quinta-feira, 30 de setembro de 2021

NADA SEI...

Concomitantemente ao escrever milhares de laudas, registrando o meu cotidiano, meus sentimentos, emoções e vivências, também registrei em outras milhares de escritas a minha visão espiritual sobre a vida que sentia pulsar em mim, sobre a influência de uma conexão energética com a natureza, fazendo dela nos seus infinitos aspectos, minha mestra inseparável.


E para tanto, não precisei queimar pestanas em leituras incessantes ou em mil especializações, muito menos deixar de trabalhar para sobreviver ou abrir mão de qualquer tipo de prazer, até porquê, meu lema sempre foi defender o “prazer” como propósito de vida.

O que fiz e faço para ampliar o meu grau de conhecimentos é estar atenta a tudo que me cerca ou me chega, venha de onde vier, mantendo minha atenção não apenas no externo, julgando-o imediatistamente pela roupagem de caráter que apresenta, mas pelo cerne que nem sempre está facilmente a mostra, abrindo-me um leque de entendimentos mais consistente seja lá do que for.

Isso não é inteligência maior e sim técnica desenvolvida através da observação dos ensinamentos naturalistas que adquiri na infância, através da sensibilidade de pessoas incríveis que me cercavam e que passei a minha vida inteira tentando repassar para todos com os quais convivi, mas que ainda, infelizmente, não teve alcance junto as nossas crianças nos seus primeiros estágios de convivência e aprendizado escolar e sistêmica. 

A consciência do não saber é a porta sempre aberta para o aprendizado sobre tudo, tornando-se um contínuo estado mental e emocional do real conhecimento, deixando assim, que as informações que surgem a cada milionésimo de segundo, sejam absorvidas e adequadamente avaliadas, tal qual, os aromas e visões que nos agradam ou não, mas que existem e precisam também, serem adequadas ou não, ao entendimento das nossas necessidades, enquanto pessoas humanamente racionais.

E aí, as afinidades não se confundem, desde as escolhas dos ideais alimentícios com os quais conviveremos por toda uma vida, como carreira, negócios, amores, enfim, tudo quanto, possamos conhecer e verdadeiramente selecionar para nós, mas principalmente, será um contribuidor perseverante aos demais, garantindo harmonia e segurança, nos convívios que se apresentem.

Portanto, o filósofo Sócrates ao expressar, “ SEI QUE NADA SEI” apenas havia compreendido que nada sabia, exatamente, quando percebeu o gigantismo da vida e mensurou a infinidade de conhecimentos nela contida, num consolo amoroso a si mesmo, estimulando-se a querer ampliar os seus conhecimentos.

Não pode existir banalidade no caminhar existencial. Nossos olhares precisam estar sempre atentos, pois, tudo é importante, “tudo vale a pena, se a alma, não for pequena”.

Fernando Pessoa

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