Hoje, como é
domingo, sobra mais tempo para pensar nas coisas que nos afligem no dia a dia;
e, com certeza, o não rendimento do erário público é sempre muito intrigante, e
aí, vejamos:
- Cada
gestão permanece por 48 meses, perfazendo quatro anos. No caso especial dos municípios
que recebem mensalmente uma fração, mesmo que reduzida, de royalties, se
economizassem em média 100 mil reais mensais, o que não é muito, provavelmente,
no final deste período, teria em caixa cerca de quatro milhões e oitocentos mil
de reais; como não sei o preço do metro quadrado de calçamento, não posso mesurar
o quanto poderia realizar, mas pensando que, somente depois que vim morar na
cidade, já se passaram quatro prefeitos de mandatos concluídos, e agora, um ano
da atual, acredito que teríamos cerca de
24 milhões.
Se dividir
pelos 17 anos de gestões, volto a concluir que pelo menos mais de uma dezena de
ruas poderiam ter sido calçadas, ao invés de terem gasto o dinheiro em seguidos
reparos – às vezes para superfaturamento e de qualidade sempre questionável - ou
em festinhas populistas de apenas efeitos alienatórios e momentâneos, que não
contribuem em nada para a mudança da realidade de vida da população.
Afinal, já
teríamos todas as ruas calçadas desde que a bendita democracia se instalou, e
lá se vão 27 anos de sucessivas eleições em que pisar na lama se tornou rotina,
isto sem falar no esgoto a céu aberto e etc., e tal – pasmem, apenas os
serviços essenciais.
Rapaz, essa
conta pode se multiplicar e muito se olharmos os patrimônios dos políticos e de
seus camaradas pessoais, mas como meu propósito não é perseguir Judas, penso,
apenas, no quanto somos um povinho ingênuo e serviçal.
E no quanto
os nossos políticos são “gente boa”. Verdadeiros patriotas, amantes do povo que
os elegem.
Todavia,
penso principalmente na nossa capacidade de apenas atacar sem que tenhamos
aprendido a nos defender com argumentos consistentes, restando a nós, tão
somente, a capacidade de contra-atacar, mantendo assim um constante e
ineficiente ciclo de agressões políticas que, assim como as contas dos
procuradores dos municípios, só favorecem aos políticos, amparados pelo sempre complacente
TCM e, geralmente, pela aprovação das ilibadas câmaras de vereadores espalhadas
por este Brasil varonil.
Pense nisso!
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