Pois é, cansei de sentir preguiça e resolvi fazer um bolo de cenoura com cobertura de chocolate.
Rapaz... é bom demais e engorda mais ainda, mas e daí?
Enquanto fazia o bolo, pensei que “puts grila”, repito esta receita a pelo menos uns quarenta anos.
Rapaz... O tempo passou e cá estou entre a preguiça vagabunda e a liberdade de ser e de fazer apenas e tão somente, o que me dá prazer e aí, novamente penso que, afinal, não é de hoje que ajo assim, já que por toda a minha vida, até quando, posso me lembrar, só fiz o que queria e quando queria e só abri exceções para atender aos meus amores que sempre foram minhas mais profundas prioridades.
Por eles, nada era impossível ou violava a minha convicção de liberdade.
E aí, provavelmente por isso, também pouca importância dei ao fato de estar sendo criticada por meia dúzia de atávicos, no fundo invejosos, que jamais compreenderam a minha absoluta necessidade de voar e plainar ao sabor dos ventos e brisas e assim, acabei repassando esta minha forma de ver a vida e o mundo para os meus filhos, já que o marido, logo embarcou nesta minha nave de vida e liberdade.
Bom demais é chegar nesta minha idade sem idade e poder ainda ao fazer um bolo, lembrar que assim como eu, existem infinitas mulheres e homens que conseguiram levar suas vidas sendo livres e ainda hoje, estando com muita idade, são os sem idades que nos encantam nas artes, nas ciências e nas tecnologias.
Por isso, a partir de hoje, escreverei sobre eles, os benditos sem idades que fazem de suas vidas uma constante festa.
Começo com Baby do Brasil que acaba de completar 70 anos e não me deixa esquecer que ainda é bom demais gostar de fazer um auê.
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