DE REPENTE o meio do ano chegou avançando sem pedir licença, atropelando a necessidade que tenho em retardá-lo...
A pressa não é minha e sim, dele, deixando-me como uma folha leve e solta ao vento e seu controle, sem qualquer possibilidade em freia-lo.
Ficando o meu destino a cada dia mais curto, mais breve e eu, sem qualquer pressa, só desejando espaço para saboreá-lo mais lentamente.
Tempo, vento, tempo implacável, deixe-me rasgar as folhas em branco do ainda não vivido, permita-me escrever as infinitas experiências, fechando assim, meu derradeiro livro.
De repente, nada é de repente
É que egoísta e egocêntrica
Quero reter o vento, fazendo dele moldura do tempo para neste quadro adentrar, vivendo todas as aventuras que enquanto tive tempo, não encontrei tempo, para usufruir...
Agora que já não determino o meu tempo, não tenho em mãos as rédeas, para frear o incomensurável tempo...
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