Quanto mais
presenciamos joelhos se dobrarem nas Igrejas e templos, na mesma proporção,
somos capazes de conviver com uma sociedade egoísta, arbitrária e extremamente
violenta.
Que
incoerência é esta?
Seria apenas
fuga existencial, incapacidade de encontrar Deus em si próprio e,
consequentemente, no outro?
Ou, quem
sabe, tão somente uma forma de tentar corromper os “Divinos”, com prendas,
oferendas e polpudos dízimos, acreditando assim, que com dinheiro, cantos e
orações, a criatura humana lava todas as suas mazelas, abrindo as portas dos
céus?
Quanto mais
ouvimos falar de Deus, mais distante ele nos parece na realidade do nosso cotidiano.
Senhor
Deus dos desgraçados!
Dizei-me vós, Senhor Deus!
Se é loucura... se é verdade
Tanto horror perante os céus?!
Dizei-me vós, Senhor Deus!
Se é loucura... se é verdade
Tanto horror perante os céus?!
(Navio Negreiro – Castro Alves)
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