Escuto música bem baixinho, justo para que os sons dos pássaros aos chegarem, possam ser ouvidos sem interferências e assim, o meu bom dia possa também ser uma devotada saudação, afinal, fielmente passarão mais um dia ao meu lado.
Na manhã de ontem, enquanto Joaninha fazia minhas unhas na varanda, lá estavam eles, os belos pássaros numa cantoria constante. Inevitável foi pensar na necessidade do homem em aprisiona-los, mantendo-os reféns de seus egocentrismos, quando ao se sentirem livres, sempre estarão presentes em voos livres, única e exclusivamente para nos encantar.
O poético lúdico que na realidade é palpável, sempre esteve atrelado as minhas ações de qualquer natureza, mantendo-me atenta, coerente, sensível, disciplinada e acima de tudo, fiel, bem ao contrário do que alguns possam imaginar...
A fidelidade provavelmente tenha sido o valor mais presente em minha vida, reforçando a cada instante, a certeza de meu amor próprio em extrair e também deixando fluir, todo o sumo saudável em cada relação de qualquer natureza, dando-me assim, a liberdade dela sair, sem dores e máculas, abrindo espaço para o tudo bem.
Psiu, o silêncio torna-se necessário para que a mente possa compreender que não dívidas a serem cobradas, quando não há empréstimos, tão somente, doações, afinal, a fidelidade seja lá do que for, não necessariamente precisa ser eterna, mas com certeza, absoluta em cada instante de uma relação.
Psiu, é preciso estar atento para perceber o principio do fim, para não a flagelar, ofuscando assim, o brilho da luz que em dado momento cintilou.
Uma linda e atenta quinta-feira, onde apenas a fidelidade absoluta, esteja presente, evitando-se assim, relações meias bocas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário