Acredito que pelo simples fato de que, tenho mais passado do que poderei ter de futuro, meu subconsciente jorra incessante como se fosse uma cachoeira, todo um manancial de lembranças que acumulou nestas décadas já vivenciadas.
Rapaz... O que é isso?
As vezes penso que o meu todo de criatura humana está fazendo uma espécie de varredura para que eu relembre fatos, lugares e pessoas, afim de não me esquecer em nutrir a gratidão, pelo tanto que recebi, geralmente, negado a maioria.
A vida também em momento algum se preocupou em me poupar, afinal, fui testada, abusada, esfolada e abandonada em situações diversas, como se eu estivesse em constantes vestibulares, afim de um dia poder me graduar, neste ou naquele curso que eu, em agum momento desejei.
Que coisa, viu!!!
E aí, pensando nesta nada fácil vivência e comparando-a com as experiências cobradas por este sistema malzinho, que a cada instante, transforma cada pessoa, num vampirinho existencial, creio sinceramente, que tudo que vivi e supostamente sofri, é fichinha...
Afinal, em momento algum faltou-me amor, margens contentoras, braços amigos e um tudo mais de força interior que hoje, analisando, parece que atraía o melhor, o mais bonito e o mais sensível de todo aquele que se aproximava de mim e consequentemente, me salvava.
Fases de mares revoltos de aprendizados que jamais me furtei em nadar. E por mais difíceis, permitiram-me enxergar uma praia ao longe para que eu, pudesse descansar...
“Viver e não ter a vergonha de ser feliz”
Benditas visões que me inspiraram e me permitiram sobreviver para que em cada amanhecer, como faço agora, eu possa garantir, que a vida é bonita, é bonita e é bonita.
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