sábado, 3 de julho de 2010

EDUCAÇÃO - As reflexões continuam...

É de se esperar que em um país onde o nível educacional é baixo, e que em um número específico de regiões é ainda pior, que as autoridades competentes cuidem para que não permaneça intacta a inconsciência eleitoral do voto.
Voto este, que permanecerá inconsistente a um real desenvolvimento humano social se não houver uma séria observância ao impedimento pelo menos de candidaturas de pessoas já condenadas pela justiça, assim como deveria agilizar os cumprimentos de ações já julgadas, impedindo que criminosos públicos permaneçam em seus cargos, prejudicando mais e mais com suas ações devastadoras.
A cada mes ou ano de não cumprimento destas condenações, os prejudicados diretos, que são o povo e suas comunidades, mais se flagelam e mais tempo precisarão para que consigam um restauro razoável.
Entretanto, o pior mal que se instala é justo a desolação, a desesperança, ficando cada cidadão insistantemente contaminado pela sensação de abandono e solidão sistêmica, que se expressa através de um silêncio submisso que o transforma em uma tão somente criatura sem pátria e sem, portanto, raízes identificadoras, que afinal o estimula a se sentir um alguém menos completo, criando, assim, uma síndrome coletiva de desinteresse pelas suas próprias qualidades de vida, mudando valores, adaptando crenças, esfolando os seus egos individuais de forma tão sutíl que sequer é notado, criando camufladamente falsos medos e falsas verdades sobre suas realidades cotidianas.
Esse é um estudo complexo, que deveria ser observado em toda e qualquer alteração do sistema educacional de nosso país, antes mesmo de se proceder a promessas, a meu ver precipitadas, em se colocar dois professores em sala de aula, como vem em discurso sendo prometido pelo Sr. Serra, candidato à presidência, onde acredito criar-se-á mais um foco de tumulto ao aprendizado já tão deficiente.
Melhor seria se houvesse um balanço geral em cada escola, observando-se as culturas locais, assim como toda uma situação sócioeconômica, além de analizar-se o histórico político de cada cidade envolvida no processo.
Que se criasse um método de recapacitação, primeiro mental de restauro de objetivos de cada professor, para identificar-se as finalidades profissionais e, em seguida, um método mais contemporâneo, mas também realista de aplicabilidade no tocante às disciplinas.
Basear-se nos sucessos já alcançados em outros países é saudável, se estes métodos forem devidamente adaptados com rigor às nossas necessidades generalizadas, respeitando-se sempre a realidade maior em sermos um pais territorialmente enorme e com realidades, também, muito diferenciadas.
Portanto, a linguagem aplicativa também tem que ser diferenciada, sem que se perca o foco geral de inserção intelectual.
Quando escrevo sobre educação, penso na fome, na desnutrição e, portanto, imensas
diferenças indutivas a um não aprendizado coerente às necessidades de cada criança e adolescente, crendo que um cérebro não devidamente desenvolvido, assim como um corpo desnutrido e uma mente sofridamente carente, não se dispõe a qualquer aprendizado, sendo necessárias ações paralelas de restauração de uma dignidade física e mental, antes de qualquer inserção intelectual.
Difícil, impossível? Qual nada!
Se o país for fracionado em cidades e estas em comunidades e se não houver desvios de verbas, sendo suas aplicabilidades efetuadas por profissionais sérios e competentes e não por contratações puramente políticas, é viável.
É preciso que se prepare profissionais conhecedores de suas realidades locais e recapacitados a gerir recursos e necessidades, certamente em espaços de cerca de quatro a cinco anos poder-se-á ver mudanças expressivamente positivas.

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