sábado, 25 de setembro de 2021

FRUSTRADA...

Adoro quando gostam do que escrevo e entristeço-me quando, não me faço entender...

Nem mesmo os vinte anos de comentarista social e política nesta cidade que escolhi para chamar de minha, me permitiu desenvolver mecanismos de uma comunicação mais exata, onde a estética do politicamente correto, perdesse espaço para a lógica do bem comum.


E o mesmo corriqueiramente acontece, quando tento da forma mais explicita possível, descrever as inadequações cada vez mais comuns que ferem o âmago de qualquer meio social.

Por que não consegui que o superficial se deixasse desnudar para que a simples e indiscutível realidade pudesse aflorar?

Mas também por que, além dos pássaros e das borboletas, estou sempre as voltas no combate a fome, a miséria e a violência?

Fechei a sexta-feira, confesso frustrada...

Como alguém em sua sã consciência e ainda me lendo, cotidianamente é capaz de se deixar acreditar, que em algum momento eu possa privilegiar um líder em detrimento de uma nação ou mesmo cidade, quando, o bem comum foi, é e enquanto eu viver, será minha bandeira de luta?

Jamais curvei-me a qualquer bandeira política, tão somente, acreditei nesta ou naquela proposta, onde eu pudesse vislumbrar um pouco que fosse de humanidade social.

Não defendo extremistas, sejam de direita ou de esquerda, pois, por mais que disfarcem, são todos ditadores.

“O caminho da real liberdade e das conquistas sociais, jamais poderá ocorrer de forma universal, através da divisão das intenções patrióticas e humanas”.

Mas defendo a bandeira do meu país, meu símbolo de pátria e cidadania, assim como defendo tudo quanto, possa aliviar a dor que a miséria de todos os níveis pode causar num grupo social.

Jamais acreditei que um externo bonito e sedutor, as eloquentes palavras, fossem capazes de revelar um interior sério e respeitoso e por isso, mergulho fundo na busca incessante do cerne de qualquer questão, pois, só assim, como pessoa e principalmente, profissional da comunicação, sou capaz de dedilhar minhas impressões e atrever-me a oferecer minha opinião. 

Fui dormir acabrunhada e com a sensação de estar por todo o tempo, jogando palavras e intenções ao vento, mas acima de tudo de não ter encontrado as palavras certas para expressar toda a merda política que nos cerca e por não ter sido capaz de nesta longa vida, enxergar uma só intenção voltada legitimamente ao bem comum e aí, assistindo a novelinha das seis da Globo, “ Nos tempos do Imperador”, constato mais uma vez, entristecida, que de lá para cá, nada mudou, além dos trajes, ficando os confetes e as serpentinas absolutamente iguais...

Ainda bem que também escrevo poesias, antídoto bendito, frente a tantos venenos políticos sociais, mediante as muitas sucessivas frustrações.

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