sexta-feira, 24 de setembro de 2021

REFLETINDO

Ainda sobre a palestra do dia 21/9, proferida pela sra, Aparecida Paglari, devotada sacerdotisa espiritualista da unidade de São Paulo da IEED e que muito me emocionou e mais do que isso, levou-me a resgatar minúcias de minha infância e adolescência que explica sem qualquer adição de coloridos e adereços romantizados, a importância do desenvolvimento sensitivo numa apenas, criança, acompanhado do estímulo intelectual que felizmente recebi, sem que na realidade me fosse determinado, mas apenas exemplificado e que explica sem sombra de dúvidas muitas das distorções que minha longa vida vem testemunhando, como quebras abruptas de valores que dantes eram os benditos limites, absolutamente necessários para que não houvessem transbordos de ações e emoções nas criaturas humanas ao ponto possível de se constatar nos dias atuais.


Limites, jamais representarão falta de liberdade...

O esquecimento de todas as ordens em relação ao fato concreto e indiscutível de que uma criança é tão somente uma espoja absorvente e que a adolescência é o momento pelo qual, o jovem começa a peneirar as informações recebidas e sendo induzida pela consciência a fazer escolhas que o sistema provoca e que na maioria das vezes o apavora, criando resistências, assim como movimentos transgressores como forma de defesa emocional e que tem ao longo da evolução natural das sociedades humanas, levado pelo imediatismo a consequências devastadoras. 

E aí, no silêncio do paraíso terreno em que me encontro no outono de minha vida, sinto-a permanentemente em estado de primavera /verão, aonde o sol é pleno, a mente é livre e as escolhas absolutamente adequadas, mesmo provocando choque e rejeição  que assusta a alguns que jamais compreenderão, justo porque não tiveram a oportunidade de se aperfeiçoarem no precioso caminho da legítima liberdade, onde não existem amarras, somente escolhas, amparadas nas mais legítimas afinidades, não existindo culpas e castigos, tão somente, ações e reações.

E então, avalio a minha própria vida, reconhecendo a dureza da caminhada, agradecendo a grandeza que absorvi e aprovando o misto de resistência e transgressão que me manteve fiel ao resumo de tudo que absorvi, conduzida por mãos hábeis e almas amorosas.

Amor...Este é o sentimento chave que deveria ser o cerne da importância de se estar vivendo, porque afinal, nada pode ser banalizado, tudo precisa ser generosamente considerado, assim como, exercitar o oferecer, num abrir constante espaço para o receber.

Tudo absolutamente espontâneo e natural, onde o único dogma deve ser o cultivo do amor.

Mas o que afinal é sentir amor se não a capacidade de se encantar, proteger e querer abraçar o que nos é afim e que vai além, abrangendo as possibilidades sensitivas em relação ao tudo mais, num reconhecimento e consequente acolhimento amoroso de nós mesmos, num contexto absurdamente infinito que nos espelha.

O tudo mais está para mim, assim como eu, estou para o tudo mais e neste elo de profunda amizade, as arestas das diferenças são aparadas e a engrenagem dos adequados encaixes, se mostram perfeitos.

Benditas mãos que me conduziram, benditos limites que me nortearam, bendita ética que a tudo permeou...

Simples assim...

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