Hoje, conversei logo as cinco e trinta da manhã com um irmão de alma, falávamos sobre a importância das ideias e ideais, coerência, fidelidade e inevitavelmente, lembramos do saudoso ACM que, pode até ser odiado por muitos, mas mesmo estes, se calam quando, o assunto sai do partidarismo e se foca na sua capacidade em levar a Bahia e consequentemente o nordeste para o conhecimento do restante do Brasil e pro mundo, através da grande mídia que jamais deixou de ressaltar seus defeitos, bravezas, assim, como sua paixão pela sua Bahia e sua gente.
Falem o que quiserem, mas a história mostra sem reparos uma Bahia em que seu poder de comando era de pulso forte em todos os níveis e na Bahia que foi se transformando pra pior, quando ele já não mais existia.
Falo como carioca que acompanhei desde Brasília nos anos setenta, o seu desempenho que confesso, me parecia déspota, mas que com o tempo e verificações in loco, fez mudar minha opinião, levando-me ao entendimento que combater o avanço incansável da bandidagem institucional, que é infinitamente mais corrosiva que a urbana, muitas vezes, precisa do chicote, por ser a única arma de combate, assim, como o bendito poder de liderança de um grupo.
Infelizmente, hoje, nem mesmo, pistolas, rifles e muito menos, a Justiça, estão sendo suficientes para combater a falência estrutural da moral e ética que como rastilho de pólvora explode nas ruas e nos gabinetes.
Quando a mentira, o engodo, os roubos descarados dos cofres públicos, tornam-se os protagonistas de uma peça mambembe, travestida de caridosas cores, músicas e distribuições de esmolas institucionais, sorrateiramente encurralam grande parte da população, aliás, sempre crescente, fazendo dela, refém de todas as naturezas tenebrosas, pouco sobrando para se qualificar como progresso.
Nunca a nossa Bahia, como nos últimos pelo menos 15 anos, e o Brasil, nos últimos 35 anos, vivenciou tantos horrores a céu aberto.
A quem, afinal, interessa tantos desatinos e violência urbana, Jurídica e política?
É possível haver liberdade real e progresso, quando, a rua nos amedronta, o hospital nos recusa, a Justiça é relativa e a escola se transforma em estímulo de sobrevivência, por uns trocados a mais?
É possível qualquer tipo de evolução social e, portanto, humana, quando, o estímulo a banalidade e pouco caso em relação principalmente a vida, a cultura e a família, se torna o valor mais precioso?
Afinal, estamos vivenciando “ TUDO É RELATIVO” na medida dos interesses pessoais, exemplos esdrúxulos que nos impedem de enxergar os óbvios, mantenedores cruéis da ignorância, fome e da miséria humana em todas as suas configurações.
Não sou eu que afirmo e sim, as estatísticas não governamentais.
Regina Carvalho- 15.08.2024 Itaparica
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