quarta-feira, 11 de setembro de 2019

NEM POR DECRETO



Existem situações que acontecem nos cotidianos da cidade que simplesmente não mudam, deixando de serem problemas, para se tornarem, apenas, incômodos e alguns se incorporam à paisagem, como ítens complementares e que ajudam a definir o perfil de uma cidade maltratada.
Vez por outra, surgem ações que até nos levam a acreditar que, finalmente, este ou aquele borrão será restaurado, mas logo nos damos conta que seria preciso muito mais, para que pudesse ser extirpado ou deixado de ser  “Problema Histórico”.
A Rua do Rio, em Ponta de Areia, é um destes borrões que jamais encontrou num só gestor a disposição para solucionar os problemas que, insistentemente, aborrecem e limitam o ir e vir de seus moradores e adjacências, já que além de ser feia, maltratada, lamacenta e suja, na maior parte do tempo, ainda deixa de ser uma opção para o trânsito nos feriados e principalmente no verão, quando a orla com sua via estreita se torna intransitável.
Isso sem falar no foco de doenças, devido a proliferação de ratos e todo tipo de peçonhentos.
A explicação que sempre é dada pelos gestores que conheci foi a mesma, já que para fazer uma intervenção precisariam superar inúmeros problemas, devido a complexidade que a obra  exige.
Ora bolas, será esse mesmo o problema?
Não seria o caso de se pensar que na realidade é preferível ir tampando o sol com a peneira, apenas, para que o povo veja boa vontade?
Não se pode acreditar que deputados e senadores eleitos e reeleitos e, principalmente, os governadores não sejam capazes de conseguir verbas que abracem esta empreitada que, certamente, daria dignidade e mobilidade de tráfico à rua de apoio da maior orla de praia da cidade, sem esquecer da gama de benefícios humanos.
Cuidar, inegavelmente, alguns cuidaram, gastando fortunas nas constantes limpezas e intermináveis cascalhamentos, mas logo em seguida a ruina emerge e o povo volta a sofrer.
No período chuvoso tudo se transforma no inferno de Dante das lamas e dos matos, e no verão, no caldeirão do inferno de lixo, ratos, mosquitos, cobras e poeira.
Faltou projeto e vontade política para que, verdadeiramente, este e tantos outros problemas pudessem ser resolvidos.
E pelo amor de Deus, não me venham argumentar que jamais houveram tantas obras como na atualidade na cidade.
Levantar problemas e pedir soluções, jamais foi sinônimo de desqualificação do já resolvido, construído e recuperado.
Talvez se não perdessem os dois primeiros anos de suas gestões, segundo eles, limpando os malfeitos dos anteriores, sobraria tempo e recursos para melhor serem empregados.
Mas aí, penso que realmente algo também é histórico, uma vez que todas as prestações de contas são aprovadas, não só pela Câmara como pelo TCM, portanto, onde existir tantos alegados mal feitos?

Algo não bate no entendimento de uma leiga cidadã.
No seu bate?

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