De repente,
sinto que não sei nada e que estou perdida em meio há pessoas que tanto sabem e
eu então, me sinto tão pequena, tão nada, meio que boboca, ingênua, lúdica e
totalmente fora da realidade.
Vou até a
janela, olho pro jardim, tudo me parece tão calmo e verdadeiro, mas ao fitar o
espaço entre ele e o céu, me perco em meio a sapiência que me rodeia.
Por que
sempre fui assim?
Pergunto
constantemente a Deus, o por quê deste distanciamento entre minhas lógicas e as
lógicas alheias?
Por que, ínsito
como uma pena solta a seguir o fluxo das correntes de meu vento mental, deixando
para trás os vendavais que não consigo sentir como caminhos que devo seguir?
Por que,
tudo me é tão estranho e sem sentido?
E quanto
mais penso e busco entendimentos que me façam compreender o não aceitável, mais
me distancio do redemoinho de expertises que me cerca, fazendo-me sentir a
solidão de minhas próprias lógicas.
Por que, venho
nos últimos tempos, me cansando tanto do já visto, ouvido e processado?
Por que,
nada mais me parece novidade, curiosidade a ser explorada?
Por que as
dores do mundo, já não me comovem mais?
Por que
tanta explicitude da realidade de que nada poderei mudar, além de mim...
Olho para o
meu jardim e em seguida para o céu, ignorando o espaço entre ambos...
Culpa, deveria
estar sentindo culpa por não querer me inserir no que não mais me faz sentido?
Não estaria
nestes momentos sendo alertada da inutilidade em afrontar a minha natureza,
inserindo-me nos vendavais que já não me dizem nada, absolutamente nada?
Estaria eu, finalmente
vivenciando a liberdade de ser e de sentir?
Pode ser...
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