sábado, 3 de julho de 2010

Contemporâneo e coisa e tal...

Este friozinho gostoso, que me faz suspender os ombros encolhendo-me quase por todo o tempo, criando em mim uma preguiçinha pra lá de amigável, pois não me torna de tudo irresponsável , mas que com certeza me induz a não ter pressa de deixar as cobertas quentinhas, seja para fazer o que for.
Enquanto estico minha permanência na cama acolhedora, tomo uma xícara de café e leio a revista Veja, indignada com o espaço que foi oferecido à José Saramago ,escritor, prêmio Nobel de Literatura , primeiro e único da Língua Portuguesa.
Enquanto isto, na mesma revista, Monique Evans, de 53 anos, com igual espaço fala de sua depressão e dos gatinhos e gatões com os quais namorou e casou ao longo de sua tumultuada vida de artista indefinida.
Que coisa, heim!
Este conflito de valores indutivos, razão de minhas constantes observações, é que determinam posturas que, afinal, aos olhos e entendimentos daqueles que recebem tornam-se valores verdadeiros a serem copiados.
Nada contra as mulheres e homens que optam em somente se relacionar com pessoas mais jovens, mas pelo amor de Deus, torna-se necessário maior avaliação de valores quando se é editor de uma revista dirigida à supostos formadores de opinião.
Isto ainda existe ou estou na idade da pedra?
Meu sangue até já esquentou só em pensar que sou uma idiota e que quase tudo que defendo de alguma maneira está fora de moda e que são justamente estas criaturinhas maravilhosamente estudadas, descoladas e bem posicionadas nesta vida que aplaudem e seguem transmitindo, justo o sufocamento de conceitos básicos à formação de caráter de nossos jovens.
Dá-se destaques a vagabundos contumazes de nossa política, a assassinos frios, molestadores de menores, agressores de inúmeras naturezas, porque, infelizmente, somos humanos acostumados a apreciar o pior que podemos representar.
A qualidade, o generoso, o educativo, jamais fez sucesso e muito menos chamou-nos a atenção e, portanto, não representa ganhos expressivos.
E aí, lamentamos também por pura indução sistêmica os abusos dos quais somos vitimas, mas logo nos adaptando ao segmento indutivo de enjaulamento, seja emocional, intelectual ou ambos, porque afinal é atual, contemporaneamente legal.
Ainda se usa esta gíria ou me perdi novamente?
Que coisa, heim?!

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