Pois é, acordei pensando que a cada final de ano, dizemos a nós mesmo que vamos mudar neste ou naquele aspecto pessoal, mas daí, passadas as festas e a chegada de um novo ano, repleto de contas e responsabilidades, deixamos pra lá as reformas pessoais em favor de um cotidiano vicioso, geralmente, atribulado e não menos enfadonho.
E assim, o tempo vai passando e quase nada alteramos e aí, lamentamos cognitivamente, como papagaios repetitivos que a vida é assim...
Mentira piedosa, mas ainda assim, mentira...
A vida aceita mudanças e jamais pode ser responsabilizada pelas consequências delas, inclusive e principalmente, quando nos acomodamos, crendo ser o mais prudente, o que geralmente o é, mas não necessariamente para nós.
E aí, os emocionais não se conformam tão passivamente com a inercia mental, juíza final de cada decisão, que inevitavelmente, deixa brechas, que os sentidos se aproveitam e assim, como na justiça dos homens, abre espaço para que os recursos sejam proferidos, postergando muitas vezes, até sua prescrição ou sentença final, não sem muitos custos adicionais ao logo do processo.
Na realidade, não estamos satisfeitos por esta ou aquela razão e assim, vamos perdendo gradativamente o tesão, emoção gigante e única, capaz de dar colorido a existência.
Admitimos na intimidade novamente cognitiva, que a vida é uma só, que pode acabar a qualquer instante e blá,blá, blá, mas nada de verdade somos capazes de arriscar para usufruí-la mais plenamente.
Podemos fazer péssimas escolhas?
Sim podemos, mas não as fazer é ainda pior, já que o excesso de prudência que nada mais é que o medo de ser feliz, cobra caro a sua presença tanto na estética, quanto na saúde física e mental.
“Pense nisso e faça um 2025 diferente”
Regina Carvalho- 18.12.2024 Itaparica
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