Cinco horas sentindo o bendito sol atravessar todas as roupas que eu vestia para conter o frio sempre presente — frio teimoso que não se deixa vencer pelo esforço quase inútil do ameno sol em tocar meu corpo. Mas, enfim, pude senti-lo na pele do rosto, assim como nas minhas mãos e, de repente... ah, que prazer, meu Deus!
Nada mais importava além de deixar meus sentidos se entregarem, sem reservas, a este parceiro de vida que tão cedo me conquistou e a quem tão cedo me rendi. Lembro-me dos meus olhinhos de criança feliz, fixando-o sem medo, pois, ao fazê-lo, via estrelas douradas caírem sobre mim.