quinta-feira, 29 de julho de 2010

VOZES SOLITÁRIAS

Incrível o quanto se perde de fantásticas energias sem que ocorra qualquer volume significativo de resultados práticos.
O mais incrível é que esta perda normalmente acontece envolvendo criaturas muitíssimo articuladas e repletas de sérias idéias e de intenções, mas que, em dado momento, se empolgam e deixam-se conduzir, creio eu, podendo inclusive estar errada, pelas suas emoções, e aí, o foco da questão se perde e o muito que poderia ser obtido se reduz ou não se realiza.
Naturalmente, estou falando daquelas pessoas que buscam em suas lutas sociais, em primeiro lugar, o bem comum e não o palanqueiro, cujo único objetivo é aparecer para de algum modo se dar bem.
Novamente a meu ver, a realidade de uma cidade só se altera em qualquer aspecto se seus cidadãos se unirem em prol de reverter esta ou aquela situação que estiverem fora dos objetivos administrativos, atráves de comissões averiguadoras e, portanto, fiscalizadoras, com o apoio firme e não menos sério do Ministério Público.
Todo o restante se perde nas palavras e ações em sua maioria individuais, justo por não disporem das forças e dos instrumentos legais necessários.
Esse tipo de ação individual corre o risco de ser confundida em sua interpretação, exatamente por não ser compartilhada nos seus propósitos.
E aí, penso que algumas atividades podem e devem ser solitárias, mas quando se trata da busca do bem comum, torna-se necessário que representantes de várias áreas sociais estejam unidos com o mesmo objetivo, porque, afinal, sempre se pode estar solitariamente enxergando sob um ângulo que necessariamente não corresponde às necessidades de um todo sistêmico.
Todavia, com esta minha ilação de forma alguma tenho a intenção de diminuir o valor da luta daqueles que incansavelmente estão na lida de melhorias sociais, tão somente acredito que unidos a outros os resultados poderiam ser mais rápidos e consistentes, principalmente em cidades pequenas onde o menor número de pessoas permite uma mais rápida interação participativa, o que não significa necessariamente ser mais fácil este aglutinamento.
Acompanho com um profundo sentimento de tristeza episódios como o ocorrido em Mar Grande no dia 28/07, onde dinheiro e energias são desperdiçados até mesmo se o objetivo tenha sido tão somente de desacato partidário.

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