sexta-feira, 30 de junho de 2023

EU E O MAR...

Desde sempre, pude sentir Deus, muito presente em minha vida ao ponto de me convencer que por algum motivo em sua avaliação, eu deveria ser uma filha predileta, alvo de suas bênçãos que me chegavam, através de variadas experiências repletas de muitas emoções, que sempre foram altamente gratificantes ao ponto de sentir-me especial aos seus olhos.

Esta atenção divina alimentou em mim, um senso enorme de gratidão, e este, foi o grande selecionador de minhas escolhas no decorrer de minha vida, mesmo que aos olhos alheios, eu parecesse no mínimo fora do contexto.

Aconteceram e ainda acontecem e espero que seja, assim, até que eu deixe esta vida, inerências inesperadas com a aproximação de lindas criaturas que só chegam para somarem carinho, atenção em minha vida, assim como, um véu invisível, mas resistente, que mantém a uma certa distância, tudo quanto, possa mudar o rumo do melhor de mim.


quinta-feira, 29 de junho de 2023

ESCLARECENDO

Quando me gabaritei para escrever nas redes sociais e no Jornal Variedade ou como fiz também durante anos, através da Rádio Tupinambá, tinha em mente ser por todo o tempo, uma observadora crítica do contexto de minha cidade, jamais, prendendo-me a um único e óbvio aspecto que um fato, viesse apresentar.

Quando nesta manhã, fiz restrições ao vídeo postado nas redes sobre o aniversário de um jovem, em absoluto esqueci-me do direito do mesmo em produzir sua festa de acordo com sua vontade e posses e muito menos de convidar autoridades e sim, foquei-me na subjetividade agressiva da mensagem destas autoridades que usaram maldosamente os festejos da referida “cria” para mandarem um recado irônico e desaforado para todos que não concordam com seus métodos administrativos.


quarta-feira, 28 de junho de 2023

BEM-VINDA PAZ...

Não sou religiosa, apenas uma apaixonada por Jesus e leio avidamente o novo testamento, no tudo que se relaciona a ele com a paixão de quem sempre desejou compreender suas mensagens despidas dos dogmas impostos, com a singeleza, originalidade e firmeza daquela incrível criatura que ao perceber que o Deus venerado nos templos e sinagogas, na realidade encontrava-se dentro dele, como um bendito pai amoroso, um guia incansável, um par de margens seguras.

Hoje, debrucei-me mais uma vez sobre João: 8-32. ““Conhecerão a verdade, e a verdade os libertará.”

Cada vez que leio, mais um pouco acredito avançar, quanto ao seu entendimento e como uma tenaz seguidora deste ser fabulosamente envolvente, mais e mais me dispo dos excessos, deixando-me mais livre para verdadeiramente, poder sentir esse Deus em mim.


terça-feira, 27 de junho de 2023

PESADELO CONTINUADO

Cada dia uma novidade com o meu notebook e como sou neófita, nada fazendo lógica em minha mente, paraliso e passo a depender do coitado do meu filho que precisa estar sempre muito disponível para auxiliar-me neste aspecto tecnológico.

Acomodei-me, esta é a mais pura realidade, justo por tê-lo sempre muito disponível e de graça.

O problema é quando, o safado parceiro, resolve criar algum caso como ocorreu nesta madrugada e por ser, apenas, 3.30h, preciso aguardar o dia amanhecer, afinal cara de pau tem limites, ficando a ansiedade e o imediatismo no limite máximo.

Ainda bem que não sou dada ao pessimismo, pois, “o mar não está pra peixe”, afinal, acordei pesada as 2.00h da manhã, depois de dormir sete horas intensamente um pesadelo daqueles cabeludos, então, coloquei a cafeteira no fogão e a esqueci, quase colocando fogo na casa e ao ligar o notebook, o danado desconfigurou do nada, ou seja, o que mais vai acontecer neste amanhecer?

Será que ainda não acordei e estou vivenciando um pesadelo continuado?

Cruz credo, Ave Maria!!

Coloco uma música para distrair minha mente, como se fosse um milagroso ansiolítico, talvez, o velho Lexotan, do qual, fui dependente por cerca de 20 anos, crendo ser um dos milagres benditos da criação humana, afinal, produzia uma falsa normalidade. 

Que coisa, viu!!!



A LUZ DOS OLHOS TEUS...

Passada a comoção de um amanhecer atípico, cá estou serenando, através do dedilhar de minhas lembranças que são tantas e intensas, absolutamente ricas em conteúdos amorosos, levando-me a conclusão de que tudo sempre valeu a pena.

Em momentos como o de agora, fico pensando o que teria sido de minha vida se não tivesse a luz dos olhos teus, meu Roberto, para iluminar os meus caminhos.

Olhos serenos que despertaram em mim em todos os momentos, uma profunda ternura que me fazia esquecer até mesmo, as tuas sacanagens...

Amigo, professor, colega de traquinagens, pai protetor, irmão parceiro, braços acolhedores, amante ardente, meigo namorado...

Viver sem a tua presença, não tem sido uma tarefa nada fácil, todavia, dentre tantos ensinamentos, ensinaste-me a ser resistente e cá estou, firme e consciente que se não posso mais te tocar, te cheirar, te beijar, mas ainda posso te amar.

Quero chorar como se uma cachoeira de saudades eu fosse, mas a lembrança da luz dos olhos teus, me faz sorrir com a fluidez de um regato de paz.

Que bom, que estarás sempre em mim, como uma tatuagem de luz em minha alma, fazendo-me sorrir...

Que bom, tê-lo encontrado nesta vida...

Que bom, poder acreditar que estaremos juntos em todas as vidas, num círculo ininterrupto de vida, aperfeiçoando o nosso amor.

Há 36 anos...



segunda-feira, 26 de junho de 2023

BOM DIA!!!

Debruçada à janela, apreciando o dia clarear e ouvido a orquestra de variados pássaros executarem sua sempre inédita e fantástica sinfonia, uma nuvem se aproxima e abre suas comportas despejando sobre nós, seu bendito manancial que ao chegar nas plantas e finalmente no solo, produz sons que acabam por completar a sonorização desta segunda-feira, despertando em mim, a curiosidade em identificar cada nota produzida a partir das diferentes plantas, recordando-me do quão incrível é o movimento melódico de uma apenas gota de chuva.

Quis possuir os ouvidos absolutos de meu irmão Eugênio de Carvalho diante de uma orquestra, a firmeza e sensibilidade de meu pai, na criação de um mosaico em mármore ou granito e a sensibilidade em abraçar as ondas do mar de Ipanema, como minha mãe o fazia em amorosos e ritmados movimentos.

E de tanto observá-los, acabei apaixonando-me pela vida, fazendo de seus naturais movimentos, espetáculos estimuladores para a minha própria vida.

A nuvem esgotou seu manancial de variados sons, deixando os pássaros em seus protagonismos recebendo festivamente este novo dia, sem se incomodarem com algumas goteiras que escorrendo do telhado, parecem bumbos compassando a breve chegada de mais um dia de sol.

Tento não deixar que nada me escape ao encantamento de minha alma.



sexta-feira, 23 de junho de 2023

sem qualquer pressa

 DE REPENTE o meio do ano chegou avançando sem pedir licença, atropelando a necessidade que tenho em retardá-lo...

A pressa não é minha e sim, dele, deixando-me como uma folha leve e solta ao vento e seu controle, sem qualquer possibilidade em freia-lo.

Ficando o meu destino a cada dia mais curto, mais breve e eu, sem qualquer pressa, só desejando espaço para saboreá-lo mais lentamente.

Tempo, vento, tempo implacável, deixe-me rasgar as folhas em branco do ainda não vivido, permita-me escrever as infinitas experiências, fechando assim, meu derradeiro livro.

De repente, nada é de repente

É que egoísta e egocêntrica

Quero reter o vento, fazendo dele moldura do tempo para neste quadro adentrar, vivendo todas as aventuras que enquanto tive tempo, não encontrei tempo, para usufruir...

Agora que já não determino o meu tempo, não tenho em mãos as rédeas, para frear o incomensurável tempo...



NADA COMUM

Do terraço do prédio era possível de um lado apreciar a mansidão das águas da Lagoa Rodrigo de Freitas e, num girar de calcanhares, deparar-se com as ondas agitadas do mar de Ipanema e ao tombar para trás a cabeça, lá estava o céu, normalmente brilhante, a coroar toda aquela beleza.

As vezes, quero dizer muitas vezes, deitei-me de frente para o sol, até perder a visão de tanto desejar recebê-lo em minhas retinas de criança e depois, menina-moça, curiosa em desvendar o que possivelmente haveria por dentro ou através dele.


quinta-feira, 22 de junho de 2023

BANDIDO DE ANTIGAMENTE

Já não se faz mais bandido como antigamente.

Ainda me lembro, sinceramente até com saudades, do tempo em que o Rio de Janeiro era dominado pelos bicheiros Anísio Abraão David e Castor de Andrade e alguns poucos outros de menor status, cujos nomes não me recordo, até porque, não atuavam na zona Sul, onde nasci e me criei.

Em cada esquina, infalivelmente, lá estavam um ou dois capangas, normalmente sentados em um banquinho de madeira, caneta na mão e bloquinho pequeno de papel, fazendo anotações do jogo do bicho, que os moradores de cada pedaço da rua, do bairro e da cidade não deixavam de fazer.

Mais que um vício, jogar era um hábito diário de qualquer dona de casa, fosse quem fosse na hierarquia social, se bem que a "madame" se servia dos empregados para não se expor ao vivo e a cores, mas que o apontador do bicho, como eram chamados, sabiam de cor e salteado de onde partia a "fezinha".


quarta-feira, 21 de junho de 2023

ATÉ QUANDO, MEU DEUS?

Quieta e agasalhada dedilho minhas letrinhas enquanto, escuto uma coletânea de eruditos ao piano, levando minha mente ao devido patamar da harmonia, deixando a delicadeza dos acordes adentrarem em meu todo de criatura humana, na busca incansável de compreender as reações ora irônicas, ora incontrolavelmente agressivas, ora apáticas, mas em todas as performances que se apresentem, geralmente, em sua esmagadora maioria, desprovida da lógica racional que a justifique, frente as ações que as motivaram.

Vejam bem; residimos numa cidade pequena e linda que está encostada numa das mais populares e progressistas das capitais, além de pertencemos a um dos mais importantes Estados do país e ainda assim, agimos caricatamente, sem qualquer sentido de hegemonia de entendimentos, quanto aos critérios que deveriam ser os condutores tanto administrativamente, quanto comportamental do povo em geral.

A sensação que se tem é que a dura divisão gestões/ população, a cada dia se torna mais explicita e sem qualquer lógica que a justifique.


PORCA ESPANADA

Nada mais é que um parafuso que teve sua fenda e cabeça danificadas por uso excessivo (remoção constante) ou aplicação incorreta.

Pois é...

De repente a minha querida amiga que já nos deixou, Marilza Massafelli, apelidou-me de porca espanada, justo por eu ser absolutamente desligada de tudo que fosse pratico da vida, como se eu vivesse noutro planeta, precisando ser lembrada a cada instante dos hábitos corriqueiros, como guardar datas, telefones, seguir determinadas regras de convivência, nomes das pessoas e ao mesmo tempo, discutir assuntos que a maioria sequer pensa a respeito.

Ela tinha razão, além de intimidade suficiente não só para chamar à atenção pelas minhas falhas constantes, como para me apelidar, o mesmo ocorrendo com meus filhos e marido.


terça-feira, 20 de junho de 2023

JUNHO DE MUITA AFETIVIDADE

De todos os meses do ano, junho sempre foi o meu favorito, pois, foi através dele, que retive em minha mente, as mais singelas e preciosas lembranças da minha infância e adolescência.

Mês de festas e folguedos, de arraiais e guloseimas, mês dos santos e das bandeirolas que colorem o imaginário.

Ainda me lembro, já faz tanto tempo, da animação de minha mãe que junto de algumas vizinhas, organizava as festas, enfeitando a rua, motivando a todos nós.

Era bom vê-la por horas, no quintal lá de casa, colando no barbante, as intermináveis bandeirinhas com a grossa cola de farinha, movimentando a garotada, numa tarefa inesquecível.

Época das sanfonas e de muita religiosidade, das batatas doces e dos bolos de milho, dos chapéus de palha e dos vestidos xadrezes, esbanjando colorido nas danças das quadrilhas.


CONFISSÕES DE UMA ESQUISITA

Não pensem que é fácil admitir as minhas esquisitices, mas na altura de minha vida, cujo propósito foi amar, amar e amar, confesso que já posso reconhecer que, diante das intermináveis marés contrárias, não me restou alternativa que ser apenas por todo tempo, apenas o meu original, até porquê, nas raras vezes em tentei ser cópia de algum personagem que o sistema impunha, me dei muito mal, comigo, sentindo-me absolutamente deslocada.

Gostar e apreciar valorizando o belo, o exclusivo, não significa que queiramos estar inseridos ou que sejamos capazes de sofrer, por não estar, até porque, sempre obtive tudo quanto almejei.

Quem de verdade me conhece um pouco mais intimamente e de preferência a mais tempo, sabe o quanto sou apurada quanto ao melhor, mas também sabe, o quanto sou capaz de toda e qualquer maravilha dispensar, tão somente por amor, lealdade, parceria, uma tal de ética da qual me apaixonei lá atrás, ainda garota, através do curso intensivo de exemplos domésticos. 


segunda-feira, 19 de junho de 2023

ESTE SEU OLHAR, QUANDO ENCONTRA O MEU...

Estou aqui pensando na singeleza de meus parcos conhecimentos, diante da sabedoria dos atuais intelectuais progressistas, que tudo sabem ao ponto de determinarem alterações nos conceitos estabelecidos, aceitos e incorporados nos cotidianos humanos, por acha-los inadequados, neste ou naquele aspecto.

E aí, babaca ultrapassada como eu, só pode lamentar, principalmente, quando o assunto é paquerar.

Tá certo, posso até já ter passado da idade para escrever a respeito deste assunto, mas penso nas meninas que estão a ver navios, sofrendo tal privação, seja por incapacidade avaliativa ou pela total confusão interpretativa em relação aos meninos, ficando ambos perdidos num mar de superficialidades e privações dos apenas, belos e inesquecíveis momentos de conquistas.


QUE COISA, VIU...

O que eu nunca entendi nesta gestão, são as compras para a alimentação escolar virem abastecida de produtos de uma produção rural rica e diversificada que nunca ouvimos falar que existia, ficando os comerciantes da cidade, comprando mercadorias que chegam de outras cidades, para abastecerem suas prateleiras de hortifrútis. 

Depois, pelo visto, aqui se produz de tudo, até kiwis suculentos, uvas e o escambal...

RAPAZ...

O que é isso minha gente?

Mas pior que ter que fingir que acredito nisso é pensar que as cozinheiras das unidades escolares, tenham azeite para prepararem as refeições dos alunos, ao preço de 30,00 cada garrafinha.

Chique, né!!!

Enquanto, todo esse luxo permeia a alimentação escolar, as cestas básicas complementares que deveriam ser distribuídas, os remédios de uso contínuo, os preservativos higiênicos e a preservação do meio ambiente, são cortados impiedosamente.

Dois pesos e duas medida, por quê?



MAR REVOLTO...

Acredito que pelo simples fato de que, tenho mais passado do que poderei ter de futuro, meu subconsciente jorra incessante como se fosse uma cachoeira, todo um manancial de lembranças que acumulou nestas décadas já vivenciadas.

Rapaz... O que é isso?

As vezes penso que o meu todo de criatura humana está fazendo uma espécie de varredura para que eu relembre fatos, lugares e pessoas, afim de não me esquecer em nutrir a gratidão, pelo tanto que recebi, geralmente, negado a maioria.


sexta-feira, 16 de junho de 2023

ENQUANTO BRINCA, PROJETA A SI MESMO...

Foi ali, sentindo as águas geladas do regato de Guapimirim e enxergando aquela rica vegetação ao meu redor que não impedia que pássaros e borboletas adentrassem e bailassem para o meu fascínio, foi que mesmo não tendo a devida consciência, afinal, eu era apenas uma menininha, mas o meu todo de criatura humana, através dos meus sentidos, decidiu que a minha vida, seria o mais próximo possível do apenas natural que eu pudesse absorver do tudo mais da vida. 

Estranho, ainda mais para uma criança. mas absolutamente real...

Esta decisão corporal, mental e espiritual, foi definitiva e determinante, quanto aos momentos mais autênticos e simbioticamente ligados ao simples e apenas natural, que me trouxeram plenitude.

Só me dei muito mal, quando em muitas ocasiões, tentei inserir-me em um mundo e valores que não me pertenciam...

Foram incríveis lições empíricas, formas duras de aprendizados que como tatuagens, permaneceram em mim, como lembretes sobre o tudo que não me convinha.

Penso então, que o que aconteceu comigo, acontece em formas diferenciadas com cada criança no seu desabrochar de vida, daí a importância de deixa-la expressar suas preferências, para que dali em diante, a sua essência determine a sua existência, para que não sofra como eu e a maioria, as duras batalhas entre o que se é, e o que esperam de nós. 

Nesta sexta- feira, olhe com a costumeira ternura para o seu filho na faixa da idade tenra de 0 a 5 anos e tente enxerga-lo, além de suas projeções pessoais, deixando-a livre para expressar sua alma, testar seus sentidos, apalpar a vida. 

Procure ser apenas, margens seguras de contenção, um universo de amor, floresta farta de nutrientes.



CHAVE MESTRA...

Depois de ler inúmeras mensagens de autoestima e outras em que Deus e alguns santos são mencionados e agora, ouvindo um piano Jazz, penso no quanto, precisamos nos agarrar aos discursos imediatistas, afim de nos consolarmos com a bendita ilusão de que de tanto repeti-las, iremos atingir o nirvana, deixando as frustrações e as dores cada vez mais distantes de nós.

Reconheço que são poderosos auxiliares, todavia, nem Deus e tão pouco, qualquer santo por mais milagreiro que seja, trará a solução para os nossos problemas de fórum emocional e comportamental, se não houverem intercessões cognitivas imediatas e constantes, quanto as necessárias mudanças que precisamos empreender.

“Faça a tua parte que eu estarei por perto para te dar o suporte necessário”


quinta-feira, 15 de junho de 2023

ATÉ VOCÊ...

Enquanto criança, meus amiguinhos invisíveis que brincavam comigo e dormiam aos pés de minha cama, onde eu estivesse, eram considerados imaginações infantis, enquanto para mim, eram visíveis e bem reais, mesmo não os enxergando com os meus olhos, mas sentindo-os profundamente em mim.

Seus rostos e corpos eram etéreos, mas suas vibrações absolutamente sentidas por todo o meu ser.

Convivíamos através dos sentidos e das emoções.

A companhia deles a cada instante, não me deixava sentir a solidão, geralmente, sentida pelos filhos “rapa do tacho” que se veem perdidos entre apenas, adultos.

Todavia, quando adentrei na fase adulta, o hábito de desfrutar de suas companhias, optando em estar com eles e não com o tudo mais, fez de mim, uma esquisita, meio louca que insistia em conversar com o aparente nada.

Como chama-los de nada se estavam sempre ao meu lado, assoprando em meus ouvidos, tocando em meu corpo, escrevendo em minha mente?

O tempo passou e cá estou, tendo-os ainda ao meu lado, trazendo do céu as estrelas, do jardim os perfumes, dos pássaros as canções, mas foi e é com as borboletas que não canso de voar, encurtando todos os caminhos que me levam até você...

Bom dia!!!



quarta-feira, 14 de junho de 2023

DESTINO É O MAR...

Sou originária de uma família, que por sua vez, originou-se de outras duas, onde as mulheres eram terríveis no tocante a andarem na contramão do sistema de suas épocas, portanto, com tantos exemplos, uma observadora nata como eu, não poderia ser diferente.

Confesso que até tentei ser a mocinha comportada, uma parideira impecável, mas Jesus... Isso me sufocava...

Meu rio caudaloso e repleto de vertentes, vez por outra, movida pela força da sua própria natureza, adentrava no fascinante desconhecido, independentemente dos seixos que encontraria pelo caminho.

Jesus, como nadei e de quanto fôlego necessitei...


terça-feira, 13 de junho de 2023

SALVE JORGE- SALVE ANTÔNIO

 O dia do mês é de Santo Antonio, mas da semana é de São Jorge. Que as bênçãos de ambos, recaiam sobre a nossa amada Ilha de Itaparica, erradicando a fome e a ganância que andam juntas nas estradas deste pequeno paraíso de águas mornas, céu azul e almas sofridas.

Que as nossas mais fervorosas orações, sejam realizadas, através de nossos atos cotidianos, realçando o senso de fraternidade que existe em cada um de nós.

Louvado seja todo aquele que reconhece o valor da vida e a honra a cada instante.

SALVE JORGE- SALVE ANTÔNIO



O INCOMODO DO APENAS PENSAR...

Mesmo os pássaros e as borboletas vez por outra se distraem com as cores e os perfumes e se deixam abater, assim acontece com aqueles que se descortinam, deixando suas almas se expressarem seja escrevendo, pintando, tocando ou representado em qualquer dos palcos da vida.

Não desenvolvem a capacidade em disfarçar o óbvio que os assombra ou encanta, o que para alguns, representa afronta imperdoável.

A tolerância deixa de existir, quando o lúdico colorido e poético, cede lugar ao feio e ao inoportuno, rasgando o véu do “tudo bem”, expondo as vísceras adoecidas sempre existentes nos sistemas das convivências humanas e que, geralmente, são flagelantes e mortais.

Pensar ponderando é isso...E como incomoda meu Deus!!




segunda-feira, 12 de junho de 2023

PÁGINA EM BRANCO...

Não há nada mais agoniante pelo menos para mim que ter diante dos meus olhos uma página em branco e eu, não ter nada para escrever.

Frustrante e assustador, já que logo me imagino isolada numa caverna escura, onde a luz solar não consegue adentrar.

Cruz credo, sou muito dramática!!!!

Penso então, o que seria de mim sem as representações cognitivas, onde o drama assume o protagonismo, deixando fluir da coxia de meu teatro vivencial, o príncipe salvador?

Eita, mulherzinha danada que por todo o tempo, levanta da letargia, sacode a poeira e dá, a volta por cima, sem esquecer nenhum detalhe, fantasiando o feio e aprimorando o belo.

E por falar no Belo, hoje é o terceiro dia em que o sol descortina os amanheceres, trazendo alento para as almas, sedentas de vida e paixão...

Então, transfiguro-me em princesa, fazendo dos pássaros minha corte, da borboleta minha carruagem e do sabiá, meu fundo musical que me acompanhará até o destino final...

E aí, se preencher a página em branco está difícil, faço do lúdico imaginário, mais um texto a céu aberto, sem vírgulas e pontos, sem regras que me limitem.

Apavoro-me com as páginas em branco...



sexta-feira, 9 de junho de 2023

MAIS AMOR POR FAVOR

Neste amanhecer friorento e chuvoso, gostaria de estar tomando o café na companhia do meu Roberto, conversando sobre tudo, como fizemos ao longo de nossa vida em comum, onde só aprendi e que bom, ter estas lembranças...

Elas não doem, porque não ferem, apenas trazem à tona da consciência, todo um lado bom e agradável de se ter uma preciosa companhia.

Enquanto, pontuo essa vontade de ainda tê-lo ao meu lado, ouço Johann Sebastian Bach que mantem a minha mente tranquila e um leve sorriso de gratidão a mim, afinal, fui capaz de selecionar cuidadosamente, as qualidades do meu parceiro de vida, com o intuito único de preserva-lo junto a mim, deixando suas falhas como desafios a serem vencidos.

Certamente, ele fez também essa opção, colhendo de mim, o que eu deveria possuir para completa-lo e assim, não faltaram os infinitos cafés da manhã, até mesmo para recordar...

Tudo recomeça em cada café da manhã...



quarta-feira, 7 de junho de 2023

CHUVA - CACHOEIRA DA VIDA

O dia amanheceu cinzento e banhado de muita chuva e de onde estou, posso vê-la incansável deitar-se sobre o gramado depois de lavar incessantemente os galhos da mangueira que permanecem estáticos, fazendo-me lembrar dos banhos de cachoeira em Guapimirim, quando eu me abraçava e permanecia inerte nos primeiros instantes, até que meu corpinho frágil e quentinho de criança, aceitasse aquela água gelada e forte a malhar-me a pele, fazendo o sangue agitar-se, o coração acelerar e as emoções explodirem, num misto de gritos e sorrisos.

Deliciosa lembrança que traz à tona mais um flash de uma infância simplesmente espetacular, onde fui uma criança livre para sonhar e aí, penso que esta minha vocação em ser feliz, nasceu lá, entre os frondosos arbustos à beira do regato, onde minhas pequenas mãos teimosas, insistiam em alisar as piabinhas ariscas, sentindo as mil fragrâncias que meu olfato não menos livre, captava.

Esse fabuloso encontro do tato com o olfato, abriu caminho para os voos que destemida, me imaginava fazendo nas asas das muitas coloridas borboletas que bailavam diante de meus olhos.

O tempo passou, mas as borboletas permaneceram fiéis, levando-me silenciosamente aos regatos da vida, onde o possível, sempre está presente, surpreendentemente belo, colorindo o meu olhar, despertando emoções, como se o safado tempo, nunca houvesse passado.

E aí, chove lá fora, como se fosse, a cachoeira de Guapimirim...



segunda-feira, 5 de junho de 2023

Incorrigível colecionadora de belezas

 PRA TODOS OS LADOS que nos viremos, existe uma beleza para ser admirada, até mesmo, aonde a pobreza e o abandono, há muito tenha carimbado o seu destino, afinal, por lá existem vidas e toda vida merece ser admirada, nem que seja, pela força bendita da resistente sobrevivência.

E aí, como uma incorrigível colecionadora de belezas, vou pinçando aqui e acolá, exemplares preciosos e armazeno-as nas lembranças, através de meus olhos, sem jamais esquecer-me de suas texturas, aromas e sabores que extraio de afetuosos abraços e beijos, sem desperdiçar absolutamente nada.

O feio e desprezível existe, grosseiramente tentando empanar as sempre presentes belezas, mas confesso que desses, desvio o caminho, só deles lembrando vez por outra, como faço agora em textos e versos, para vomitar minha dor por saber que existem e tantos malefícios, são capazes de produzirem, se algum tipo de poder conseguirem alcançar.

Existira sempre muitas possibilidades para se erradicar a fome, bastando apenas, humanização sem discursos e mais ações, colocando numa prática séria e respeitosa os programas sociais já existentes, sem que os mesmos, não sejam descaradamente roubadas pelas ações ocasionadas pelas improbidades públicas de todas as ordens.

"Penso então, que onde existe a presença da fome, não há progresso e muito menos sucesso, tão somente, indignidade social.



sexta-feira, 2 de junho de 2023

MODELO MEQUETREFE

Estou aqui pensando que nem mesmo, quando eu dirigia duas empresas, mais de 100 funcionários, todos os planos econômicos que surgiam da noite para o dia, desestruturando empresas e famílias, dois filhos, um marido, uma sogra doente que eu amava e cuidava, parentes maldosos, cujas invejas eram como venenos dos quais eu precisava não esquecer de tomar diariamente a injeção antiofídica da compreensão que impedia a contaminação e uma possível morte na fé da humanidade, antes mesmo de começar os meus dias comerciais, faltou-me tempo para ler, estudar, ouvir minhas músicas, escutar as pessoas a minha volta, beijar na boca e ser feliz com o que eu havia conseguido e, principalmente, escrever sobre os pássaros e as borboletas.


BENDITO SOL

Hoje é o terceiro dia que amanhece ensolarado, combinando perfeitamente com a minha Ilha de Itaparica e isso, é simplesmente maravilhoso, já que com sol, a lama seca um pouco e é possível, ir-se a pé até a beira do mar, sentindo o solzinho aquecendo suavemente a pele.

Bendito sol que consola o abandonado, triste e acabrunhado com a sempre esperança de um talvez...

Talvez, meus impostos sejam honrados

Talvez, como cidadã, eu seja ouvida

Talvez, minha rua, seja enxergada

E de talvez em talvez, mais de vinte anos se passaram...

Bendito sol que insiste em brilhar, trazendo luz, onde só existe escuridão.



quinta-feira, 1 de junho de 2023

SENSO CRÍTICO X CONTEXTUALIZAÇÃO X CIDADANIA

Quando publico uma nota política local, tendo-a escrito ou não, preocupo-me em observar os comentários, pois, somente assim, sou capaz de avaliar o grau de entendimento dos leitores.

Essa prática poderia ter sido um balde constante de água fria, afinal, sei avaliar o que escrevo ou publico de terceiros, mas a maioria das pessoas, infelizmente, não conseguem ou não querem mensurar por motivos variados, mas geralmente superficiais, o cerne da questão apresentada, seja numa crítica contrária ou não.

Veja bem; em relação a atual gestão, eu seria no mínimo uma irresponsável idiota, sem qualquer merecimento de respeito e consideração dos meus leitores, que são muitos, mesmo que por conveniência permaneçam invisíveis, se não enxergasse e valorizasse as ações que são empreendidas, afinal, não sou cega e muito menos, estou a serviço de qualquer grupo oposicionista.


ESPLENDIDO GOZO

De onde surgiu o meu improviso, não sei precisar, mas, com certeza, sempre foi a minha mais autêntica realidade, custando-me em algumas ocas...