Um dos meus problemas de já ter vivido muito, não são as rugas, os cabelos brancos e muito menos a diminuição da libido, mas indiscutivelmente, o enfado, a impaciência e a vontade persistente em mandar tudo pra Cochinchina, quando, me deparo com a mesmice, a negação do óbvio, os hábitos comportamentais desprovidos de originalidade, assim como, quando me deparo com a hipocrisia, travestida de humor e inteligência.
De repente, não é só isso que incomoda, afinal, o tempo passa inexoravelmente a tudo alterando e eu, meio que enjoada, mas literalmente enfarada, tenho de apreciar e muitas vezes conviver por causa de várias questões envolvidas, principalmente as vinculadas as emoções de respeito e carinho, apreciando a estagnação preguiçosa de quem, insiste em desconsiderar os sinais, mais que evidentes do comportamento do outro, fingindo-se de vítima traída, afim de não ter que admitir para si mesmo, que a realidade esteve por todo o tempo, lá, exibindo-se de mil formas.
Todavia, a mais frustrante é a minha constatação pessoal, do quanto, também agi infinitas vezes da mesma forma, simplesmente, por achar que não saberia viver diferente, além de ter que negar as benditas evidências que mais resistentes que minhas percepções, esfregavam-se por todo tempo, não só na minha cara, como na minha capacidade avaliativa.
Há cerca de um ano atrás, logo após, ter almoçado feliz na casa de uma amiga querida ao lado do sr. Adelmo e da deputada Fabíola Mansur e sua comitiva de assessores, comentei com o meu Lider político e amigos próximos, ter me sentido numa reunião petista e arrisquei afirmar que não deveriam esperar aliança com o digníssimo, já que eu havia reiterado minha sempre impressão de que o cobiçado candidato, dificilmente se aliaria a alguém que não estivesse umbilicalmente, ligado ao governo e consequentemente, ao poder do farnel da carne seca, não por uma questão de achismo, mas de absoluta lógica, da qual, esta semana veio comprovar que minha avaliação aparentemente precoce, estava absolutamente, adequada, afinal, não deu outra.
A questão, não é associar a escolha a qualquer questão partidária, afinal, quantas pessoas, inclusive eu, já fiz novas opções, afinal, caráter, dignidade pessoal, constatação consciente, não se submete a qualquer tipo de coação e até mesmo sentimentos, já que na realidade, o que se manifesta são as sempre afinidades, aliadas aos interesses individuais.
Portanto, em momento algum, acreditei que o prezado senhor Adelmo se aliaria ao grupo oposicionista a esta gestão, mais que notória no seu desempenho administrativo, afinal, não me cabe qualquer julgamento nefasto, a quem por tendência postural, permanece ao lado sempre de quem, aparentemente, se mostra vencedor.
Parece-me que meus amigos de coligação, limitados em avaliações repetitivas, esqueceram-se das eleições supostamente ganhas de Marlylda em 2020, quando então, o mesmo era seu vice, isso sem esquecer alguns episódios anteriores que não cabe relembrar, mas que eu, que nada sei, constatei e denunciei através da Rádio Tupinambá.
Mas quem sou eu, não é mesmo, diante das sapiências que sempre me rodearam, incapazes de enxergar em meu cérebro, bem mais que uma estranha no ninho, palpiteira poética, incapaz de raciocinar, além das borboletas e dos beija-flores?
“Afinal, só repetimos posturas que já fazem parte do nosso caráter”.
Simples assim...
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