Em sua
maioria, gosto de comentar a respeito do que posso atestar com meus olhos e,
principalmente, com a minha experiência pessoal.
Todos os
dias pela manhã, o meu caminho da roça em horários diversos é a Avenida dos Navegantes
e, ao longo destes anos, fui apreciando com tristeza a construção de lojas com
seus sobradinhos numa falta total de planejamento, todavia, ultimamente, o
horror parece ter feito morada, principalmente do Mocambo ao Ponto Certo.
Estas minhas
observações não são exclusivas à esta gestão, afinal, calejei garganta e calos
nos dedos de reclamar os horrores das calçadas que sempre foram invadidas pela
falta de consciência dos moradores e comerciantes, assim como pelo descaso
oportuno de todos os prefeitos até então.
Mas
convenhamos, neste último ano, a coisa tem ficado preta, mais um horror perante
os céus.
O que é isso
minha gente???
Enquanto o
ordenamento urbano é buscado com zelo pelo Brasil a fora, por aqui, instalou-se
o ritmo do “de qualquer forma” é válido, e aí, só se vê puxadinhos prá lá e prá
cá, num pouporri dos horrores, bem aos moldes dos guetos e favelinhas do
terceiro mundo, tudo devidamente autorizado com o argumento emocional de se
estar oferecendo oportunidades a aqueles que nunca tiveram.
Ora
convenhamos, eu nunca ouvi falar que carente tem lote e dinheiro para
construção.
Mas se não
bastassem os puxadinhos dos necessitados, ainda estão proliferando as barraquinhas
a cada 50 metros, vendendo, por enquanto, frutas e legumes, mas vai se saber
mais adiante o que os carentes irão inventar, já que para a Prefeitura não foi
possível manter uma feirinha fixa para os agricultores familiares.
E aí deduzo
que de produção local é que a maioria não vende, já que é possível vender
frutas e legumes jamais plantados em nosso solo. Portanto, não se trata de
ceder concessão para agricultores familiares.
Novamente, a
mente ativa de Dona Regina, fica sem entender o porque de tantos imóveis
alugados a peso de muitos milhares de reais e não ter sido possível alugar um terreno
no centro para alojar os fruteiros e verdureiros ou fazer como nas grandes
cidades, promover um dia em cada bairro para que as feiras se façam presente,
seja para agricultor familiar ou não. Afinal, o que a lógica de um século 21 já
não comporta é a exposição triste da falta de higiene, poluição visual e atraso
sistêmico, numa rua principal de acesso ao restante da cidade e que,
futuramente, segundo os planos desta gestão, transformar-se-á em polo
turístico.
Turismo de
quê, só se for para mostrar ao mundo que apesar da cidade estar a apenas alguns
poucos quilômetros de uma grande capital, de ser linda e paradisíaca, ainda é
um reduto da improvisação e do arremedo de progresso.
Assim fica fácil
e barato gerir uma cidade e angariar votos dos pobres e oprimidos. Aliás, não
estão inventando nada, tudo cópia de um socialismo de terceira, moldado ao
gosto de mandachuvas de quinta.
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