Tudo que as sociedades não conseguem exterminar ou corrigir,
optam em rejeitar silenciando sobre o assunto, como se o não falar a respeito, fosse
uma forma de resistência, fazendo com que suas consciências, de repente,
recebessem um anestésico, capaz de impedir qualquer real contágio de
sentimentos a respeito do inconveniente.
Fazemos isso com tudo que incomoda, seja na vida pessoal, no
convívio social e principalmente no profissional, afinal, mais do que nunca nos
lembramos dos velhos ditados que afirmam categoricamente que: Em boca fechada,
não entra mosquito ou o peixe morre pela boca.
Sou o exemplo vivo da burra insistência em contrariar essas afirmativas
populares que se tornaram normas comportamentais, não porque são éticas, mas
porque atentem a estética das relações e, se por um lado evitam
constrangimentos, por outro, aliciam e estimulam todas as distorções que no
popular nada mais são que sacanagens que vivenciamos no nosso cotidiano.
Todavia, o pior de tudo é que estimula a criatura humana a
insistentemente confundir lealdade com cegueira indutiva e aí, não é preciso
muito para enxergarmos exemplos incríveis de babaquices bajuladoras, assim como
tantos outros infindáveis exemplos de falsidades e traições históricas.
Ontem, recebi dois vídeos de um novo empreendimento que se
instalou, segundo afirmam legalmente na cidade e a única emoção que despertou
em mim, foi a grosseria das imagens, já que é publico e notório os objetivos do
negócio oferecido, mas por outro lado, talvez o seu proprietário, esteja
exatamente agindo dentro das novas normais de mercado, onde tudo é normal e
natural e que todo aquele que ousar discordar, será punido pelo menos com uma
expressão descoberta nos anais linguísticos e que assim, bem de repente se
tornaram palavrinhas fáceis, nas bocas de quem até então, só falava: nós vai,
nós qué.
Portanto, enfiemos nossas hipocrisias no saco, pois em tempos
bicudos, cada qual, cria sua geração de empregos e renda, de acordo com as
necessidades do mercado consumidor.
E aí, lembro da casa da luz vermelha que era ponto de
atração turística há cinquenta anos atrás, lá nos rincões do bairro popular do Cargueiro,
na minúscula cidade do interior do centro oeste mineiro, que escandalizava as
senhoras de respeito e deleitava de prazer seus sérios e ilibados maridos.
Se já não bastassem tantas tarefas que sobrecarregam a nós,
maravilhosas criaturas, Vixe, minha nossa senhora!!! Ainda teremos que ficar
atentas ao número de vezes que o celular de nossos esposos, ficarem desligados
ou fora de área.
Tudo absolutamente normal e natural e viva a liberdade de
ser e de fazer!!!
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