De repente penso neste quase meio dia de uma quase primavera o quanto é importante que as pessoas que me leem saibam exatamente como sou e dos sentimentos que norteiam os meus escritos, sem qualquer conotação em fantasiar o real de meus sentimentos.
Daí, talvez seja o motivo destes meus escritos terem sido razoavelmente bem aceitos, já que há muito compreendi que somos pessoas única, absolutamente distinta desde o DNA até o desenho de nossas feições e cor da pele, mas muito parecidos nos mais íntimos desejos, afinal, queremos todos confessando ou não, sermos pessoas razoavelmente felizes, bem sucedidas nas nossas empreitadas profissionais, assim como desejamos ter nossos corações amando e nos sentindo sendo amadas e também sendo aceitas nos nossos grupos sociais.
Portanto, acreditei desde sempre que mostrar-me tal como sou, encontraria com certeza outas pessoas que se identificariam comigo e assim, tornar-me-ia mais humana e menos personagem fictícia, sem alma e muito menos sem originalidade.
Por escrever tanto sobre pássaros, flores e de amor, sem esquecer do equilíbrio emocional, tão por mim estudado, correria o risco de me tornar mais um a pregar um autoconhecimento teórico, sem muita aplicabilidade na pratica, mas quando mostro minhas próprias oscilações emocionais sem constrangimentos, torno-me humana, assim, como reafirmo com esta postura a realidade da construção e reparos incessantes, já que nada é estático e definitivo, já que as inerência influenciadoras são infinitas num só dia de vida, no convívio com o tudo mais.
Quando nos livramos da culpa de apenas sermos como somos e no esforço que empreendemos para seguir a vida suavemente, mas compreendendo que num estalar de dedos de descuido, deixamos ruir parte de uma longa construção, exigindo de nós, a bendita paciência em restaurar o danificado, tornamo-nos exemplos de superação e, se assim podemos agir, qualquer outro também está apto.
Paz, felicidade, equilíbrio, razão e amor, não caem do céu e não se tornam propriedades privadas, trancada a sete chaves em algum tipo de redoma, onde nada e ninguém pode alcançar e muito menos danificar.
Qual nada, nesta empreitada, a lapidação é constante, afinal, somos preciosas joias, onde braços cruzados e inércia não fazem morada.
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