quarta-feira, 18 de setembro de 2019

EU SOU HONESTO?



Será que realmente sabemos a extensão do que significa “CORRUPÇÃO”?
Estará ela apenas dentro do padrão roubo ou inserida surdamente em posturas que de tão usuais, até que parecem legais?
E aí, penso nas muitas licitações de fachada, nas compras superfaturadas, nas contratações fantasmas e absolutamente desnecessárias, nos gastos supérfluos com o objetivo de agradar ao próprio grupo político, nas contratações de artistas e bandas por preços exorbitantes no sistema por dentro e por fora, nos falsos projetos sociais que atendem apenas os indicados, nos alugueis que são pagos bem acima do valor de mercado para aliciar esta ou aquela pessoa ou para pagar dívidas de campanha, não se pode esquecer dos materiais de construção, viagens pagas com recursos públicos a um sem número de funcionários decorativos, com refeições, hotéis, transportes e sabe-se lá mais o quê.
Precisamos urgentemente aprender a conhecer a magnitude conceitual do que seja qualificado como corrupção, até para contestar prestações de contas elaboradas por mestres do me engana que eu gosto, a preço de ouro anual e aprovadas por um TCM que desconhece o cotidiano da cidade envolvida, assim como por uma câmara de vereadores prevariqueira que, infelizmente, deixa a desejar no quesito qualificação e outras “cosas” mais.
Portanto, bater no peito e se dizer honesto e avesso a corrupção ou pregar que não pratica nenhuma de suas formas, estando sentado em alguma cadeira de poder, seja pública ou privada, é no mínimo uma falácia que queremos muito acreditar ser verdade, mas que no íntimo sabemos ser impossível se quisermos garantir a permanência ativa nos postos que nos encontramos.
São tantos detalhes, assim como estreitos caminhos que norteiam a política brasileira que eu finjo que sou honesto e você acredita que sim, esperando que pelo menos eu corrompa ou seja corrompido em menor escala.

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