quinta-feira, 21 de novembro de 2024

ESPLENDIDO GOZO

De onde surgiu o meu improviso, não sei precisar, mas, com certeza, sempre foi a minha mais autêntica realidade, custando-me em algumas ocasiões, preços muito altos, mas fazer o quê?

O jeito foi pagá-los sem chiar e sem arrependimentos...

Ontem a note, discursei sobre Jesus e como sempre, tentei colocar em pratica as referências selecionadas ao longo do dia, mas, não consegui, já que minha mente travava teimosamente, insistindo em deixar fluir as suas próprias referências, todas embasadas nas emoções vivenciadas com este mesmo Jesus ao longo dos últimos quase 23 anos de consciente convivência e da descoberta fascinante que, apesar de não o saber dantes como amigo e parceiro, já o tinha em mim desde sempre.

E ele, numa imensa paciência em tão somente esperar o exato momento deste bendito reconhecimento, onde eu sequer poderia imaginar, o quanto, dele me apaixonaria.


quarta-feira, 20 de novembro de 2024

O DEUS QUE RESIDE EM MIM

Hoje, acordei mais estoica do que nunca e desejando ardentemente, que as pessoas pudessem compreender, o quanto são fundamentais neste mundo que afirmam ser de Deus.

Um Deus que buscam nas igrejas, sinagogas, templos e terreiros, quando, este, se encontra dentro de cada um de nós, seres criados completos com a racionalidade, justo, para com ele interagirmos.


terça-feira, 19 de novembro de 2024

ABUSADA ANÔNIMA

Neste amanhecer, como de costume, hoje, talvez mais abusadamente, penso e corro para escrever sobre assuntos esquecidos ou desconsiderados, nas gavetas das conveniências, como por exemplo, emoções que se traduzem em comportamentos que não estejam devidamente enquadrados nas caixinhas pontuais deste ou daquele seguimento.

Pra falar a verdade, existe um assunto que sempre me incomodou, justo, pela hipócrita fragilidade, com a qual, se apresenta, desde sempre.


segunda-feira, 18 de novembro de 2024

NORMAL...EU?

Amanheci pensando no quanto, nasci com o” bumbum voltado parar o céu”, já que no plano astrológico, a lua que brilhava era a cheia, que significa renovação, levando-me a crer que provavelmente por esta razão, estou sempre me variando, mesmo que aparentando uma quase inércia, já que não conduzo os meus cotidianos como a maioria.

Sou intensa e apaixonada, mas discreta e absolutamente fiel, sou alegre e descontraída, mas contida, já que meus arroubos de tão espontâneos, percebo que assustam.


domingo, 17 de novembro de 2024

SOBREVIVI...

3.30h, despertei com esta mensagem cognitiva que me fez sentar na beira da cama como em tantas outras ocasiões, onde precisei de alguns segundos para recompor-me das avalanches que ocorriam em minha vida, confundindo-se com uma sempre sensação de medo, mesclada a gratidão por ter sobrevivido.

Medo, por rever momentos aflitivos em sequências impiedosas e gratidão, por vê-los superados, sem que o brilho de meus olhos tenha se nublado, assim como, a alegria tenha deixado de existir nos meus sorrisos.

Penso imediatamente no quanto, somos cruéis, quando, no ápice de nossas arrogâncias, julgamos e condenamos alguém, baseados em suposições, meias verdades, disse me disse ou aparentes indícios, afinal, quem pode de sã consciência, afirmar que conhece verdadeiramente, alguém e suas motivações?


sábado, 16 de novembro de 2024

Como de costume, acordei com a mente a 200 por hora, numa estrada que não é a de Santos, cantada e exaltada por Roberto Carlos, mas com certeza, é boa o suficiente para me deixa deslizar a beira mar, tendo o vento marinho a arrepiar minha nuca, fazendo bailar os cabelos, num estímulo delicioso de lembranças e emoções.

Nem sempre agradáveis, mas em todas, protagonizei...


E nestas viagens cujas paisagens não se repetem, já que percorrendo serras e vales, o cheirinho da maresia e os sopros dos ventos, não se repetem, remodelando sensações a cada instante, sempre criativamente presentes, como se fossem, parte de mim, sabedores com precisão do que realmente preciso.

Devem ser...

Afinal, os sinto, até mesmo, quando quietinha sentada em minha varanda, como agora, sou transportada levemente ao encontro de meus delírios...

Benditos sentidos, fiéis amigos íntimos de minha mente que como se de criança fosse, permaneceu sempre livre para ouvi-los, sentindo-os e com eles, trafegar pelas estradas, voar pelos céus, singrar pelos mares nunca iguais, ficando o tudo mais, como sombras necessárias ou não, mas que fazem parte do sempre  deslumbrante cenário.

Que riqueza de vida, meu Deus!!!

Regina Carvalho- 16.11.2024 Itaparica

sexta-feira, 15 de novembro de 2024

SEGUNDA PELE

Tudo muito parecido, no entanto, criamos fantasias mentais e de acordo com as conveniências, escolhemos uma e as vezes, mais de uma e as vestimos, fazendo delas, nossa segunda pele emocional que de tão aderente, chega a nos convencer de que somos exatamente o que ela ostenta.

E a este duvidoso convencimento, nos entregamos literalmente de corpo e alma sem medirmos as consequências e em não raros momentos, quando, geralmente não estamos sendo observados, deixamos que se afrouxe e saia de nós, deixando-nos absolutamente nus, expostos a nós mesmos.


quinta-feira, 14 de novembro de 2024

REFLETINDO

Rogo a Deus, bênçãos para a nossa cidade, compreensão para as nossas falhas e luz espiritual para cada criatura que em nossa Itaparica reside, afastando de todos, a raiva, o ódio, as mágoas, cobrindo-nos de sabedoria para que possamos alcançar os nossos objetivos, sem que precisemos agredir, difamar, ferindo a alma de quem quer que seja.

Que as vendas do orgulho, da ganância, da presunção, oriundos da profunda ignorância existencial, sejam retiradas de nossos olhos e mentes, libertando-nos do aprisionamento social de hábitos e costumes arcaicos e danosos que, até então, impediram-nos de ir mais adiante nos nossos propósitos.

E que sejamos, cada qual, uma célula sadia a nutrir o nosso espaço terreno e um reflexo vivo e transcendente de amor ao universo que nos abriga.

Regina Carvalho- 14.112024 Itaparica



quarta-feira, 13 de novembro de 2024

O VILÃO

Nesta manhã, finalmente, descobri o grande vilão que mora comigo e que até então, eu não o havia visto, mas, que com certeza, durante alguns dias, não só me intrigou como me assustou, principalmente, quando acordava antes de mim.

O barulho que provocava, lembrava-me uma ferramenta sendo batida de forma ritmada contra algo resistente, o que me fez deduzir, tratar-se de alguém, forçando, talvez, uma porta ou uma janela.

A constante violência, sempre nos leva a pensar no pior.


terça-feira, 12 de novembro de 2024

PENSO

...que já existem infinitas pessoas discursando, escrevendo e poetando dentro dos limites do politicamente correto que, afinal, não promovem outras emoções, além das que despertam as comoções isoladas e pontuais realidades, geralmente, dissociadas de uma empatia pessoal e íntima, como se cada um que lê ou ouve, não estivesse associado e propenso às mesmas experiências, sejam emocionais, psíquicas ou nas práticas cotidianas.

Daí, o absurdo volume das “surpresas”, quando, as cenas das realidades até, então, alheias, nos rondam bem próximas ou o que é impactante, se instalam em nossas acomodadas vivências.


segunda-feira, 11 de novembro de 2024

E SE...

Quem nunca se perguntou: E seu eu tivesse feito, ido, dito, isso ou aquilo, em delírios de absurdas suposições, tentando imaginar como teria sido a própria vida se suas opções tivessem sido diferentes.

Vai saber... 

Como somos generosos, indiscutivelmente, colorimos e romantizamos o que poderia, mas não aconteceu e aí, nem percebemos o quanto, minamos a nossa realidade, geralmente, desconsiderando as vitórias e os prazeres vivenciados, numa quase palpável frustração.

Todavia, também na maioria do tempo, se não fizemos, isto ou aquilo, continuamos a não os fazer, permanecendo na inércia confortável do apenas, e se...


PSIU, SEGREDO NOSSO...

Não sei você, mas eu, simplesmente não consigo arrastar a minha mente a seguir caminho, coladinha com a miha cronologia.

Houve um tempo, diga-se de passagem, bem longo, em que a sociedade na qual, eu estava inserida, exigia de mim, ações e reações que eram dela e não minhas e então, para não acirrar mais rejeições, além das costumeiras, vestia, mal e porcamente, um comportamento bizarro em relação a minha mente e alma que em nada se pareciam com a exigida.

Portanto, em certo momento, este conflito colapsou e, por não estar devidamente preparada, optei pela fuga em prol da própria sobrevivência.


domingo, 10 de novembro de 2024

A FICHA CAIU...

Essa queda não aconteceu de repente, de jeito nenhum, muito pelo contrário, afinal o processo da queda foi lento e sofrido, já que a tendência é a de sempre tentar evitar o tombo final.

Todavia, as circunstâncias em dado momento, são tão absurdamente surpreendentes que por maior que seja a rapidez em apanhá-la antes que, irremediavelmente, caia no chão, não é o suficiente e aí, só Jesus na causa em relação aos efeitos produzidos, parecendo que o mundo inteiro estava contido no peso daquela ficha e de um instante para o outro; Pumba, caiu pesadamente, levando com ela o peso do medo em vê-la desabada, sem que, nada mais seja possível fazer, além de sentir estranhamente um tremendo alívio, afinal, não era uma, mas uma infinidade de fichas, restando apenas, uma pergunta que pode se repetir por algum tempo, pois, é quase impossível querer entender o porquê, de tanta resistência em querer impedir a sua vertiginosa queda.


sábado, 9 de novembro de 2024

Quanto mais tempo vivo em Itaparica, mais me convenço do quanto tudo por aqui é maravilhoso, e se for comparar com outros locais, aí, renovo o meu convencimento de que moro num pedacinho do céu.

Tudo é fantasticamente simples e absurdamente completo, pois consegue-se, ao mesmo tempo, ter-se beleza e paz.

Quisera poder fazer com que todos ao meu redor percebessem o tudo de bom que possuem, não apenas da boca para fora, mas em forma de constante abraço fraternal.


sexta-feira, 8 de novembro de 2024

MULHERES INGÊNUAS?

O sol explode em longos fachos que a mim, parecem buscar o domínio do dia, encobrindo as telhas, as copas, distribuindo sua abrasiva quentura, enquanto, que com sua beleza nos distrai, fazendo-nos esquecer do quanto, pode queimar nossas peles, muitas vezes, sensíveis demais aos seus delírios.

Sabemos do perigo, mas é tentador e então, expomo-nos, crendo ingenuamente que resistiremos.

Ingenuamente?

Talvez, não sei...

Afinal, é tão bom senti-lo percorrendo nossos corpos, adentrando em nossas almas, preenchendo nossos desejos com infinitos gozos.


quinta-feira, 7 de novembro de 2024

¨Serenade¨

De pau pra cacete em um estalar de dedos, sem qualquer preparação mental, vou de Agnaldo Rayol a Franz Schubert e sua obra romântica,¨Serenade¨, num piscar de olhos.

E nessa inconstância, reside uma profunda fidelidade ao belo e fascinante que impulsivamente, sempre me remete ao melhor, seja lá do que for.

Assim, nesta pressa mental em correr contra o tempo que sempre me parece apressado e findo, desde que me entendo por gente, as memórias pululam, provavelmente para que eu possa buscar explicações de mim, afim de compreender o que sou. 


quarta-feira, 6 de novembro de 2024

Pois é...

Estou nesta noite encalorada espichada no sofá diante da TV e sem mais porquê, começo a sorrir de mim mesma, por estar como o “Diabo Gosta “ou seja; em ótima companhia, curtindo o aroma do sabonete que impregnou o meu corpo, levando-me a cheirar os meus braços e mãos, pensando no quanto, aprecio um corpo suavemente aromatizado depois de um delicioso banho, afinal, curto me perfumar, justo, porque me amo, me aprecio e reconheço que sou uma ótima companhia pra mim mesma.

Afinal, uma pessoa que se ama e se sente confortável em sua própria companhia pode ser considerada alguém com amor-próprio elevado perigando as raias do narcisismo, mas não, afinal, todo narcisista não possui empatia e isto, é o que não me falta, aliás, até em certos momentos, a tenho em demasia.


 “NA CASA DE NOCA” ...

Acordei tendo como imagem, algumas manchas de sangue, justo, no sofá que por hábito me sento para assistir TV e se eu fosse uma pessoa “normal”, logo buscaria explicações holísticas, mas como sou apenas, uma porra louca, logo deduzi que meu subconsciente, aquele que fica esquecido, mas que é de fundamental importância na cognição de nossas emoções conscientes, provavelmente, tenha liberado, apenas um reflexo das desgraceiras sociais e humanas que infelizmente, os noticiários não se cansam em trazer ao ar por todo o tempo, numa frenética disputa de audiência, inclusive e principalmente, nas horas destinadas às refeições e descansos e aí, como forma de proteção, o consciente desconsidera, afinal, é sempre mais uma desgraça entre tantas outras, mas o subconsciente, devotado a sua função cerebral, registra e armazena e vez por outra, nem que seja por excesso de imagens e sons, libera como fez nesta manhã comigo, talvez, para que eu não esqueça que do portão pra dentro de meu paraíso, o “pau come solto por ser a casa de Noca” e que todo cuidado é pouco, afinal, se cuida desavisado, porque por aqui, exijo respeito e neguinho safado, só apronta, uma vez.

Então, me erra, me esquece, se manda malandro...

Simples assim...

Regina Carvalho- 6.11.2024 Itaparica

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PARA REFLETIR

"Enxergar a luz pessoal é buscar, sim, o conhecimento e o entendimento do diferente, extraindo dele tão somente o que é afim, reabastecendo-se e ao mesmo tempo oferecendo seu manancial de vida. Vivenciar na luz é descobrir-se a cada instante, constatando sua própria grandeza e sua própria importância, sem que para isso haja o sentimento de se sentir mais ou menos que os demais. Viver nas trevas, permitindo que o medo e suas variantes emocionais comandem sua vida, é o mesmo que determinar a mutilação pessoal, em que por ignorância total os sentidos são anulados e a mente corrompida".

A reeducação vivencial visa buscar o equilíbrio através do conhecimento de si mesmo; afinal, é preciso que a criatura não ignore a certeza absoluta de que seu corpo, sua mente e o ar que ela respira são seus únicos parceiros permanentes, literalmente inseparáveis em sua jornada de vida.

Regina Carvalho- do livro "Bebida- Muleta Existencial". editora Scortecci-2022



terça-feira, 5 de novembro de 2024

CUIDADO!!

Nesta manhã, deixei de vê-la amanhecer por pura preguiça de sair da cama, já que ao acordar no costumeiro horário, senti vontade de ficar gostosamente envolta no aconchego de minha cama, que particularmente, nesta manhã pareceu-me mais gostosa.

E aí, a mente safadamente desobediente, foi lá num certo dia do longínquo passado, onde desesperada pela solidão de estar constantemente sem o amado marido, cujo trabalho o mantinha afastado de mim, olhei para o vazio e clamei; “Deus, tudo que quero é tê-lo só pra mim em plena paz e que possamos permanecer à beira da piscina, admirando o céu e sendo absurdamente felizes”, afinal, se é pra desejar que seja abusadamente grande e repleto do que houver de melhor, (risos) da sempre safada) kkkk.


segunda-feira, 4 de novembro de 2024

CHUVERADAS DE VIDA

Enquanto, todos dormem, cá estou já devidamente dormida, curtinho prazerosamente o silêncio da madrugada que é diferente de qualquer outro, justo, por ser mais expressivo, dando a impressão de que o tudo mais, se cala como eu, só para também apreciá-lo.

E aí, a rápida chuva inesperada desaguando por sobre o jardim me faz lembrar do chuveirão que com seu jato largo e potente, desagua sobre o meu corpo, revigorando-me e a depender da época do ano, provoca em mim tremores, arrepios e longos suspiros, gozos indescritíveis de vida.


domingo, 3 de novembro de 2024

EU FIZ A MINHA PARTE

Nesta madrugada deliciosa, depois de um suave sono de seis horas, acordei pensando que verdadeiramente, sentir-se em paz, como o tudo mais, requer muita labuta e determinação para ser conquistada e usufruída e que cada detalhe conta e é fundamental, não só no percurso da conquista, quanto, em sua manutenção.

É preciso que não haja terceirização em nenhum dos momentos do processo, caso contrário, os dividendos de tamanha conquista pessoal, terão também de serem fracionados, criando-se um elo perigoso de cobranças, sempre capaz de tirar os mais profundos méritos pessoais das lutas empreendidas e isto, não pode acontecer, afinal, se nas perdas e frustrações, a criatura cognitivamente precisou induzir, mente e emoções a não desistência, por que, haveria de transferir a outros, sua superação íntima que é sempre infinitamente mais dolorosa se comparada ao tudo mais?


sábado, 2 de novembro de 2024

VIDA, POTENCIAL INIMIGO

Neste dia em que se celebra a saudade dos que partiram, acordei pensando nos que se foram, tombados pela febre infecciosa de uma tal de liberdade de direitos, justo, nesta “era” de tantas abundâncias diversificadas dos mesmos, onde definitivamente é proibido proibir, mas que paradoxalmente, também tem sido uma “era cerceadora” de toda e qualquer manifestação que contrarie o recém pré estabelecido, mesmo que seja na defesa de um primário e tradicional direito de apenas, não concordar com isto ou aquilo sem qualquer intenção ou ação seguidas do desrespeito, seja, qual for, a referência. 


sexta-feira, 1 de novembro de 2024

VIVENDO E APRENDENDO-SIMPLES ASSIM...

Acordei pensando em minha Itaparica e ao mesmo tempo, recebendo imagens mentais de outros locais deste mundo de meu Deus e, de repente, percebo que de alguma forma, todos, com raríssimas exceções se igualam em relação aos comportamentos de seus cidadãos, independentemente da época observada, não havendo expressivas diferenciações e aí, como permanecer rígida em meus achismos?

Afinal, o que acho ou deixo de achar é tão somente, a minha visão que necessariamente, não representa senão a minha interpretação pessoal, mesmo que esta, esteja embasada por grandes nomes do pensamento humano, mas até eles, deixaram em suas análises, observações de uma realidade que se por eles, não foram logicamente aceitas, com certeza, foram entendidas como realidades existentes entre o bom e o mau, o certo e o errado.


BOA NOITE!

Acordei sem nada específico para me inspirar, então, segui os hábitos matinais, sem me preocupar, aliás, é assim que conduzo minhas escritas, afinal, se as tenho vivas e pulsantes, deixo-as escoar, mas quando, acontece de não fluírem, tudo bem... 

E aí, talvez, por não forçar a barra, as vezes como agora, a luz do universo, acende uma fagulha nas brasas de minha mente e lentamente, as palavras vão surgindo e cada qual, ajudando na formatação de mais um texto., nem que eu leve o dia inteiro maturando-o.


O IMPROVAVEL

...era a tônica das avaliações em 1966 de alguns preconceituosos em relação a um mineirinho do interior, prometido desde a adolescência para a filha de um próspero fazendeiro, surpreendentemente vir namorar e ainda mais, querer casar com uma cosmopolita carioca do quadrilátero de ruas e avenidas do que existia e ainda existe de mais sofisticado em uma Ipanema (RJ), referência de uma perigosa mescla de liberdade, beleza e refinadíssima elegância de modos e costumes, reduto de personagens icônicos de autoridades a poetas.

Pois é, mas deu, até porquê, a carioca em questão, era o avesso do avesso de tudo que esperavam dela, já que com alma de passarinho, buscava com 16 aninhos de puríssima espontaneidade um apenas ninho que a aconchegasse e aí, deu no que deu, apaixonei-me loucamente pelo filhote de borboleta (apelido dado pelo meu irmão, por este, ser miúdo, enquanto, eu já ostentava um mulherão).

Aos gritos e segurando uma dúzia de ovos de primeira postura, como se fosse uma barra de ouro, irrompi porta adentro do apartamento; mamãe, mamãe, conheci o meu futuro marido e ele me deu esses ovos, depois que me levou para conhecer a granja de seu tio.

É mesmo!!! E ele já sabe disso? (rindo), pois era uma gozadora e bem familiarizada com os meus rompantes e peculiaridades, bem aos moldes de meu irreverente pai.

É claro que não, mas pode escrever... Eu me casarei com ele.

E não foi que acertei em cheio, afinal, em três meses me pediu, em seis meses noivamos e no total de um ano e dois meses, nos casamos.

Trem bom da conta, sô...

Pois é, o tempo foi passando e o safado, sem aviso prévio partiu em 2020 antes de mim, fugindo ao sempre combinado em jamais me deixar sozinha. 

Hoje, estaríamos completando 58 anos deste primeiro apaixonado encontro, onde tudo dali em diante, como previsto, se atrapalhou, quase parecendo errado, menos a nossa ardente paixão, num misto sempre renovado de irmandade e tesão, tropeços e perdões, não só de um para com o outro, mas também pela compreensão sobre liberdade em se curtir a vida, repletos de medos, mas sem a covardia da inércia. 

Nossa irmandade, em tudo passava o pano quente do bendito amparo amoroso, certos da sempre certeza de que, errando ou acertando, havíamos sido feitos um para o outro e que, não daríamos certo com mais ninguém.

Foi deliciosamente eterno, enquanto de mãos dadas, tiros, porradas e bombas, durou...

Regina Carvalho- 31.10.2024 Itaparica

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Foto tirada em 2008 em nosso reduto de absoluta paz.



quinta-feira, 31 de outubro de 2024

LEVIANDADES

...que destroem o real significado de se sentir existindo, já que distraem as atenções, direcionando-as para os imediatismos, cujos brilhos intensos, são por todo o tempo, ofuscados cada vez mais a miúde pelas desgraceiras de todas as ordens posturais e emocionais, que por estarem absurdamente popularizadas, induzem a crença de que a vida é assim...

Como assim?

Afinal, se tudo está fluindo dentro dos padrões sociais evolutivos, como se explica a presença constante das violências, tirando de cada ser humano, qualquer entendimento de que é possível viver sem que a cada instante, precise igualar-se as hienas e carcarás em disputas sanguinolentas pelas carcaças da sobrevivência, deixadas pelos tigres e leões deste sistema malvado?


terça-feira, 29 de outubro de 2024

NEM MESMO A MORTE...

Chopin ressoa na sala e até, posso ver através da mente, as teclas do piano alternando-se ao comando do sensível pianista, induzindo-me a fechar os olhos, mas não posso, preciso registrar o momento único deste final de tarde silenciosa, já que os pássaros se recolheram e os grilos, talvez, pelo magistral som que atravessa as persianas das janelas, também a eles parece encantar, silenciando-os como forma de respeito.

Pauso por uns instantes, deixando virem a mente, lindas lembranças de minha juventude, tendo em meus braços meu filho Luiz Claudio...Quanta ternura, quanto encantamento...


segunda-feira, 28 de outubro de 2024

SABE LÁ O QUE É ISSO...

Só saberá quando e se conseguir viver o tanto que tenho vivido, cronologicamente, abastecido das infinitas experiências que se caracterizaram desde sempre, como um exame de eletrocardiograma, com altos e baixos contínuos.

Ainda bem, afinal, quando fica retinho é que se está morto e eu, também desde sempre, estive bem vivinha, aprontando todas... 

Nada programado, tudo absolutamente espontâneo, desde aquele bendito dia em que cercada de uma natureza incrível, balançava meus pezinhos nas águas geladas do riacho em Guapimirim, inesquecível lembrança dos meus cinco anos, onde a vida bonita e absolutamente natural, adentrou em mim, dominando-me completamente, até mesmo, muito mais tarde, quando curiosa e afoita, fui além, descortinando as janelas deste sistema bruto sempre agonizante, enquanto eu, rejuvenescia e me reciclava, polindo o belo e o sincero que, afinal, é o melhor de mim.

Dona Regina, a senhora está bonita!!!

Lisonjeada agradeço, sabedora que a beleza enxergada, é a minha alegria de viver que se reflete no constante sorriso, abastecido da serenidade da paz de quem sabe amar o tudo de bom que este mesmo sistema, também é capaz de produzir e que só os sortudos como eu, são capazes de reconhecer, assim como ter a coragem despudorada de valorizar e pontuar com intenções e ações, com modestos “EU TE AMO”

"Se a vida é toda energia, pela lógica o que vai volta". 

Simples assim...

Regina Carvalho- 27.10.2024



O TEMPO SE ESVAI...

O que os olhos não veem, certamente é o que define uma pessoa, mas quem tem tempo para buscar verdadeiramente o não visto? 

Daí, tantos desencontros e frustrações, daí tantas lágrimas e solidão...

Paradoxo, se comparado ao absurdo das perdas de tempo e preciosas energias, buscando-se   paliativos que preencham o vazio que só vai aumentando com o passar deste mesmo tempo, dantes tão economizado.

Pense nisto e comece se perdoando por ter sido tão pouco perspicaz em relação ao que verdadeiramente poderia ter lhe poupado o seu precioso tempo e em seguida sorria, afinal, hoje é segunda-feira, uma nova semana está só começando, oferecendo-lhe uma nova oportunidade para que possa enfim, retirar as vendas da leviandade, focando toda a atenção no que verdadeiramente é importante, que com certeza, não se resume em aparências estéticas e muito menos em dinheiro e coisas(se bem que são ótimas e é bom tê-las) mas em tudo quanto, faça a sua vida seguir leve e repleta de muitos gozos existenciais, fechando de vez a porta do imediatismo, que pela pressa e falsos valores, possibilitaram a troca do certo pelo duvidoso.


sábado, 26 de outubro de 2024

Hábitos

O dia sequer amanheceu por completo e já me sinto desperta como uma criança que não pode esperar para dar início as suas estripulias e no meu caso em particular, centrou-se numa necessidade absurda em escrever tudo quanto pulula na mente como se dela quisesse escapulir.

Quando eu era criança, contava minha mãe que eu falava enquanto dormia à noite, tudo quanto vivenciara no dia e que, portanto, dizia ela:

- “Cuidado, pois se mentir para mim, à noite saberei a verdade”.


sexta-feira, 25 de outubro de 2024

ATÉ QUANDO, MEU DEUS?

*Mais um texto chato da velhinha canalha".

O tempo lá vai passando inexoravelmente e a violência dantes sobre um certo controle, só vai aumentando a cada década em níveis assustadores, pelo menos pra mim, principalmente, quando, penso nos defensores ferrenhos de uma tal de liberdade disto ou daquilo que diante da incessante guerra dos asfaltos de nosso país, perdem qualquer sentido, já que jogada por terra sem dó e sem piedade, leva consigo cidadãos e policiais, assim, como os desgastados  discursos ideológicos, deixando blindados , tão somente, políticos e o judiciário, senhores do poder.

Está tudo bem!!!

 Aonde, pelo amor de Deus?\


quinta-feira, 24 de outubro de 2024

 INFINITAS BELEZAS...

Acordei ao som de alguns bem-te-vis madrugadores, pensando no quanto a vida me foi se não generosa, impedindo-me de passar “apuros”, certamente, por todo o tempo, foi gentil, oferecendo-me amparo, através de situações incrivelmente inusitadas à grande maioria dos mortais em se tratando de oportunidades e incríveis e raras criaturas, afim de me ajudarem não só a superar cada obstáculo, como para me oferecerem o melhor se si mesmos, afim de que, eu não perdesse a fé, principalmente na humanidade.

Lembro de cada uma delas, crendo sinceramente que foi a universalidade, devolvendo-me todo o amor que sempre dediquei a vida, mesmo quando, por inexperiência, bobice, vaidade e total estupidez, errava feio.


quarta-feira, 23 de outubro de 2024

QUAL PRÓXIMO?

Meu dia começou apreciando uma chuvinha leve que refrescava o jardim e trazia suavemente deliciosas brisas que deixei displicentemente que arrepiassem o meu corpo ainda quente da preciosa cama, onde até a pouco, dormia placidamente.

Delícia, meu Deus!

Lá fora, a chuvinha se dissipou, mas, deixou aquele gostinho de quero mais, já que a grama molhada, despudoradamente, deixava exalar o frescor da terra úmida, na qual, se abrigava, inebriando-me e reforçando a grandeza da vida que apaixonada, reside em mim.


terça-feira, 22 de outubro de 2024

VOVÓ REGINA E SEUS PALAVRÕES...

Hipocrisia é o ato de fingir ter crenças, sentimentos, virtudes ou ideias que não se tem de verdade. É também a dissimulação da personalidade, intenções ou sentimentos, com o objetivo de alcançar vantagens pessoais ou por medo de assumir a identidade real. 

Pois é, deste mal, creio que jamais morrerei, pois, definitivamente, há muito compreendi que esta, me seria impossível, já que minha impulsividade, sempre esteve no auge de qualquer de minhas convivências, começando comigo, diante do espelho ou mesmo, refletindo sobre qualquer aspecto de minha vida.


segunda-feira, 21 de outubro de 2024

PENSANDO...

Há muito, o sol já invadiu esta manhã itaparicana e a todo vapor como de costume me induz a constatar o quanto, sou privilegiada por dormir e acordar neste pedacinho mágico de uma Bahia, simplesmente, inimitável por ser absolutamente única, exclusivamente por causa de seu povo, que a nada se compara ao restante do país.

Não se trata de ser mais ou menos, melhor ou pior, neste ou naquele aspecto, apenas único nas suas especificidades que de tão originais e envolventes, cativa e desperta paixão e isso, é simplesmente incrível...


domingo, 20 de outubro de 2024

O SIM E O NÃO...

Dormi e acordei pensando no quanto somos incoerentes, afinal, tudo que nos assusta, causa repulsa ou acelera as nossas emoções do medo ou piedade, são exatamente as situações cotidianas que toleramos, acreditando tolamente que não acontecerá conosco, como se fossemos invisíveis neste turbilhão humano, onde o mal, o doloroso, jamais nos alcançara, nem mesmo, observamos o quanto, tem se aproximado de nós, dizendo cognitivamente: “A vida é assim”...

Ficar calado e não participar diretamente desta ou daquela ação desastrosa à lógica do bem comum, não significa não estar sendo cumplice, afinal, a omissão, seja lá por qual motivo, sem dúvidas, tem sido o maior incentivador de tudo quanto de ruim e mal feito, tem ocorrido na história da humanidade e do Planeta.


sábado, 19 de outubro de 2024

TUDO PASSA, TUDO SEMPRE PASSARÁ...

Acordei novamente tarde para os meus padrões matinais e este detalhe que seria bom, já que hoje é sábado, pra mim é um transtorno, pois, altera a minha rotina, fazendo de mim uma barata tonta, já que meu fluxo de atividades está alterado, menos é claro, a minha mente que para complicar ainda mais, parece um rio caudaloso, ameaçando transbordar.

Priorizo um de seus afluentes que desde ontem, insiste em desaguar nesta profusão de águas cristalinas e que se denomina caráter que todos nós seres humanos o tem, cujos conceitos apesar de serem iguais, quanto a formação, logo em seguida se molda, de acordo com as inerentes genéticas, hereditariedade e inserções sistêmicas, evidenciando-se nas posturas físicas e mentais.


sexta-feira, 18 de outubro de 2024

SIMPLES ASSIM...

Depois de acordar fora dos meus padrões de horário, cá estou ouvindo um delicioso Saxofone com acompanhamento magistral dos pássaros sem que um interfira nos acordes do outro e assim, meu todo de criatura humana, depois, de uma noite mal dormida (coisa raríssima de acontecer), vai se harmonizando pouco a pouco.

Apesar de ser uma escrevinhadora tenaz em descrever o belo, o justo e o nobre, assim como arduamente tentar compreender as motivações para o feio e o grosseiro, nunca estive imune nem a um e muito menos ao outro, portanto, é natural que sinta como qualquer outra pessoa, as emoções oriundas destes aspectos da convivência humana, fortalecendo-me ou ao contrário, enfraquecendo-me.


quinta-feira, 17 de outubro de 2024

QUE DELÍCIA!!!

Nesta quinta-feira com o sol ainda acanhado, mas como sempre abusado e despudorado, mas absolutamente sedutor e envolvente, que em mim adentrou logo bem cedinho, assim como se deitou apaixonadamente sobre as flores e copas do meu jardim, levando-nos ao êxtase do gozo matinal.

O ventinho leve, mas, insistente, agita marolando as folhas dos coqueiros, levando-me a imaginar que o mesmo esteja ocorrendo com a superfície das águas mornas deste meu mar de Ponta e Areia, geralmente, sereno.


quarta-feira, 16 de outubro de 2024

“VIGIAI E ORAI”

INCRIVEL o quanto, o simples ato de estar vivo é capaz de nos surpreender com infinitos conhecimentos que o cotidiano oferece, sejam agradáveis ou não em movimentos vibratórios que ora aturde, tirando-nos o chão e nos fazendo se não chorar, pelo menos, desejar estar bem longe para simplesmente esquecer, ora nos faz sorrir, levando-nos a acreditar que somos especiais, ora nos instruindo, fortalecendo nossas resistências, afim de que suportemos os imponderáveis que como gosmas, nos perseguem, insistindo em opacar o brilho natural de nossas existências.

Penso na expressão bíblica “Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca.” Mateus 26.41. 


PRESENTES DA NATUREZA

A pitangueira está em festa, fazendo coloridos os seus galhos e alegre o meu paladar, enquanto a amoreira vai se despedindo desta temporada, deixando ainda pender de seus galhos longos e flexíveis as derradeiras amoras que disputo acirrada com os passarinhos, a doçura de seus sabores.

E neste mesclar de cores e sabores, fico feliz e sorrio ao pensar na minha infantilidade em disputar com os pássaros, sabedora de que jamais estarei à altura dos astutos e rápidos companheiros, afinal, enquanto eles batem as asas e beliscam os sabores, eu bato minhas asas e voo para deles extrair, poesia e emoção.



terça-feira, 15 de outubro de 2024

A NOITE CHEGOU

 ...sem pressa nesta encalorada primavera e no mesmo ritmo lento as pitangas afloram, enquanto a mangueira tudo indica que como no ano passado, chegará tardiamente e em se tratando das acerolas, nem sinal de vida, tal qual, as seriguelas e goiabas que depois que foram podadas, talvez, ofendidas pelos cortes brutos de mãos indelicadas, recusam-se até mesmo, a rebrotar novos galhos, quanto mais oferecer-me frutos, numa demonstração de revolta.

Todavia, o generoso pôr do sol, continua matizando o céu com suas fenomenais cores em movimentos incríveis que me fascinam...

Através delas, desprendo-me de meu corpo e insiro-me nos labirintos dos degrades solares, serpenteando o cosmos, podendo magicamente tocar as primeiras estrelas que começam a surgir piscando safadamente, atraindo-me ...

Impossível resistir, afinal, lá estás, deliciosamente silencioso me aguardando chegar...

Regina Carvalho- 14.10.2024 Itaparica


Foto do hotel SESC-  Marina de Itaparica



BLINDAGEM...

Quem de nós, já não sentiu os impactos da exposição pessoal e seus efeitos físicos devastadores, possíveis de serem reconhecidos  e então, de forma nítida percebe-se alterações aqui ou ali, como efeitos imediatos quanto ao recebimento de vibrações energéticas absolutamente devastadoras, tanto quanto, um ferimento provocado por uma arma mortal?

Existem pessoas tão violentamente agressivas em seus pensamentos e emoções que com um apenas olhar é capaz de secar uma bela planta, assim como, atingir outra pessoa, sem que esta se dê conta do porquê, de um instante para o outro, seu estado físico se alterou, sua mente se turvou, algumas ao receber uma descarga mais intensa, precisa amparar-se em algo ou alguém para literalmente não cairem.


segunda-feira, 14 de outubro de 2024

COMPAIXÃO

Hoje acordei pensando na beleza da vida e, é claro, que logo vislumbrei o tudo de bom  com o qual ela se expressa; pensei nos animais, nas flores e nos frutos, pensei nos mares, rios e cachoeiras, pensei na terra e pensei no espaço, nas estrelas, no sol ardente e nas tempestades, pensei nos sons, nas carícias e nos aromas, e em meio a tantos pensamentos, pensei na estupidez daqueles que nada enxergam além da vaidade de si mesmos, amparando-se, geralmente, no fracasso de suas miseráveis existências, alimentados pelos aplausos dos seus sempre existentes afins.


sexta-feira, 11 de outubro de 2024

PONDERANDO

Neste quase amanhecer, como de hábito, penso no cotidiano, nas pessoas com suas peculiaridades que na realidade se resumem nas suas necessidades de todas as ordens e aí, como também ocorre, pondero suas ações e reações e hoje, com a internet e uma parafernália de mídias pipocando 24 por dias, impossível alguém desconhecer os prós e os contras, no mínimo de seu país, cidade, assim como deixar de pelo menos assistir mesmo que “em passant”  o que se passa no mundo.

Portanto, concluo com a minha ainda descomunal ignorância em relação ao comportamento humano, que cada qual, enxerga o tudo mais de acordo não só com os olhos, mas principalmente, com as suas mais prioritárias necessidades momentâneas, afinal, esta conscientização de bem comum, ética, ideologia e qualquer menção quanto ao erário público estar sendo desviado, só lhe diz respeito na medida em que pensa: “Quem dera fosse eu” ou Eu faria o mesmo” e assim por diante, causando aquém ouve um certo desconforto, mas que reconhece que talvez, também o fizesse...


quinta-feira, 10 de outubro de 2024

SENTINDO DEUS...

Passei toda a minha vida não abrindo mão do meu café da manhã, não importando a pressa dos compromissos que me aguardavam e para tanto, passei a acordar mais cedo, justo para ter o tempo bendito de dividir com a minha família o também bendito momento de interação. 

Neste momento, sinto o cheirinho de meu próprio café que se funde ao de minha mãe, fazendo-me crer no quanto, somos capazes de difundir amor, fraternidade, tolerância e respeito ao outro e ao tudo mais, reforçando raízes de solidez emocional, não abrindo mão de pequenas, doces e saudáveis lembranças, repetindo-as como em um ritual de preservação que afinal, nada mais representa que uma celebração, mais que merecida por estarmos vivos.


quarta-feira, 9 de outubro de 2024

Cognitivando...

Enxugo as lágrimas teimosas que insistem em rolar por este rosto de mulher madura e penso, então, que se néctar regenerador este choro fosse, nenhuma ruga existiria neste meu semblante, assim, como nenhuma mágoa deixaria de ter sido lavada e, portanto, retirada desta minha alma de poeta que, tal qual, as lágrimas, insiste em enxergar um mundo mais bonito que na realidade o é.

O que fazer com este sentimento de frustração, quando por instantes, vejo-me diante do imponderável?

Os anos passam e apesar das lágrimas parecerem as mesmas e eu crer que até mesmo choro menos, vejo-me como agora, sem qualquer amparo, chorando novamente.

Deixo-me então chorar...

Penso em minha alma de mulher que livre, cria e molda incansáveis paralelos de luz, mas que também se curva de dor, pelo desencanto ou talvez, seja mais verdadeiro dizer que seja pela impotência de nada mais poder acrescentar a este e a tantos outros barcos que seguiram seus próprios rumos...

E se nunca precisei chorar pela perda de um grande amor, com certeza, muito chorei pelas perdas das ilusões em meu cotidiano de mulher com alma de artista que insiste em pincelar com cores, nuances de brilho, na teimosia em enxergar o belo e o ideal ponderável.

Perdoai-nos senhor, porque nenhum de nós, sabe exatamente o que faz...

Regina Carvalho- 9.10.2024 Itaparica.



terça-feira, 8 de outubro de 2024

AQUI DEVERIAM NASCER ROSAS

Em 1978 indo com o Roberto trabalhar no Jornal de Minas as 7.30h de uma manhã qualquer pela Av. Afonso Pena(B.H),avistamos ao longe, um caminhão frigorífico com as portas traseiras abertas e o que nos levou a deduzir, tratar-se de peças de carne que haviam caído no asfalto.

Foi preciso diminuir a marcha do carro, pois, o trânsito estava lento e seu fluxo era medido pela polícia no local.

A minha miopia nesta manhã fatídica, além da mão de meu marido que evitaram que eu enxergasse, tampando rapidamente os meus olhos que automaticamente curiosos, tentavam enxergar aqueles pedaços de carne esfacelados que nada mais eram que os corpos de duas idosas irmãs gêmeas que haviam ido comprar pão.


APENAS, PERDÃO...

Em algum momento, que não sei exatamente qual foi, as muralhas de valores éticos e morais foram sendo destruídas em velocidade assombrosa e em seus lugares foram sendo erguidas frágeis colunas de novos valores, deixando pessoas, como eu e tantas mais, absolutamente inseguras, pois são visíveis suas insustentabilidades.

Para todos os lados que se olhe, lá está o mal feito com aparência de contemporaneidade chique, sem estrutura sólida que o sustente, sem valores que lhe imprimam qualquer respeito.


PENSANDO ESCOLA

Mais um texto chato...

A busca de uma harmonia entre a escola e a família torna-se a alma de toda e qualquer ação voltada a desenvolver pedagogias mais contemporâneas. Não é possível continuar-se a  manter os mesmos padrões de relacionamento, assim como a mesma sistemática didática e ainda crer-se em uma provável evolução agregativa de qualquer natureza.

A relação professor x aluno, após sucessivos desgastes, necessita urgentemente de modelos mais criativos, instantâneos e direcionados às práticas cotidianas, mantendo-se o foco prioritário de incentivo aos talentos individuais, direcionando-os a complementos didáticos  que sejam alternativos às suas individuais vocações.


ESPLENDIDO GOZO

De onde surgiu o meu improviso, não sei precisar, mas, com certeza, sempre foi a minha mais autêntica realidade, custando-me em algumas ocas...