Será que realmente sabemos a extensão do que significa “CORRUPÇÃO”?
Estará ela apenas dentro do padrão roubo ou inserida
surdamente em posturas que de tão usuais, até que parecem legais?
E aí, penso nas muitas licitações de fachada, nas compras
superfaturadas, nas contratações fantasmas e absolutamente desnecessárias, nos
gastos supérfluos com o objetivo de agradar ao próprio grupo político, nas
contratações de artistas e bandas por preços exorbitantes no sistema por dentro
e por fora, nos falsos projetos sociais que atendem apenas os indicados, nos
alugueis que são pagos bem acima do valor de mercado para aliciar esta ou
aquela pessoa ou para pagar dívidas de campanha, não se pode esquecer dos
materiais de construção, viagens pagas com recursos públicos a um sem número de
funcionários decorativos, com refeições, hotéis, transportes e sabe-se lá mais
o quê.
Precisamos urgentemente aprender a conhecer a magnitude conceitual
do que seja qualificado como corrupção, até para contestar prestações de contas
elaboradas por mestres do me engana que eu gosto, a preço de ouro anual e aprovadas
por um TCM que desconhece o cotidiano da cidade envolvida, assim como por uma
câmara de vereadores prevariqueira que, infelizmente, deixa a desejar no
quesito qualificação e outras “cosas” mais.
Portanto, bater no peito e se dizer honesto e avesso a
corrupção ou pregar que não pratica nenhuma de suas formas, estando sentado em
alguma cadeira de poder, seja pública ou privada, é no mínimo uma falácia que
queremos muito acreditar ser verdade, mas que no íntimo sabemos ser impossível
se quisermos garantir a permanência ativa nos postos que nos encontramos.
São tantos detalhes, assim como estreitos caminhos que
norteiam a política brasileira que eu finjo que sou honesto e você acredita que
sim, esperando que pelo menos eu corrompa ou seja corrompido em menor escala.
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