O dia sequer clareou e já escrevi uma poesia e a publiquei de tão empolgada que amanheci nesta terça-feira, pensando nas emoções que sempre povoaram todo o meu ser de criatura, inclusive, permitindo escolhe-las afim de permanecerem ao meu lado ou dentro de mim, não sei bem...
Desde muito cedo, ainda na infância, descobri que as emoções eram guias silenciosos das minhas posturas diante do tudo mais. Percebi nelas não apenas um reflexo dos acontecimentos, mas verdadeiros condutores da forma como me posicionava, como enxergava a vida e como me relacionava com os outros. Foi nesse tempo, em que a inocência ainda coloria os dias, que senti o despertar das emoções amorosas.
Essas, em especial, eram tão intensas e prazerosas que me envolviam por inteiro, diante de qualquer situação, inclusive diante das indiferenças, ameaças, medos e dores, revelaram-se tão intensas e luminosas que me envolviam num manto de prazer e serenidade, já que se erguiam como uma blindagem firme e segura, protegendo-me por inteiro.
Era o bendito amor em suas múltiplas expressões, mostrando-se não apenas um sentimento, mas uma força viva, capaz de transformar fragilidade em coragem e dor em superação.
Eu não poderia sequer imaginar naquela época, o quanto destas emoções amorosas eu iria precisar ao longo da vida, mas com certeza, por intuição e pelas sensações sentidas, decidi não as desconsiderar, fazendo bom uso destas maravilhas em mim.
Foi por respeitar essa força que decidi conhecer melhor cada emoção. Se as amorosas me elevavam, também compreendi que as outras, por mais desafiadoras que fossem, guardavam em si lições preciosas. Assim, a minha vida tornou-se um caminho de busca e aprendizado constante, um convite diário a compreender, acolher e integrar todas as emoções, reconhecendo nelas o imenso potencial de me tornarem mais humana.
Há muito concluí que cada emoção é um mestre, e cada despertar interior é uma oportunidade de crescer, já que quando bem escutadas, conduzem-nos ao mais autêntico de nós mesmos.
Simples assim? Jamais, todavia, absolutamente possível se percebermos o quanto é bom e gostoso, vivenciarmos a paz, mesmo que estejamos em meio ao caos, afinal, o mal contido no outro ou em alguma circunstância, não pode adentar em nós.
Esta opção é pessoal e deve ser intransferível...
Regina Carvalho- 19.8.2025 Tubarão- S.C
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