De repente, sentada na praia, olhando aquele mundão de vida, minha mente gritou: "Isso é uma sacanagem"
Finalmente, quando posso usufruir vestindo toda a bagagem vivencial que arduamente fui assimilando e que foi me polindo e me abastecendo de infinitas possibilidades como pessoa, percebo com dolorosa clareza que o tempo que disponho é pouco e que, por mais boa vontade que exista na minha paixão pela vida, pouco poderei colocar em prática.
Então, é ou não é uma sacanagem?
Do tempo ou minha?
Compreendi porque de uns anos para cá, tenho tido uma pressa diferente das que sentia, enquanto, jovem, até porque, minhas pressas eram inconsequentes, sem a conotação da certeza do “não terei outra chance”, afinal, eu era a dona do tempo e o manipulava a meu bel prazer, inclusive o desperdiçando irresponsavelmente, mas depois, e principalmente agora, literalmente para a maioria das coisas que quero fazer, a consciência do preciso fazer ou morrerei chupando o dedo é real.
E eu quero tantas coisas...
Rapaz, o que eu faço comigo?
Para quem posso apelar, pedindo socorro?
O jeito é ir selecionando as prioridades e ainda assim, checar sem pieguices e babaquices de todas as ordens, se realmente estão no topo do que verdadeiramente me trará prazer, porque, afinal, na altura dos acontecimentos, quero mesmo é ser feliz e dane-se o resto.
Egoísmo?
Sim, com certeza!!!
Afinal, quando o meu tempo finalmente se esgotar, quero seguir sorrindo, já que mais nada poderei levar.
BOM DIA!!!
Que nesta semana que se inicia, pense no tamanho da sacanagem que você está fazendo com o tempo que dispõe e reveja sua caminhada, priorizando sem culpas e medos, o seu direito de sorver esta bendita vida, colorindo-a com as suas prioridades.
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