, 9 de fevereiro de 2021

UM ATÉ BREVE

Desde o dia 26 de dezembro que estou empenhada na escrita de minha autobiografia, onde narro passagens relevantes de minha vida, atendendo a um pedido de um precioso amigo que inclusive me sugeriu o título PERCEPÇÃO que, adaptei para PERCEBENDO A VIDA, onde narro em detalhes o quanto esta capacidade mental que desenvolvi com o auxílio de meus sentidos, abriu meu campo de visão interna e externa, sobre todos os aspectos que verdadeiramente acreditei serem relevantes, não só na estruturação de minha vida, quanto na condução da mesma.

domingo, 7 de fevereiro de 2021

APENAS SAUDADES...

Cheguei da praia que estava simplesmente deliciosa e estou aqui pensando, no quanto é difícil perder-se um amor de uma vida inteira.

Lá enquanto me banhava nas águas mornas de minha Ponta de Areia, percebi que não mais fazia sentido eu permanecer sozinha por mais tempo, afinal, este era um hábito diário que muito nos agradava vivenciar.

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2021

NA COMPLETUDE DO APENAS SER.

 


            Deus, que maravilha são os musicistas que com seus dedos ou sopros desenham harmonia em nossas mentes, transportando-nos aos nossos mundos interiores e com o poder mágico de lá retirar, tudinho que está nos amolando e apagando o bendito sorriso de nossos rostos, calando a doçura de palavras amorosas que poderíamos estar dirigindo a alguém e escurecendo o brilho de nossos olhos.

Por Una Cabeza - Yamandu Costa

FALANDO DAS MARÉS

 

O dia amanheceu clarinho, prometendo sol pleno e já posso ver minha mangueira abraçada por ele,

 em seu todo majestoso.

Que beleza, meu Deus!

As vezes ele recua, tendo que duelar com as teimosas nuvens que mesmo fracas, insistem em se estabelecer neste espaço celestial e, enquanto assisto esta disputa de poderes, penso em mim e no muito que tive de duelar ao longo de minha vida, tanto e tão dolorosamente, que exauri minhas forças e já não duelo mais.

VINTE POEMAS DE AMOR

 Posso escrever os versos mais tristes esta noite.

Escrever, por exemplo: "A noite está estrelada,
e tiritam, azuis, os astros lá ao longe".
O vento da noite gira no céu e canta.

Posso escrever os versos mais tristes esta noite.
Eu amei-a e por vezes ela também me amou.
Em noites como esta tive-a em meus braços.
Beijei-a tantas vezes sob o céu infinito.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2021

HIBERNANDO

 

                    Não é a primeira vez e provavelmente não será a última em que frente ao imponderável, recolho-me como uma ursa, afim de um descanso necessário e de onde, posso melhor avaliar o meu entorno.

Minhas lembranças voam até 1992, quando, vi ruir o trabalho de anos a fio e que exigiu de mim, uma determinação que eu nem sabia que tinha, mas que foi desabrochando à cada necessidade.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2021

ANNA PAULA -MINHA PÉROLA

 

Duas semanas com “casamentos de viúvas” diariamente e, tem dias que se dividem em duas etapas, pois, apesar de preferirem se casar pela manhã, as vezes são tantas noivas, que precisam buscar as tardes ensolaradas para deixarem rolar dos céus, suas lágrimas de felicidade.

E aí, andar com o guarda-chuva na bolsa ou no carro é a única alternativa para não sermos surpreendidos com este espetáculo da natureza que apesar de encantar os nossos olhos, refrescar os nossos corpos, também cria probleminhas surpreendentes, como nos fazer sair correndo da praia, quando, lá estávamos felizes da vida.

Dia de Iemanjá

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2021

SOLAS DOS PÉS


 

Num certo momento e já faz muito tempo, senti dores nas solas dos pés, percebi também que meus olhos ardiam, minha mente se confundia e o meu todo de mulher, pedia socorro, como se de repente, cada parte de meu corpo se rebelasse e juntas, no pátio de meu emocional, criavam um motim quase que incontrolável.

Como uma capitã que comanda as manobras de si mesma, joguei a velha e pesada espada no chão, soltei a armadura de nós de aço que cobria o meu corpo e libertei meus pés do couro resistente que os aprisionavam.

Finalmente a liberdade para ser apenas eu, sem olhar para trás, sem sequer pensar no futuro, apenas regozijando-me com o presente, foi tudo que costurei nas minhas novas vestes.

Peguei o sol e dele fiz um bordado, criando a minha nova textura.

Peguei as estrelas e com elas ofereci brilho aos meus olhos.

Peguei as flores, misturei-as e criei o meu aroma.

Peguei os frutos e numa mágica alquimia, criei o meu sabor.

Não demorou muito, vi o castelo ruir, afinal, sem guerreira para defende-lo, correndo a cada instante eminente risco de morte, abandonado ficou a sua própria sorte, tal qual, eu já estivera.

Olhei para traz e me pareceu um sonho, dantesco, aterrorizador, pensar que lá, já estive e quase por lá, ruí....

Pés doloridos que me alertaram e abriram espaço para um reviver

Tá certo que sem castelos, espadas e armaduras, sem esquecer dos tesouros, viver não tem sido nada fácil, mas de verdade difícil, era quando tudo isso eu tinha, só me faltando liberdade.

Respiro fundo e me sinto viva, tendo o universo me atendendo a cada instante, permitindo-me sorrir, chorar se necessário, tocando-me com amor, justo no meu emocional.

 

E sem o peso e as dores que me consumiam, hoje eu posso amar, seja lá o que for, sem esperar retorno, porque o que verdadeiramente importa é tão somente, o que sinto.

 

Que delícia é viver desnuda e de pés no chão.

Que delícia é confiar no amparo que me cerca

Que delícia é precisar de pouco e receber o máximo.

Bendito o momento, que já faz tanto tempo, que revoltados os meus pés, pisaram de botas pela última vez.



ESTRANHAS SENSAÇÕES?


 

Falta-me o ar e o coração parece querer sair pela boca e, no entanto, estou bem...

Conheço essas reações físicas, pois as tenho sempre que estou emocionada, independentemente se de alegria ou tristeza.

Sinto que é uma forma de comunicação entre mim e o universo que, com suas poderosas emanações vibratórias, sinaliza um acontecimento importante, sem ser específico, como um semáforo mental e seu alerta amarelo.

Neste instante, o dia acaba de clarear, ainda nublado, pois, acabou de chover um pouco, se bem que fininho, não intimidando meus pássaros que como eu, resistem as intempéries sem deixarem de cantar.

Enquanto escrevo, divido minha atenção entre a orquestra de Glenn Miller e a orquestra dos pássaros, sem que uma interfira na musicalidade do outro, apenas se completam.

Assim deveriam ser os grandes amores, apenas se completando...

Na tarde de ontem, perdi outro texto, por descuido e desconhecimento das muitas teclas do notebook que inadvertidamente esbarro e aí, lagrimas brotam sem qualquer freio, afinal, cada perda é um hiato que se forma entre mim e a universalidade.

Preciso ter mais atenção, mas como meu Deus, se minha mente, enquanto escrevo, voa despudoradamente, seguindo pássaros e borboletas, viajando entre as lembranças do passado, os sonhos de um futuro hipotético e um presente repleto de expectativas?

Como encontrar o ponto do perfeito equilíbrio entre o lúdico e o real, se meu todo de criatura humana é essencialmente emoção, que ora encanta, ora inebria, ora assusta?

Tanto ainda por fazer, tanto ainda por realizar e eu aqui, perdendo textos, desperdiçando emoções...

Não posso, não devo e não vou...

 

O recado do universo me foi dado entre linhas de um novo texto e, é bem assim que este diálogo se mantém, mesmo que em algumas ocasiões atenta eu não estava para compreender.

 

 

ESPLENDIDO GOZO

De onde surgiu o meu improviso, não sei precisar, mas, com certeza, sempre foi a minha mais autêntica realidade, custando-me em algumas ocas...