Ainda me lembro, mesmo tendo se passado tanto tempo, da magia que inebriava minha mente infantil, quando o carro adentrava neste local que para mim, era como se eu estivesse sendo inserida numa espécie de mundo da fantasia, onde tudo e todos eram coloridos e mesmo os não humanos, se dispunham a me dar atenção.
A pressa de sair do carro e de correr pelas alamedas repletas das frondosas árvores com seus verdes fartos galhos, eram como guirlandas imaginativas, enfeites em minha homenagem, cobrindo de esplendor todo o meu ser de apenas uma garotinha.
Depois do reconhecimento e dos cumprimentos iniciais, onde palmo a palmo por mim era visitado, num sempre impulso de prazer diante do tão fantástico reencontro, o destino final era sempre a beira do riacho, onde finalmente, ele e eu, namorávamos.
Que lindo!!!
Como era bom, meu Deus!!!
Como ainda hoje, me é fantástico, apenas lembrar...
Que paixão lindamente ornada pelas samambaias gigantes ao som das águas correntes que incansáveis, serpenteavam as muitas pedras e meus infinitos sonhos.
Saudades da minha sempre encantadora Guapimirim, paixão eterna de minha vida...
Que nesta quarta-feira, você que me lê, relembre por um instante, sua inesquecível fonte de inspiração infantil.
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