Não sou religiosa, apenas uma apaixonada por Jesus e leio avidamente o novo testamento, no tudo que se relaciona a ele com a paixão de quem sempre desejou compreender suas mensagens despidas dos dogmas impostos, com a singeleza, originalidade e firmeza daquela incrível criatura que ao perceber que o Deus venerado nos templos e sinagogas, na realidade encontrava-se dentro dele, como um bendito pai amoroso, um guia incansável, um par de margens seguras.
Hoje, debrucei-me mais uma vez sobre João: 8-32. ““Conhecerão a verdade, e a verdade os libertará.”
Cada vez que leio, mais um pouco acredito avançar, quanto ao seu entendimento e como uma tenaz seguidora deste ser fabulosamente envolvente, mais e mais me dispo dos excessos, deixando-me mais livre para verdadeiramente, poder sentir esse Deus em mim.
Particularmente não gosto da palavra pecado, preferindo inadequações que, afinal, são mais adequadas aos efeitos negativos que produzem em mim, portanto, buscar a verdade é poder reconhecer o peso que cada inadequação produz em minha mente e alma, turvando o meu caminhar vivencial, impedindo-me de enxergar as grandezas dos absolutamente simples, lógicos e verdadeiros que a vida oferece generosamente.
Cada leitura, cada entendimento foi o mesmo que tirar uma veste pesada que me impedia de bater asas e simplesmente voar como os pássaros e as borboletas que sempre admirei.
Ainda hoje, não sou capaz de voar por conta própria, precisando ser carona, mas pelo menos, a cada voo, percebo que peso menos nas asas de meus amiguinhos, assim como, percebo encantada que o meu todo de criatura humana é capaz de sorver mais profundamente a liberdade que os voos oferecem.
A cada leitura, sinto que não sou a mesma da leitura anterior e esta constatação, muito me agrada, levando-me a gostar mais e mais de mim e deste fabuloso Deus que silencioso, faz morada em mim, libertando-me carinhosamente com “seu jugo suave e seu fardo leve” (Mateus:11-28-30).
Boa noite na companhia da sempre bem-vinda paz...
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