quinta-feira, 22 de agosto de 2024

SIMPLES ASSIM...

Delicio-me ouvindo “Clair de Lune” de Debussy, executada pelo incrível musicista Pascal Rogé, enquanto, aprecio esta sexta-feira ir de mansinho amanhecendo, despertando sem pressa os pássaros, adormecendo os grilos, secando os orvalhos que sobraram do farnel da madrugada, oferecido ao jardim pela noite friorenta, mas enluarada.

Percebo-me apaixonada e esta sensação íntima, divido com aqueles que por hábito ou descuido, neste instante me lê, afinal, sempre dividi o melhor de mim, mesmo quando, a receptividade não me favorecia, mas fazer o quê, se a sede de viver e bem, sempre foi mais forte do que qualquer outra, extrapolando de mim, sem jamais depender, seja lá, do que fosse?


Minha paixão extrapola na total independência, sem raízes fixas, sem regras determinantes, tendo início, mas jamais fim, quando muito, se aquieta e abre espaço para outra, mantendo-me sorridente e confiante e com um baú de sentimentos suaves e carinhosos a mim.

Penso que se no frigir dos ovos, seremos sempre indivisivelmente sós, afinal, somente nós, sentimos na mensura real, sejam as alegrias ou tristezas, então, nos privar da liberdade de pensarmos e usufruirmos de tudo quanto, possa nos trazer bem estar, não faz sentido...

Se me ignoras, mas ainda assim, me encantas, te amo...

Se por qualquer motivo pessoal, me excluis de teu convívio, mas ainda assim, me fascinas, te amo...

Penso, que se sou só, em meio a multidão, também minhas avaliações serão solitárias e se a conclusão de cada uma delas, fizer bem à minha alma, trago para um reservado especial de minha mente, onde, mais ninguém além de mim, terá acesso e eu, poderei te amar sem reservas, como o dedilhar das teclas do piano, fazendo fluir os sons do que sou e sinto...

Simples assim...

Regina Carvalho- 22.8.2024 Itaparica

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