São 19 horas desta sexta-feira friorenta em que estou vivenciando uma nova experiência existencial e, quando penso na minha idade e no quanto estou encarando numa boa, como se ainda fosse aquela trintona repleta de garra e determinação, penso que talvez ainda o seja, na mente e na alma, indiferente ao restante que mesmo na marra, segue firme acompanhando.
Isso é incrível e extraordinário, surpreendendo-me, afinal, tudo é tão espontâneo e natural que só posso acreditar que sou de outro mundo... Uma extraterrestre? Talvez o seja, já que não houve nenhum intempere terreno que tivesse sido capaz de tirar de mim, o gosto pela vida, o prazer de amar.
Tudo me é tão intenso e apaixonante...
Agora, sentada diante do notebook, ouvindo lindas música, faço o que mais gosto que é pensar a partir de meus sentimentos e emoções, num egocentrismo bendito, pois, através dele, fui capaz de reconhecer-me nos outros e, então, perceber o que deveria melhorar ou extirpar em mim e nesse analisar perceptivo, posso compreender o manancial de amor que eu ainda reservo em mim e no quanto, esse amor para existir, não dependeu de nada e de mais ninguém.
Sim porque, jamais precisei ser amada para amar e quando o fui, regalei-me, lambendo os beiços e dizendo amém...
Quem sabe, este não seja o grande segredo para se ter uma vida plena?
Quem sabe, este não seja o poderoso elixir que oferece o gozo maior, já que usufruo até à última gota de tudo quanto, desperta a minha atenção, atraindo-me sem reservas. Afinal, as novidades me encantam, sem me assustarem, crendo que tudo é ganho extra, até mesmo, quando dou com os burros n’agua.
Olho para minhas mãos e ao meu redor que ostentam um falso vazio, então, respiro fundo, podendo sentir o ar percorrendo o meu corpo, indo ao encontro de minha mente que serena, se sente poderosamente abastecida dos fragmentos de tudo e de todos que fui capaz de amar, podendo sentir suas texturas, seus aromas e até imaginar se assim desejar, seus sabores.
Magnífica vida que ao me forjar, fez-me louca e independente do amor do outro, para dele, egoisticamente extrair a essência do que estimulou o meu próprio amor.
Nesse instante, depois desta terapia cognitiva, só ouvindo os boleros de Luis Miguel para fechar este dia, repleto de amor, “psiu “por você.
Regina Carvalho- 01.8.2025 Tubarão S.C
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