sábado, 14 de junho de 2025

NOSSA ITAPARICA

Depois que fiz tudo que precisei e que também quis fazer, mundo afora, foi aqui na minha adorada Itaparica que descobri, quem realmente eu era.

Descobrir-me, doeu e muito ao ponto de em alguns momentos, sentir-me rasgar por completo, mas também me libertou, levando-me a perceber o quanto de tempo útil desta vida eu, havia perdido, sufocando a Regininha de alma livre que só queria viver esquisitamente a seu modo, principalmente, garimpando as pedras preciosas naquelas pessoas ditas improváveis.


E como as encontrei, meu Deus!!!

Portanto, me sentir completa, mesmo que cansada como ontem, confessei a um amigo, pelas lamas existentes em minha rua pelo abandono perseguidor público é uma vitória existencial, oferecida somente aos que são capazes de superarem a mediocridade, infelizmente existente, naqueles que desconhecem os direitos alheios.

Então, amar esse lugar e sua gente, é consequência natural de infinitas ações cognitivas, participativas e imediatas reações afetuosas ao longo do último quarto de século de convivência cotidiana como cidadã e comunicadora, onde jamais deixei de reconhecer as exitosas ações dos administradores, assim, como persisti na questão ética e moral pública, independentemente de quem fossem os atores momentâneos. Afinal, numa era em que tantos diretos estão sendo conquistados, o meu que é o de observar, ponderar e expressar em prol do bem comum é tão somente, mas um.

Ainda bem que nesta vida tudo passa, e eu, certamente passarei, para a gloria de alguns poucos, enquanto, esperam a fila andar, até chegarem neles, a diferença é que passarei, não sem deixar de levar comigo a certeza do dever cumprido para com quem tanto me ofereceu, repleto dos aromas e sabores deste lugar e desta gente fascinante.

Amar e ser amada, torna pessoas e lugares fortes, resistentes e bonitas e nestes quesitos, minha Itaparica e eu, nos igualamos, justo, porque nos fundimos em afinidades.

Quantos podem afirmar o mesmo?

Regina Carvalho- 14.6. 2025 Itaparica

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