Foi ali, sentindo as águas geladas do regato de Guapimirim e enxergando aquela rica vegetação ao meu redor que não impedia que pássaros e borboletas adentrassem e bailassem para o meu fascínio, foi que mesmo não tendo a devida consciência, afinal, eu era apenas uma menininha, mas o meu todo de criatura humana, através dos meus sentidos, decidiu que a minha vida, seria o mais próximo possível do apenas natural que eu pudesse absorver do tudo mais da vida.
Estranho, ainda mais para uma criança. mas absolutamente real...
Esta decisão corporal, mental e espiritual, foi definitiva e determinante, quanto aos momentos mais autênticos e simbioticamente ligados ao simples e apenas natural, que me trouxeram plenitude.
Só me dei muito mal, quando em muitas ocasiões, tentei inserir-me em um mundo e valores que não me pertenciam...
Foram incríveis lições empíricas, formas duras de aprendizados que como tatuagens, permaneceram em mim, como lembretes sobre o tudo que não me convinha.
Penso então, que o que aconteceu comigo, acontece em formas diferenciadas com cada criança no seu desabrochar de vida, daí a importância de deixa-la expressar suas preferências, para que dali em diante, a sua essência determine a sua existência, para que não sofra como eu e a maioria, as duras batalhas entre o que se é, e o que esperam de nós.
Nesta sexta- feira, olhe com a costumeira ternura para o seu filho na faixa da idade tenra de 0 a 5 anos e tente enxerga-lo, além de suas projeções pessoais, deixando-a livre para expressar sua alma, testar seus sentidos, apalpar a vida.
Procure ser apenas, margens seguras de contenção, um universo de amor, floresta farta de nutrientes.
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