Amanheci pensando que nunca fui rato de praia, mesmo tendo nascido e morado dois terços de minha a vida a beira de lindas e famosas praias.
Também, nunca fui namoradeira em qualquer época de minha vida, mesmo sendo uma apaixonada convicta e muito menos, uma arisca inconsequente, mesmo sendo uma curiosa incorrigível, já que de alguma forma, desenvolvi o senso dos limites, intuição necessária para seguir adiante, sem me perder nos muitos labirintos que fui encontrando ao longo de minha vida.
Porém, é bom frisar que também não fugi dos enfrentamentos de minhas responsabilidades, muitas vezes, pagando calada, até mesmo, pelo que não fizera, por reconhecer ser culpada de alguma forma, por ter me tornado cumplice através da deliciosamente omissão de algo que sabia ser inadequado.
Todavia, também ao longo da vida, fui aprendendo a me perdoar, afinal, sempre fui apenas uma pessoa, aprendendo e ensinando, sem qualquer vínculo com o narcisismo de me achar perfeita e dona de qualquer razão.
HOJE, a única certeza que serena posso constatar é que entre os tapas e os beijos das minhas escolhas nesta vida, cá estou, ainda deliciosamente viva e apaixonada, buscando todos os belos que meus olhos enxergam e que minha sensibilidade aprova, sem me preocupar antecipadamente, se me fará sorrir ou chorar, pois, há muito compreendi, aliás, bem antes do estrondoso sucesso de meu ídolo Roberto Carlos, que somente, contam e valem na vida de qualquer pessoas as “emoções” dos “detalhes” que se sente e consequentemente se vive.
Afinal, “É preciso saber viver”...
Regina Carvalho- 28.12. 2024 Itaparica
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