Além de acordar sorrindo e apaixonada, também despertei reflexiva e então, lembrei-me do “se” eu tivesse feito, agido, falado de forma diferente, como teria sido ou estaria hoje, a minha vida?
O "SE" é uma das palavras mais pequenas da língua portuguesa, mas penso que se torna um peso extra imenso na vida das pessoas e no rumo do mundo. É um condicional, um espelho da dúvida, um convite à reflexão, muitas vezes, aparece como arrependimento: "E se eu tivesse escolhido outro caminho?" Outras vezes, surge como esperança: "E se tudo correr bem?".
Na vida pessoal, o "SE" pode ser tanto um aliado como um inimigo. Ajuda-nos a planejar, a prevenir, a imaginar possibilidades, mas também, pode prender-nos no passado, revivendo decisões antigas que já não podem ser mudadas. O "SE" pode ser a raiz da ansiedade, mas também o solo fértil da criatividade e neste aspecto, uso e abuso, afinal, como sempre afirmou minha filha, geralmente com raiva, sou a dona feliz. O que ela nunca soube é que, também sempre fui umbilicalmente ligada ao positivismo e a esperança.
No mundo, o "SE" está em cada decisão política, em cada avanço científico, em cada movimento social. "E se o mundo apostasse mais na educação?" "E se a paz fosse prioridade?" Essas interrogações moldam ideais, motivam mudanças, e muitas vezes, despertam consciências.
Por isso, o "SE" deve ser usado com sabedoria. Que sirva como ponto de partida e não de estagnação. Que seja impulso para agir, sonhar e mudar, e não apenas, desculpa para não tentar.
Todavia, uma coisa é real, “se” eu não tivesse fumado tanto, certamente, não teria destruído parte dos meus pulmões e com certeza, além de escrever, eu também cantaria, como já cantei lindamente em minha juventude, afinal, nasci para ser artista, no centro do palco ou no bico da pena, sempre pincelando os meus sonhos, minhas ideias e ideais.
Regina Carvalho- 22.6. 2025 Itaparica
Nenhum comentário:
Postar um comentário