Não me perguntem a razão, mas escutando Emílio Santiago neste instante, lembro dos muitos “tamboretes”, bancos de madeira, com assentos de couro de boi, nos quais, me sentei infinitas vezes, inclusive, diante do fogão de lenha da casa dos meus sogros, onde morei por um ano e fui muito feliz, consolidando uma amizade amorosa, que nem o falecimento de ambos, arrefeceu.
São Gotardo da terra vermelha, da comida deliciosa e de onde eu, não deveria ter saído, afinal, lá tinha tudo que eu, aprendi a amar, inclusive, a minha inesquecível “Donana", podendo vê-la com o seu corpinho miúdo e magro, sentada em um deles, balançando as pernas, sempre inquieta.
Lembro-me do café e das bacias de pipocas, nas muitas noites de inverno intenso. Época em que os amigos, como a exímia costureira “Judite, filha da tia Maria” e sua sempre elegante sobrinha (que esqueci o nome), que conosco se reuniam para conversar, jogando conversa fora, principalmente, nas noites de inverno...
A princípio, tamboretes eram novidades, já que era “coisa” das casas dos interiores mineiros que me encantaram de pronto, tal qual, aconteceu, quando vi pela primeira vez o meu mineirinho Roberto, aliás, Minas Gerais, sua gente, gastronomia, rica cultura e tradições, são indiscutivelmente, fascinantes.
Minas, uai sô, seja lá onde for, cheira gostoso...
Saudades!!!
Regina Carvalho-19.8.2024 Itaparica
Nenhum comentário:
Postar um comentário