Não sei você, mas as vezes, sinto um enorme enjoo, quando me vejo lendo ou ouvindo anáforas discursivas, camuflando as verdadeiras intenções, através da supressão de parte de um todo e que é abusivamente desgastante, pois, cria imagens ilógicas ou falácias para ser mais exata.
Basta começar o processo político, se bem que de uns tempos para cá, mais cedo, para algumas figuras, comecem um processo de desgaste, distante do foco a ser analisado, fingindo-se de preocupado quando, na realidade, estão desprestigiando um dos lados, geralmente, o que estiver parecendo mais fraco.
Essa é uma percepção delicada que exige muita atenção afim de ser identificada.
Atenção exige tempo e hábito na arte de observar palavras, posturas físicas e ambas, são espelhos nítidos das intenções.
E quem de verdade, está tendo tempo e mais ainda, que tenha esse hábito?
Em todas as vezes em que num discurso houver a menção quanto a força de um dos candidatos, automaticamente enfatiza a fraqueza do outro.
Quem de verdade quer ajudar um candidato, eleva suas qualidades, assim como, demonstra as falhas do outro que, geralmente, numa reeleição, existem de montão.
Não há tempo a se perder e tudo quanto se possa mostrar em cada esquina, live ou reunião, referente aos múltiplos desmandos denunciados e nunca explicados pelo denunciado é simplesmente, um prato cheio.
Mostrar documentos e denúncias feitas ao MP e PF, então, nem se fala, no valor agregado de convencimento
Mostrar ao eleitor amorosamente, olho no olho, o quanto, ele está sendo lesado no tudo mais de seu cotidiano, mesmo que sua rua tenha sido calçada ou uma pracinha tenha sido instalada, faz mais efeito que discursos de ódio, bandeiras e musiquinhas.
Esse era um trabalho que deveria ter começado, tão logo surgiram as primeiras denúncias ainda no ano de 2021, copiando o esquema das Escolas de Samba que não dão descanso a si mesmas, pois, são focadas na vitória ou no mínimo numa apresentação digna de respeito, pela beleza e organização.
Todavia, nunca fizeram e agora, é correr contra o tempo, que, afinal, é curto.
Lembrando que o impossível, simplesmente não existe e que, rejeição quando é muita, precisa ser explorada até o último instante de qualquer luta.
Festinhas Santas ajudam, mas não representam votos, mas as visitas domiciliares, as reuniões de bairros, as lives esclarecedoras com objetividade, sem floreios e assuntos dispersos, com lideranças que tenham credibilidade na sociedade local, é de extremo valor agregativo em favor e um candidato.
Tudo é tão simples, que me assusta tudo que estou apreciando de velhas e corridas cópias de um passado que passou...
Cada voto, cada apoio, venha de onde vier é ouro em pó, como diz um velho amigo do passado; se é de "puta ou freira", ainda assim é voto, afinal, trata-se da eleição de prefeito e não de sindico de um prédio qualquer.
Regina Carvalho- 17.8.2024 Itaparica
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