...e no meu coração de cidadã também, levando-me a um enorme esforço para que esta emoção não contagie o meu todo de criatura humana.
Em momentos como o de agora e que é resultado de constatações abomináveis, preciso adicionar as minhas conclusões a necessária esperança de um futuro melhor para a minha Itaparica, deixando para um segundo plano o meu Brasil, sem sequer mensurar o mundo, mesmo que ciente de que um está ligado ao outro, o que é desanimador, quando penso no quanto, somos pequenos, seja em território como populacional.
E aí, impossível não odiar a globalização imediatista da internet que com seus tentáculos engole sem piedade a nossa inocência, trazendo-nos novos hábitos e costumes que seriam bem-vindos se atrelados a eles, não houvesse invisivelmente, uma poderosa pá, desenterrando o pior possível a ser encontrado em cada um de nós, fazendo aflorar sem medidas o medo e as agressividades, manifestações que caminham juntas e se alternam em atitudes e sentimentos, cada vez mais levianos e aterrorizadores.
Minha esperança e nela me apego para não enlouquecer é que neste pleito eleitoral, este povo lindo, resistente e lutador descubra finalmente o seu poder e dê cada qual, de seus cidadãos, a grande resposta, afim de registrar através do simbolismo das urnas, o seu grito de liberdade, começando uma nova história, servindo de amostragem real e contundente de que, não mais aceitarão os chacais travestidos de bonzinhos, seja no legislativo/ executivo, como comandantes de suas dignidades de pessoas e cidadãos deste pequeno paraíso, onde todos deveriam seguir sendo respeitados nos seus mais primários direitos.
Itaparica é bem mais que o Campo Formoso e adjacentes, assim como, merecedora de amparo bem mais que os pontos escolhidos a dedo para fins eleitoreiros, assim, como cansada está do peso do medo e do incomodo do uso das mordaças.
Regina Carvalho- 31.8.224 Itaparica
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