Penso no quanto, em minha educação foi esquecido o meu querer. Preterido os meus sonhos e tendências, gostos e aptidões em favor das escolhas deles que, aliás eram limitadas na época à uma menina de família classe média tradicional.
Não vista isso, não fale isto, não ande ou sente assim, não suje a roupa, não marque os sapatos de verniz e só fale se lhe perguntarem algo.
Não peça nada, não aceite nada e por fim, entendi que eu, não deveria ser nada além do que eles decidissem que era bom e adequado.
Tudo correu dentro do esperado, afora um detalhe que eles não observaram, a menina obediente crescia e toda a gama de desejos estava bem guardadinho, apenas esperando uma oportunidade para escapulir.
Mas como fugir se não haviam saídas a minha disposição e sequer coragem para buscar alguma, já que me esqueci de adicionar aos meus anseios de liberdade, as indiscutíveis estratégias de fuga.
Meu refúgio eram as palavras que se transformavam em versos e prosas, mas que faziam de mim uma jovem solitária, meio perdida, mas com certeza sentindo-se absolutamente só.
Minha solidão não me deixava sentir qualquer mal-estar ou tristeza consciente, mas certamente, levou-me a uma rebeldia expressa que me causou grandes danos emocionais que passei compensando por quase a maior parte de minha juventude, jamais impedindo-me de vivenciar grandes e inesquecíveis momentos, mas questionando por todo o tempo a mim mesma e ao tudo mais.
Havia um vazio constante, uma busca interior de algo que sequer conseguia mensurar, aliada a uma sensação de estar sendo sabotada nos meus sonhos e ideais, que nem mesmo sabia mais quais eram.
Uma loucura que me custou um longo período de ansiolíticos, clínicas e até internação para curar ou camuflar um grito de vida e liberdade que de tão sufocado, armazenado em minha mente e meus sentidos, pedia passagem para finalmente, poder me libertar.
Uma vez liberta, andando com os meus próprios pés, constato estarrecida que afora os desejos cerceados dos palcos iluminados e dos monólogos de sucesso, tudo o mais que fiz e que realizei foram escolhas minhas, genuinamente minhas que nem mesmo os sufocamentos foram capazes de me roubar.
Penso então, que a intuição da mente e do emocional, foram minhas constantes margens na cegueira que me impuseram ao cortar minhas asas com a ignorância de acharem que estavam fazendo, tudo por amor.
Afinal, se não pude ser uma atriz nos palcos e nas telas, certamente o fui ao me inserir na vida, pincelando-a com as cores de minhas letras, sonetos e contos como o faço agora.
Não peça nada, não aceite nada e por fim, entendi que eu, não deveria ser nada além do que eles decidissem que era bom e adequado.
Tudo correu dentro do esperado, afora um detalhe que eles não observaram, a menina obediente crescia e toda a gama de desejos estava bem guardadinho, apenas esperando uma oportunidade para escapulir.
Mas como fugir se não haviam saídas a minha disposição e sequer coragem para buscar alguma, já que me esqueci de adicionar aos meus anseios de liberdade, as indiscutíveis estratégias de fuga.
Meu refúgio eram as palavras que se transformavam em versos e prosas, mas que faziam de mim uma jovem solitária, meio perdida, mas com certeza sentindo-se absolutamente só.
Minha solidão não me deixava sentir qualquer mal-estar ou tristeza consciente, mas certamente, levou-me a uma rebeldia expressa que me causou grandes danos emocionais que passei compensando por quase a maior parte de minha juventude, jamais impedindo-me de vivenciar grandes e inesquecíveis momentos, mas questionando por todo o tempo a mim mesma e ao tudo mais.
Havia um vazio constante, uma busca interior de algo que sequer conseguia mensurar, aliada a uma sensação de estar sendo sabotada nos meus sonhos e ideais, que nem mesmo sabia mais quais eram.
Uma loucura que me custou um longo período de ansiolíticos, clínicas e até internação para curar ou camuflar um grito de vida e liberdade que de tão sufocado, armazenado em minha mente e meus sentidos, pedia passagem para finalmente, poder me libertar.
Uma vez liberta, andando com os meus próprios pés, constato estarrecida que afora os desejos cerceados dos palcos iluminados e dos monólogos de sucesso, tudo o mais que fiz e que realizei foram escolhas minhas, genuinamente minhas que nem mesmo os sufocamentos foram capazes de me roubar.
Penso então, que a intuição da mente e do emocional, foram minhas constantes margens na cegueira que me impuseram ao cortar minhas asas com a ignorância de acharem que estavam fazendo, tudo por amor.
Afinal, se não pude ser uma atriz nos palcos e nas telas, certamente o fui ao me inserir na vida, pincelando-a com as cores de minhas letras, sonetos e contos como o faço agora.
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