Hoje à noite, apenas uma estrela solitária brilhará no céu, enquanto, na arquibancada do universo, posso imaginar minha mãe, elegantemente silenciosa, aplaudindo com discretas lágrimas de alegria, como inúmeras vezes o fez, em meio a sua família de flamenguistas debochados.
Com lembranças tão fortes, impossível não me emocionar pela gigantesca mulher que, se sentia acuada em suas emoções, mas que jamais abriu mão da fidelidade ao seu botafogo.
Hoje, com estas lembranças, penso que nem ela, podia imaginar a referência de força, coragem e respeito a si mesma e nas suas escolhas, que oferecia aos seus filhos.
Ao longo de minha vida, algumas foram as vezes em que precisei chorar ou comemorar sorrindo solitária nas arquibancadas da fidelidade em meio a um turbilhão de críticas e abandonos, com a determinação de quem acreditava no que amorosamente, havia escolhido.
Viva o “Botafogo”, “Viva a Dona Hilda”. Viva a Vida em qualquer dimensão.
Regina Carvalho- 8.12.2024 Itaparica
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