Estou desde a madrugada com a minha pressão arterial
agitada, na realidade a culpa é minha, pois esqueço a idade e as limitações inerentes
e embarco na comilança e, se não bastasse, nas caipirinhas da vida, e aí, a
pororoca se forma e dá-lhe mal-estar.
Porém, se estou escrevendo é porque já superei e como uma
menina obediente, providenciei uma sopinha de legumes com frango, para driblar
os meus maus hábitos.
Também, não estou andando na praia e culpo o tempo ruim, mas
na realidade é a preguiça dominante que me prega em casa, fofocando no face,
pesquisando textos filosóficos, minha irresistível paixão, inventando moda na
cozinha e, inevitavelmente, escrevendo, e aí, quando paro, sento no sofá e
assisto com o Roberto filmes e mais filmes.
Coloquei como título “sorumbática”, mas não condiz com a
realidade, pois em momento algum fiquei melancólica ou tristonha, apenas
incomodada, visto que a pressão alta traz consigo uma tonteira interminável que
me tira do eixo para qualquer atividade.
Nossa dona Regina, toma jeito e se comporte como uma senhora
e pare de fazer artes e vê se coloca juízo neste seu marido sempre muito louco,
que te acompanha em todas as traficâncias gastronômicas e etílicas, num
esquecimento contínuo, que tais farras, já não mais pertencem a nenhum dos
dois.
E ainda chamam de melhor idade...
Uma ova!!!
Ah! Que saudades que eu tenho
da minha juventude saudável,
dos porres e das farras intermináveis,
que a porra da velhice, não permite mais.
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