Enquanto criança, meus amiguinhos invisíveis que brincavam comigo e dormiam aos pés de minha cama, onde eu estivesse, eram considerados imaginações infantis, enquanto para mim, eram visíveis e bem reais, mesmo não os enxergando com os meus olhos, mas sentindo-os profundamente em mim.
Seus rostos e corpos eram etéreos, mas suas vibrações absolutamente sentidas por todo o meu ser.
Convivíamos através dos sentidos e das emoções.
A companhia deles a cada instante, não me deixava sentir a solidão, geralmente, sentida pelos filhos “rapa do tacho” que se veem perdidos entre apenas, adultos.
Todavia, quando adentrei na fase adulta, o hábito de desfrutar de suas companhias, optando em estar com eles e não com o tudo mais, fez de mim, uma esquisita, meio louca que insistia em conversar com o aparente nada.
Como chama-los de nada se estavam sempre ao meu lado, assoprando em meus ouvidos, tocando em meu corpo, escrevendo em minha mente?
O tempo passou e cá estou, tendo-os ainda ao meu lado, trazendo do céu as estrelas, do jardim os perfumes, dos pássaros as canções, mas foi e é com as borboletas que não canso de voar, encurtando todos os caminhos que me levam até você...
Bom dia!!!
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