Além do profundo mal-estar físico, a insegurança com certeza é outro sintoma que os antibióticos não combatem e aí, fico temerosa em relação a quase tudo, afinal, penso com uma ponta de angustia, que não posso voltar a sentir o que senti, quando, estava no auge desta virose que flagela, qualquer mortal.
Cruz credo!
Então, qualquer ventinho, vira furacão
Qualquer sereno, perigosa garoa...
A consciência de se estar chegando no ponto final, leva indubitavelmente a dois modos de se conduzir o próprio ônibus da vida, a depender de como cada motorista encara o tempo que supõe que lhe resta.
Existem os apressados que tudo precisam vivenciar e de preferência, olhando-se no espelho e em estado de negação absurdamente sem lógica em relação ao refletido, só enxerga o seu próprio óbvio emocional, assim, como existem os considerados chatos realistas que vão compreendendo e aceitando o curso natural do percurso existencial, sem pressa, mas também sem lentidão, pois entendem que jamais poderão fazer alterações, quando muito, adicionar doses expressivas de prazer, paz e serenidade a cada movimento e acima de tudo, reconhecendo sem frustrações as limitações e riscos, cada vez mais expressivos.
Faço parte deste grupo de chatos, que também se recusa a abreviar um só instante de bem-estar, em prol disto ou daquilo, justo, pela consciência de que mesmo ao volante, não será capaz de determinar qualquer desvio que evite o ponto final.
E bem-estar para mim, engloba o tudo quanto, possa me permitir sentir, tocar e degustar minhas afinidades, extraindo suas delícias, saboreando-as lentamente sem desperdiçar absolutamente nada.
E para tanto, preciso estar o mais saudável possível...
Portanto, que venham São João e São Pedro e façam a alegria das pessoas em geral, “Porque estaré en mi jardín, celebrando con la vida y el universo”
Regina Carvalho- 21.6.2025 Itaparica
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