Madruguei novamente, mais cedo do que de costume sem qualquer tesão para fazer o que geralmente faço, como se tudo que me vem à cabeça, saia através de meus poros para o espaço à minha volta, como folhas ao vento, enquanto, permaneço com a alma impassível, olhando a tela diante de mim, enquanto meus dedos, fazem desfilar uma após outra, infinitas postagens, sem que nenhuma seja capaz de chamar verdadeiramente a minha atenção...
Ouço a distância uma explosão de fogos em razão da comemoração do dia de São Lourenço, padroeiro da cidade...
Tudo tem me parecido tão efêmero...
De repente, um avião cai, bombas explodem, medalhas são ganhas, crianças sentem fome e cada um de nós, deixa fluir a pessoal comoção, afim de se perceber existindo e ainda, com capacidade de sentir.
Penso então, que se sentimos tão fortemente as dores do mundo, por que as promovemos tão próximas de nós, associando-nos ao inadequado, promotor cruel de todas as mazelas humanas?
Seremos todos em línguas diferenciadas tão somente, cruéis hipócritas, irmanando dogmas religiosos diferenciados, tão somente, para garantirmos uma suposta salvação, sem que precisemos interferir neste teatro mambembe da vida sistêmica?
Senhor, onde houver Trevas, que eu leve a Luz!
Regina Carvalho- 10.8.2024 Itaparica
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